DO TEXTO:
Além do vídeo com a música "Vinho do Porto, Vinho de Portugal", deixamos uma lista da discografia de Carlos Paião e Playlist das músicas de A a Z.
Vinho do Porto, Vinho de Portugal
Por: Armindo Guimarães
Página de Perfil
No dia 20 deste mês de Agosto, faz amanhã uma semana, publiquei aqui o conto Um cheirinho a brilhantina e, a propósito, melhor dizendo, a abrilhantá-lo porque dum cheirinho a brilhantina se tratava, juntei um vídeo com a música Cinderela do cantor Carlos Paião. Estava longe de pensar que passados 6 dias (hoje), Carlos Paião iria ser notícia dos jornais, da rádio e da TV, lembrando os 20 anos do fatídico acidente de viação que o levou a deixar prematuramente o reino dos vivos, porém legando-nos uma obra musical e poética que muito enriqueceu a música popular portuguesa.
Transcrevo com a devida vénia o que sobre Carlos Paião é dito na Wikipédia, deixando os estimados leitores com o êxito Vinho do Porto, Vinho de Portugal, interpretado em dueto com Cândida Branca Flor que também prematuramente nos deixou.
Como portuense, apreciador do Vinho do Porto e admirador de Carlos Paião, foi a melhor forma que encontrei para o homenagear.
Transcrevo com a devida vénia o que sobre Carlos Paião é dito na Wikipédia, deixando os estimados leitores com o êxito Vinho do Porto, Vinho de Portugal, interpretado em dueto com Cândida Branca Flor que também prematuramente nos deixou.
Como portuense, apreciador do Vinho do Porto e admirador de Carlos Paião, foi a melhor forma que encontrei para o homenagear.
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CARLOS MANUEL DE MARQUES PAIÃO (Coimbra, 1 de Novembro de 1957 — Rio Maior, 26 de Agosto de 1988) foi um cantor e compositor português.
Nasceu acidentalmente em Coimbra, passando toda a sua infância e juventude entre Ílhavo (terra natal dos pais) e Lisboa. Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Lisboa (1983), acabando por se dedicar exclusivamente à música. Desde muito cedo Carlos Paião demonstrou ser um compositor prolífico, sendo que no ano de 1978 tinha já escritas mais de duzentas canções. Nesse ano obteve o primeiro reconhecimento público ao vencer o Festival da Canção do Illiabum Clube, com o tema O Tempo é de Guerra, que nunca chegou a gravar.
Em 1981 decide enviar algumas delas ao Festival RTP da Canção, numa altura em que este certame representava uma plataforma para o sucesso e a fama no mundo da música portuguesa. Play-Back ganhou o Festival RTP da Canção de 1981 com a esmagadora pontuação de 203 pontos, deixando para trás concorrentes tão fortes como as Doce. A canção, uma crítica divertida, mas contundente, aos artistas que cantam em play-back, ficou em penúltimo lugar no Festival da Eurovisão de 1981, que se realizou nesse ano em Dublin, na República da Irlanda. Tal classificação não "beliscou" minimamente a popularidade do cantor e compositor, pois Carlos Paião, ainda nesse ano, editou outro single de sucesso e que mantém a sua popularidade até hoje: Pó de Arroz. O êxito que se seguiu foi a Marcha do Pião das Nicas, canção na qual o cantor voltava a deixar patente o seu lado satírico.
Algarismos (1982) foi o seu primeiro LP, que não obteve, no entanto, o reconhecimento desejado. Surgiu entretanto a oportunidade de participar no programa de televisão Foguete, com António Sala e Luís Arriaga. Num outro programa, Hermanias (1984), Carlos Paião compôs a totalidade das músicas e letras de Serafim Saudade, uma caricatura criada por Herman José, já então uma das figuras mais populares da televisão portuguesa.
Em 1983, cantava ao lado de Cândida Branca Flor, com quem interpretou um dueto muito patriótico intitulado Vinho do Porto, Vinho de Portugal, que ficou em 3.º lugar no Festival RTP da canção.
Em 1985, concorreu ao Festival Mundial de Música Popular de Tóquio (World Popular Song Festival of Tokio), tendo a sua canção sido uma das 18 seleccionadas em mais de 2000 representativas de 58 países.
A editora EMI - Valentim de Carvalho tinha inclusive chegado a encomendar a Carlos Paião canções para outros artistas, entre os quais o próprio Herman José, que viria a alcançar grande êxito com A Canção do Beijinho, e Amália Rodrigues, para quem escreveu O Senhor Extra-Terrestre (1982), cuja letra chegou mesmo a constar dum manual para alunos de escola primária.
A 26 de Agosto de 1988, a caminho de um espectáculo em Penalva do Castelo, morre em um violento acidente de automóvel, na antiga estrada EN1, actual IC2. Na altura, surgiu o boato de que na ocasião de seu funeral não estaria morto, mas sim em coma, porém a violência do acidente por si nega o boato, pois a sobrevivência a este seria impossível. No entanto, o boato sobre o artista ter sido sepultado vivo permanece até os dias actuais. Nesta altura, estava a preparar um novo álbum intitulado Intervalo, que acabou por ser editado em Setembro desse ano, e cujo tema de maior sucesso foi Quando as nuvens chorarem.
Compositor, intérprete e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de quinhentas canções, tendo sido homenageado em 2003, com um CD comemorativo dos 15 anos do seu desaparecimento - Carlos Paião: Letra e Música - 15 anos depois (Valentim de Carvalho).
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Para além do vídeo com a música "Vinho do Porto, Vinho de Portugal", deixamos ainda uma lista da discografia de Carlos Paião, bem como Lista de Reprodução com todas as músicas de A a Z.
DISCOGRAFIA
Algarismos - LP (EMI, 1982)
O Melhor de Carlos Paião - Compilação (EMI, 1985)
Intervalo - LP (EMI, 1988)
O Melhor de Carlos Paião - Compilação 2CD (EMI, 1991)
Os Singles - Compilação (EMI, 1993)
Pó de Arroz - Colecção Caravela - Compilação (EMI, 1996)
Cinderela - Colecção Caravela - Compilação (EMI, 1997)
Letra e Música: 15 anos depois - Compilação (EMI, 2003)
Play-Back - Colecção Caravelas - Compilação (EMI, 2004)
Perfil - Compilação (Som Livre, 2007)
Singles
Souvenir de Portugal / Eu Não Sou Poeta (EMI, 1981)
Play Back (EMI, 1981)
Pó de Arroz / Gá-gago (EMI, 1981)
Marcha do Pião das Nicas / Telefonia Nas Ondas do Ar (EMI, 1982)
Zero a Zero / Meia Dúzia (EMI, 1982)
Vinho do Porto, Vinho de Portugal - com Cândida Branca Flor (1983)
O Foguete (1983)
Versos de Amor (EMI, 1985)
Arco Íris (EMI, 1985)
Discoteca (EMI, 198?)
Cinderela (EMI, 198?)
Cegonha (EMI, 1986)
Quando as Nuvens Chorarem (EMI, 1988).
Carlos Paião e Cândida Branca Flor - Vinho do Porto, Vinho de Portugal
MÚSICAS de A a Z
A
Arco-Íris
C
Canção do beijinho (por Herman José)
Canção dos Cinco Dedos
Cegonha
Cinderela
D
De mão em mão
Discoteca
E
Eu Não Sou Poeta
G
Ga-gago
H
História Linda
L
Lá Longe Senhora
M
Mar de Rosas
Marcha do Pião das Nicas
Meia Dúzia
N
Não Há Duas Sem Três
Noves fora nove…
O
O Jaquim
Os Namorados
P
Perfume
Play-Back
Pó De Arroz
P'rás Sogras Que Encontrei Na Vida
Programa Foguete 1
Q
Quando as Nuvens Chorarem
Quatro Maços (É Só Tabaco)
R
Refilar faz mal à vesícula, mais o diabo a sete
S
Só Porque Somos Latinos
Souvenir de Portugal
T
Telefonia Nas Ondas Do Ar
Tenho um escudo à minha frente
U
Uma Árvore, Um Amigo
V
Versos De Amor
Vinho do Porto
Z
Zero a Zero
A
Arco-Íris
C
Canção do beijinho (por Herman José)
Canção dos Cinco Dedos
Cegonha
Cinderela
D
De mão em mão
Discoteca
E
Eu Não Sou Poeta
G
Ga-gago
H
História Linda
L
Lá Longe Senhora
M
Mar de Rosas
Marcha do Pião das Nicas
Meia Dúzia
N
Não Há Duas Sem Três
Noves fora nove…
O
O Jaquim
Os Namorados
P
Perfume
Play-Back
Pó De Arroz
P'rás Sogras Que Encontrei Na Vida
Programa Foguete 1
Q
Quando as Nuvens Chorarem
Quatro Maços (É Só Tabaco)
R
Refilar faz mal à vesícula, mais o diabo a sete
S
Só Porque Somos Latinos
Souvenir de Portugal
T
Telefonia Nas Ondas Do Ar
Tenho um escudo à minha frente
U
Uma Árvore, Um Amigo
V
Versos De Amor
Vinho do Porto
Z
Zero a Zero
Clique no item do canto superior direito para conferir os 34 temas da Playlist
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Comentários
Nobre colega Armindo,
ResponderEliminarRio Maior foi o seu berço, mas há 20 anos, num dia 26, a gosto de Deus, deixou o mundo dos mortais para cantar em outra dimensão. O sucesso deve continuar por lá também.
Um grande abraço
É isso, Marley!
ResponderEliminarEnquanto isso, por aqui a sua obra continua um sucesso.
Grande abraço
Olá meu amigo Armindo!
ResponderEliminarMuito linda a homenagem que prestaste a Carlos Paião.
Parabéns!
É a história de um batalhador da música portuguesa.
Mais uma coisa que me ensinaste, pois não o conhecia e gostei muito.
As duas músicas que você colocou dele, são lindas.
Um abraço,
Carmen Augusta
Meu amigo, já estive aqui, mas não havia ainda local para comentários.
Então escrevi lá em baixo no "Num Cheirinho a Brilhantina", Agora transportei para cá...
Um beijo
Armindo, gostei do título que escolhstes para essa matéria, onde nos mostra a vida e a obra de Carlos Paião e em homenagem ao vinho famoso que dá nome a sua cidade natal.
ResponderEliminarQue grande conincidência, não é meu amigo?
É lamentável que esse grande poeta e excelnete intérprete de belas canções portuguesas e que tanto contribuiu, para a cultura musical lusitana, Deus o tenha levado tão cedo, em pleno auge de sua carreira e de sua jovialidade.
Vale aqui relembrar que a canção "Cinderela " de Carlos Paião, é belíssima, em que o Armindo, postou aqui em sua penúltima matéria por ele escrita.
Essa música, que intitula esse texto, o Carlos Paião fez em homenagem a essa bebida de tão boa degustação, que é " o vinho ", logicamente, " VINHO DO PORTO, VINHO DE PORTUGAL ", é uma de suas obras grandiosas e inesquecíveis para Portugal, em especial para os portueenses.
Parabéns Armindo, pela linda homenagem que fizeste aqui a este grande ídolo, compositor e cantor português, "Carlos Paião " e pela forma criativa que colocastes as palavras em negrito dese texto, de uma forma que possamos ter acesso à grande fonte de pesquisa, " Wikepédia ", para nos inteirarmos melhor e conhecermos mais profundamente, o teor do conteúdo aqui abordado.
É com grande tristeza, que ao final dessa matéria, pude constatar que Carlos Paião, não chegou a lançar o seu último trabalho, com o magnífico tema, " QUANDO AS NÚVENS CHORAREM ".
Lindo védeo do carlos, em parceria com Cândida Branca Flor.
Excelente matéria, e é o que sempre esperamos do melhor Blog do mundo.
Beijos meu amigo!!!
Mazé Silva.
Carlos Paião foi um grande músico. Tinha um estilo muito próprio de composição e é obviamente recordado e saudado por ter sido um grande ser humano e excelente músico.
ResponderEliminarAbraço
Don Armindo, é compreensiva vossa tristeza. Mas deixe o meu conterrâneo colher os louros por sua mais recente bela contribuição à Música Popular Brasileira. Nosso mais que tudo merece...
ResponderEliminarNosso maestro Eduardo Lages diz que tu captas muito bem os bate-papos acontecidos em terras azuis ("parece que ele estava vendo as coisas acontecendo, Vinícius!", foi a constatação dele), não te desmotives ainda, bicho. Daqui a pouco o Berto aparece no registro de vosso celular.
Obrigado por estares sempre presente em meu blogue. E sempre que posso estarei por aqui.
Abraços da Terra Brasilis,
Vinícius Faustini
www.emocoesrc.blogspot.com
Sabes que ainda me lembro de ouvir a noticia.. não sabia exactamente o dia, mas lembro-me que estava de férias e ia a caminho da praia quando alguém me contou... senti como se fosse uma pessoa chegada..
ResponderEliminarTive oportunidade de vê-lo ao vivo, numa festa popular e lembro-me bem que nessa noite (era ao ar livre) choveu, mas ninguém arredou pé, até que a chuva parou.
Bem haja a ti por o lembrares! :)
Grande abraço
Muito bom!!
ResponderEliminarAb
Querido amigo Armindo,
ResponderEliminarMuito boa a sua idéia de nos apresentar a música de Portugal, ainda que num tópico de saudade e homenagem.
Nós, os brasileiros, não temos correspondido aos artistas portugueses com o mesmo carinho que os nossos tem recebido em seu país. Uma pena!
Já faz tempo que Amália Rodrigues e Francisco José fizeram sucesso por aqui. Talvez falte estratégia às gravadoras para divulgação desses trabalhos no Brasil.
Fico no desejo de conhecer mais a rica música portuguesa.
Um abraço,
Sandro Rogério
Olá, Carmen!
ResponderEliminarObrigado pelo comentário.
Abraços
Olá, Mazé!
ResponderEliminarEu sabia que ias gostar deste post sobre o Paião,pois desde que ouviste "Cinderela" aqui no log, ficaste logo fã dele.
Sou bruxo? eheheheh
Abraços
Olh'ó Bernardo, carago!
ResponderEliminarEu queria ver se arranjava confusão entre ti e o Sabão mas o meu estratagema não colou. eheheheh
Abraços
Olá, Vinícius!
ResponderEliminarGostei de saber que o maestro, durante a viagem de táxi, te falou do meu último bate-papo, dizendo:
"parece que ele estava vendo as coisas acontecendo, Vinícius!"
eheheheh
É do baril!
Grande abraço luso-brasileiro, pá!
Ah! E viva o nosso Vascão!
Outro Ah!: Sabias que a nossa amiga Carmen (Guta), não gosta do Vascão? Vou fazer queixa dela ao RC!!!
Olá, Tá-se bem!
ResponderEliminarOlha, sabes o que te digo?
O teu comentário é ele próprio uma linda homenagem ao Paião.
Grande abraço
Olá, Xico Man!
ResponderEliminarEssas férias foram fixes, pá?
Ontem fui ao Blomeu e depois ao teu Café para tomar um "curto" mas a máquina não tá a funcionar, carago!
Vê se andas da perna, pá!
Grande abraço
Amigo Sandro!
ResponderEliminarTudo que dizes há muito que eu tenho pensado e por isso o teu comentário foi a mola que faltava para eu brevemente trazer o assunto a este blog.
Abração
Bonita homenagem a alguém de grande valor, talento e que teria tido de certeza muito sucesso se ainda estivesse entre nós.
ResponderEliminarOlá Armindo!
ResponderEliminarMeu amigo, não me complique.
Quando foi que eu disse que não gostava do Vasco,ou Vascão como queira?
Nunca!
Não tenho preferência por time do Rio, mas até que simpatizo com o Vasco...
Armindo, Armindo....
Um beijo,
Carmen Augusta
Parece que está a ser preparado um tributo em homenagem ao grande Carlos Paião. O mais engraçado é que o disco inclui nomes improváveis como Sam The Kid e Vicious Five. Leiam a notícia aqui: http://cotonete.clix.pt/quiosque/noticias/body.aspx?id=40445. Já foi há 20 anos mas a sua música e vida ainda estão muito presentes!
ResponderEliminarOlá, Sónia!
ResponderEliminarObrigado pela visita e pelo comentário.
Abraços
Olá, Guta!
ResponderEliminarEu fiz de propósito para ver se conseguia arranjar aqui uma discussão clubista entre ti e o Sandro.
Às vezes eu faço isso. Armo confusão e depois pisgo-me como se não fosse nada comigo.
ehehehehe
Abraços
Caro Orlando Rocha!
ResponderEliminarObrigado pela visita e pelo comentário que nos trouxe uma novidade muito importante.
Abraços
Caro Armindo (não se importa que o trate pelo 1º nome ?), cá estou de novo, desta vez para felicitá-lo por esta justa homenagem a Carlos Paião, um grande artista que tão cedo nos deixou e que ainda tanto nos tinha para dar.
ResponderEliminarQuem fala em Carlos Paião imediatamente lhe vem à memória essa canção tão animada mas tão contundente que foi o Play-Back.
Este post serviu também para lembrar a saudosa e linda Cândida Branca Flor, cuja morte ainda hoje está envolvida numa certa aura de mistério.
Parabéns por recordar estes dois bons artistas que tanto deram à música popular portuguesa.
Olá, Esmeralda!
ResponderEliminarClaro que não me importo que me trate pelo 1º nome.
Obrigado pelas felicitações. Quando me ocorreu a ideia do post, estava para escolher “Play-back”, mas por razões patrióticas (quanto baste) optei pelo “Vinho do Porto, vinho de Portugal”. Por isso, a sátira do “Play-back” ficará para uma próxima. Assim como para uma próxima ficarão outros cantores e compositores portugueses.
Abraços