Tenho orgulho do meu trajeto jornalístico

DO TEXTO:


Tenho orgulho do meu passado, em função do que realizei ao longo de cinquenta e cinco anos de ininterrupta actividade. Faço-o sempre com dedicação e amor às diversas causas que abracei, procurando, acima de tudo, enveredar pelo progressismo. Confesso, porém, que a minha maior realização pessoal incidiu no fenómeno jornalístico, ao fim e ao cabo a verdadeira e inequívoca paixão. Foi graças ao jornalismo que conheci outros países, outros "modus vivendi" a que não estava habituado e, concomitantemente, lograr o fator pesquisa, componente jornalística que sempre gostei, sobretudo quando apresentava aos leitores as grandes reportagens, salientando aqui, referencialmente, as várias passagens pelos Estados Unidos e Canadá, onde enxameiam milhares de portugueses emigrados, concretamente açorianos, madeirenses e continentais, estes últimos com maior expressão no Estado de New Jersey, que visitei por três vezes, a mais recente em 2000, por ocasião da cobertura da famosa maratona de New York. Prezo-me, pois, de ter sido um jornalista reconhecido pelo meu "savoir faire" e, fundamentalmente, pelo meu estilo de escrever, espelhando sempre a imagem que o pio leitor se habituou. Reconheço ainda que aprendi muito com insignes jornalistas, citando, nomeadamente, no jornal "A Bola", aqueles que sempre rotulei de "monstros sagrados", casos de Vítor Santos e Alfredo Farinha, com quem tive o privilégio de, nos Açores - Ponta Delgada e Horta -, ter participado em duas ações de formação para jornalistas locais, promovidos pelo governo açoriano de então (presidido por João Bosco Mota Amaral), respectivamente, em 1983 e 1984. Nesse sentido, muito se empenhou o Director da Comunicação Social, António Lourenço de Melo, bem representado por Norberto Barcelos (RIP). Por fim, o meu preito de gratidão a todos aqueles que acreditaram em mim. Creio que vou deixar o jornalismo com saída pela porta grande, o que significa que valeu a pena. 

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