Aniversário da Capital - Roberto Carlos tem show confirmado na festa dos 50 anos

DO TEXTO:
O cantor e compositor, que entre os brasileiros goza de status de rei,
será uma das principais atrações da festa
Independentemente da crise dos últimos 15 dias no GDF, comemoração do meio século de Brasília está garantida para abril. Patrocínio de apresentações será da iniciativa privada Renato Alves Publicação: 11/12/2009 A crise política que assola Brasília há duas semanas não fez o Governo do Distrito Federal (GDF) desistir dos ambiciosos planos para as comemorações dos 50 anos da capital. Continua em negociação uma apresentação no mesmo palco do ex-beatle Paul McCartney e do rei Roberto Carlos, em 21 de abril de 2010. O show do astro brasileiro está garantido, por meio de patrocínio de um grande banco privado. Já a vinda da megaestrela britânica depende “apenas de acertos” com representantes do músico. Também há dinheiro de empresas para bancar o cachê dele, segundo os organizadores do evento. O anúncio dos shows ocorreu na tarde de quarta-feira, durante encontro da comissão que trabalha há três meses na análise de projetos para as comemorações do cinquentenário de Brasília. Mas os planos, que deveriam ser mantidos em sigilo para uma futura divulgação oficial, acabaram vazando ontem. O Correio apurou que o patrocinador da apresentação de Roberto Carlos é o mesmo banco que financiou a turnê dos 50 anos do cantor, ano passado. Já uma empresa carioca ganhou o aval do GDF para acertar com os empresários de Paul McCartney e ir atrás de patrocinadores. A condição dos organizadores é que os dois shows sejam arcados com dinheiro da iniciativa privada e os dois artistas cantem ao menos uma música juntos, além de essa ser a única apresentação de Paul McCartney no Brasil em 2010. A negociação com representantes do ex-beatle está a cargo do empresário carioca Luiz Oscar Niemeyer. Dono da Planmusic Entretenimento, ele organizou alguns dos maiores shows musicais do Brasil, como o dos Rolling Stones na Praia de Copacabana, em fevereiro de 2006. Quinze dias atrás, Niemeyer havia informado à comissão do cinquentenário que todo o show de Paul custaria R$ 16 milhões — incluindo cachê, transporte, hospedagem, palco, iluminação, alimentação e segurança. O empresário, sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer, ressaltou que a apresentação do ex-beatle poderia render até US$ 200 milhões (cerca de R$ 350 milhões) em retorno em mídia. Por isso, apostava não haver dificuldades em conseguir patrocínio. A comissão dos 50 anos já disse haver interesse de uma fábrica de bebidas e de uma montadora de carros. Queda da barreira A ideia de reunir Paul McCartney e Roberto Carlos partiu do vice-governador Paulo Octávio. Ele vinha defendendo o projeto mesmo a contragosto de integrantes do governo — entre eles, Fábio Simão, chefe de gabinete do governador José Roberto Arruda. Simão, que esteve à frente dos showmícios das campanhas de José Roberto Arruda, do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e do senador cassado Luiz Estevão, também concentrava a organização dos eventos no atual governo, como a festa de inauguração do Estádio Bezerrão, ano passado. Ele ainda acumulava a função de gerente da Copa 2014 em Brasília. Simão acabou afastado do governo após aparecer nas imagens do suposto esquema de propinas. Paulo Octávio ganhou mais força no GDF ontem, com a decisão do governador Arruda de deixar o Democratas (DEM), mesmo partido do seu vice. Octávio e outros integrantes da comissão do cinquentenário defendem que “a festa é para Brasília e para o Brasil, por isso precisa ser realizada, independentemente do rumo que as investigações (sobre as denúncias de corrupção no GDF) tomarem daqui para frente”. Por meio de nota da sua assessoria, o vice-governador declarou que “os empresários e até mesmo o governo federal entenderam que essa festa nada tem a ver com política, até porque não sairá nem um centavo dos cofres do GDF para a contratação dos artistas”. No evento dos 50 anos, que terá como ponto alto os shows na Esplanada dos Ministérios, a comissão do cinquentenário diz que o GDF gastará R$ 4 milhões na montagem dos palcos, sonorização e iluminação, que serviriam a todas as apresentações musicais. Além de Paul e Roberto Carlos, estão programados shows de cantoras de axé-music, duplas sertanejas, bandas de rock nacional e grupos gospel. Atrações de fim de ano Para o Natal, o GDF anuncia o show de Oswaldo Montenegro, a Vila do Papai Noel e a árvore, no gramado central da Esplanada dos Ministérios. Mas essas só ficam prontas terça-feira, 10 dias antes do Natal. A programação do réveillon também está acertada. Haverá apresentações de Zezé di Camargo e Luciano, Pedro Paulo e Matheus, Skank, Aviões do Forró, Thaís Moreira (cantora de axé) e da bateria da escola de samba carioca Beija-Flor. Tudo de graça, na noite de 31 de dezembro, na Esplanada dos Ministérios. Beija-Flor O GDF também garantiu o patrocínio à Beija-Flor, que tem os 50 anos de Brasília como tema no carnaval de 2010. O secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, viaja hoje para o Rio de Janeiro para um encontro com os dirigentes da escola de samba. Ele confirmará o repasse de R$ 3 milhões dos cofres do GDF e acertará detalhes sobre a divulgação da capital federal por meio do desfile na Marquês de Sapucaí.
Correio Braziliense 11-12-2009
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