A LUTA CONTÍNUA > concerto de comemoração 50 anos do 25 de Abril - CCB 24 de abril

DO TEXTO: Para o espetáculo de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril não quisemos testemunhar e celebrar, serenos e descansados, o nosso passado...
3 cravos vermelhos e as inscrições 25 de Abril, 50 anos, 1974-2024.

Programa integrado nas  
comemorações dos 50 anos do   
25 de Abril


Conceção e direção artística
Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo
Intérpretes
Ana Lua Caiano, Capicua, Eu.Clides, Jonas, Manuela Azevedo, Paulo Flores, Xullaji
Músicos
Hélder Gonçalves, Kiari Flores, Miguel Ferreira, Pedro Biscaia, Pedro Oliveira, Pedro Santos


CCB . 24 abril . quarta-feira . 22h00 . Grande Auditório


Ficha artística

Conceção e direção artística Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo
Direção musical e arranjos  Hélder Gonçalves
Intérpretes Ana Lua Caiano,  Capicua, Eu.Clides, Jonas, Manuela Azevedo,  Paulo Flores, Xullaji
Músicos Hélder Gonçalves , Kiari Flores, Miguel Ferreira, Pedro Biscaia, Pedro Oliveira, Pedro Santos
Textos e apoio à dramaturgia  Capicua e Xullaji
Dispositivo cénico e desenvolvimento dramatúrgico  Victor Hugo Pontes
Desenho de luz Wilma Moutinho
Desenho de som Nelson Carvalho
Tradução para português da letra do tema Si Bu Sta Diante na Luta (José Carlos Schwartz) Peles Negras Máscaras Negras
Apoio JCDecaux Portugal e Sebastião & Martins, S.A.
Agradecimentos F. Ribeiro, Formiga Atómica, João Carlos Callixto e Nome Próprio

Para o espetáculo de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril não quisemos testemunhar e celebrar, serenos e descansados, o nosso passado. Decidimos construir antes algo que revele a fragilidade da democracia, mostrando as novas inquietudes, as novas revoluções, os novos atores dessas mudanças, contra as novas ameaças e outras, que por parecerem antigas, julgamos não nos atingirem. Algo que nos estimule e motive a continuar a lutar pela liberdade. Algo que encontre paralelos no passado, mas que nos dê um empurrão para pensarmos num futuro mais democrático, mais justo, mais humanista. Algo que não nos seja distante, mas que crie uma emoção presente, que nos faça sentir alerta. Que nos mostre um território desconhecido pelo qual vale a pena lutar.

Interessa-nos a ideia de juntar um coletivo de artistas que se sinta à vontade como testemunha ativa do seu tempo, usando uma linguagem musical e poética que tenha que ver com o presente. Uma música que reflita com naturalidade a forma como hoje exprimimos os nossos sentimentos, não com uma atitude pessimista, mas que nos faça refletir e criar uma autonomia de pensamento para continuar a construir a liberdade e a corrigir os defeitos da democracia porque, como canta Sérgio Godinho, «a democracia é o pior de todos os sistemas, com exceção de todos os outros».

Um espetáculo que seja verdadeiramente um gatilho, uma arma, que cante a raiva e a alegria, que aponte à nossa consciência porque, como diz José Mário Branco, «desalento, misticismo e ilusões... nunca fez revoluções».


Grândola, Vila Morena (25 de Abril)

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