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DO TEXTO: Embora não seja alfacinha e nem sequer viva em Lisboa, compreendo o Antunes Ferreira e não sou eu, tripeiro de gema, que...
Praça do Comércio, em Lisboa.

Depois da Casa do Alentejo, ando meia dúzia de metros rumo a outra casa, a “Ginjinha sem Rival”

 
Por: Armindo Guimarães

No passado dia 20 de Julho, o Splish-Splash publicou o artigo Julho e Agosto, S.A., da autoria do nosso amigo e colaborador H. Antunes Ferreira, que também foi publicado no site Sorumbático o qual colocou a sorteio um livro para o melhor comentário que sobre a crónica for apresentado até às 20 horas de terça-feira, dia 28. Por isso, exorto os visitantes do Splish-Splash que já tiveram a oportunidade de ler a referida crónica do Antunes Ferreira a dirigirem-se ao Sorumbático e a deixarem um comentário que os habilitará a um magnifico livro. Não é A vingança da mulher dos tremoços, o famoso best seller de Armindo Guimarães e Woody Allen, mas para lá caminha. Eis o meu comentário, agora alicerçado com imagens.
 
Casas das Ginjinhas, no Rossio, Lisboa.

Embora não seja alfacinha e nem sequer viva em Lisboa, compreendo o Antunes Ferreira e não sou eu, tripeiro de gema, que lhe vai estragar os planos invadindo a capital nos meses de Julho e Agosto. À tranquilidade olissiponense do Antunes, eu prefiro apreciar de palanque e de copo de ginjinha com elas na mão, o ambiente efervescente do Rossio à porta de A Ginjinha, enquanto o senhor José me engraxa os sapatos. Não raras vezes até as meias, quando a sua atenção profissional é desviada por aquela africana de curvas sensuais ou pela indiana bonita cujo sari solto e colorido deixa adivinhar divinas formas sensuais. Estas despertam o apetite de qualquer um que saiba que, mais adiante, nas Portas de Santo Antão, frente à antiga sede do Glorioso e a poucos metros do Coliseu, existe a Casa do Alentejo.
 
A fachada não condiz com a beleza arquitectónica que possui no seu interior, onde, por uma quantia razoável, os nossos sentidos degustativos podem ser postos à prova com a riqueza da cozinha alentejana, em tempos improvisada devido à carência. À saída pode ler-se num cartaz: "ALENTEJO – uma Região, um Povo, uma Cultura", e alguém, talvez depois de bem comido e bem bebido (juro que não fui eu), completou: "…uma Anedota".

Algumas divisões da Casa do Alentejo, em Lisboa.

Depois da Casa do Alentejo, ando meia dúzia de metros rumo a outra casa, a “Ginjinha sem Rival”. Desta vez, para um Eduardinho como digestivo. Ou em alternativa, ando mais uns poucos metros e saboreio um Pirata nos Restauradores, após o que estou preparado para, em jeito de passeio higiénico, tomar uma bica no Chiado à mesa com o meu amigo Fernando (o Pessoa). Seguindo depois pela Rua Augusta até à Praça do Comércio, aprecio as obras do costume ou, então, feito gaivota (que não Fernão Capelo), atravesso o Tejo de cacilheiro onde me espera O Grande Elias com uns atractivos caracóis regados com umas imperiais bem frescas...
 
Casa dos Piratas e estátua de Fernando Pessoa.
 
E como entretanto é hora da janta, é certo e sabido que estarei lá onde as liras singelas tangem. No silêncio da velha Lisboa, um tripeiro irá lembrar o alfacinha Antunes Ferreira.

Cacilheiro e Bairro Alto.

Essa é a Lisboa que eu gosto!
 
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📸Foto 1 - Praça do Comércio
📸Fotos 2 e 3 - A Ginginha no Rossio | A Ginginha sem Rival nas Portas de Santo Antão
📸Fotos 4, 5, 6, 7 - Alguns pormenores da Casa do Alentejo
📸Fotos 8 e 9 - Bar Pirata nos Restauradores | O meu amigo Fernando (o Pessoa) no Chiado
📸Fotos 10 e 11 - Cacilheiro rumo a Cacilhas | Bairro Alto
 
Carlos do Carmo - Lisboa, menina e moça

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3 Comentários

Comentários

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  1. Armiandíssimérrimo

    Nem sei o que te diga, juro mesmo, pelas cinco chagas do Cristo.

    Nunca um textículo meu teve um tal destaque na blogosfera. Estou todo cagalizado, todinho. Estragas-me com mimos. Assim fossem todos. Cambada de sacristas que nem à sacristia vão, quanto mais à Travessa.

    Permite-me que te re meta-te para uma geral que dei no Travessa sobre o tema. Ou seja uma resposta, nada de más interpretações. Quer-se dizer culectiva (também com o).

    E desfio um desafio: se responderes a ela, levas um prémio-mistério. Meu, não o do Sorumbático, kesse só depois da apreciação, e não é mistério, nem do Armiando, muito menos do Madeirinha.

    Estando em conformidade, atesto a veracidade da afirmação. Eu cumpro. Mas ondékeu já ou vi isto.

    Kanimambo (*)

    Abs

    (*) Ser poliguel-ota é bué da fixe. Agora é mais poliguel-alcochete-sem-freeport.

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  2. Olá Armiandíssimérrimo, ufa!
    Como ele consegue?

    Sua Lisboa é muito bonita,mas pelo jeito você vai lá só para comer e beber...


    Bejos mil,
    Carmen Augusta

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  3. Olà Mindo! dessa Lisboa assim contado qualquer gajo gosta pà!porque eu sabia que là se encontam coisas bem bonitas mas para comes e bebes nao deve haver como a nossa regiao.O Antunes que me desculpe mas desta posiçao ninguem me tira; embora se encontre mais caracois là para o sul que para o norte, mas isso cada um é livre de andar à velocidade que quer.Mas tudo isto que estou aqui dizendo é so para a brincadeira espero nao ter ofendido ninguem.Abraços para todos

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