DO TEXTO:
Nunca mais vi o nosso formador de Malabarismo desde aquela noite em que todos nos reunimos na Praça da Ribeira, numa esplanada junto ao cubo...
Em 1997, já lá vão 26 aninhos (como o tempo passa), eu e 4 ou 5 colegas ilusionistas do Clube Ilusionista Fenianos, no Porto, decidimos frequentar um curso de iniciação ao malabarismo promovido por uma associação portuense.
No fim do curso, como o formador era um gajo 5 estrelas, lembrei-me de pintar um prato para lhe oferecer em nome de todos os elementos da turma que num desdobrável com a foto do referido prato, assinaram para a posteridade.
Todos levaram um desdobrável, sendo que o meu há muito que não sabia por onde andava.
Hoje, ao proceder a arrumações em casa, descobri-o e, como se pode ver na foto, o próprio formador assinou o desdobrável (André Braga).
Escusado será dizer que o achamento de tal relíquia fez-me viajar no tempo, recordando as aulas de malabarismo que o André nos dava no Palácio de Cristal, ao ar livre, ou numa sala caso chovesse.
Nunca mais vi o nosso formador de Malabarismo desde aquela noite em que todos nos reunimos na Praça da Ribeira, numa esplanada junto ao cubo, brindando de copos na mão prontos para com eles darmos um espetáculo de malabarismo como forma de mostrarmos a quem duvidasse que com o André Braga aprende-se mesmo.
Mas quem não tinha tanta certeza disso foi o empregado do bar que não autorizou que dessemos espetáculo de rua com os copos da casa.
Via-se que o nosso formador vivia o que nos ensinava e por isso quero crer que ele ainda anda por aí abraçando as artes circenses. Onde, não sei, mas talvez este texto chegue às suas mãos ou às de alguém que saiba onde anda o homem dos malabares.
É que, ele ensinou-nos a arte, deu-nos os malabares mas esqueceu-se de nos dar umas mãos como as dele.
Enquanto isso, vamos vendo uns vídeos de malabaristas que nos fazem pensar que não não são os diplomas que fazem os mestres.
NÃO SÃO OS DIPLOMAS QUE FAZEM OS MESTRES
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