Jogo da amizade – Vitória (1-0) do Brasil sobre a Colômbia

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
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O mundo do futebol deu um enorme exemplo de solidariedade perante o clube Chapecoense e também, por inerência, os familiares dos jogadores, técnicos e dirigentes que pereceram nesse trágico acidente de aviação ocorrido minutos antes de a aeronave pousar em solo colombiano. Uma tragédia que enlutou o Brasil e não só. Aconteceu em 29 de novembro de 2016.
Em homenagem à Chapecoense e com o objetivo da receita ser destinada aos referidos familiares, Brasil e Colômbia agendaram um jogo amistoso para este dia 25, o jogo da amizade no Estádio Milton Santos.
Brasil que, para este confronto, apenas contou com jogadores de clubes que disputam o Brasileirão, salientando-se o regresso da dupla Diego-Robinho. Um bom teste para todos e, sobretudo, para avaliação do técnico Tite. Mais: este jogo tinha como atrativo o facto de contar para o “ranking” da FIFA. Uma vitória do Brasil o colocaria no primeiro lugar.
Antes do início do jogo, e numa cerimónia emocionante, os quatro jogadores sobreviventes da tragédia foram homenageados no gramado, perante um público que, calorosamente, os ovacionou. Uma homenagem com elevado significativo.
O técnico Tite trouxe ao futebol brasileiro aquela alegria que estava arredia
No gramado, esta frase: “Gracias, Colômbia”. Sem dúvida um reconhecimento à solidariedade dos colombianos. E mais comovente se transformou o ambiente quando tocou o Hino Nacional do Brasil. Jogadores da Colômbia que choraram.

O jogo em si:
Um início com toada de equilíbrio, mas o lance de maior perigo pertenceu à Colômbia com o goleiro brasileiro a desviar para canto (escanteio para os brasileiros), mas, pouco depois, a passe magistral de Diego Sousa, Dudu surgiu isolado, valendo, circunstancialmente, um corte “in-extremis” de um dos zagueiros da Colômbia.
Não obstante ser um jogo amistoso e de interesse para o Brasil em termos de “ranking”, os jogadores em campo queriam se mostrar com vista a uma possível convocação no futuro, idem em relação aos colombianos com oito caras diferentes do habitual.
Muito interessante decorria o jogo, com o Brasil a revelar-se desenvolto, se bem que a Colômbia mantinha as suas características de time muito competitivo. Mas, com esta nova convocação, o Brasil dava boa conta de si, mantendo-se a alegria que Tite trouxe para a seleção brasileira. Lucas Lima com um bom remate e o goleiro colombiano a corresponder com uma defesa apertada para “corner” (escanteio). Um período em que o Brasil se apresentou mais ofensivo, flanqueando o seu futebol como se impunha em função do bloqueio colombiano pelo centro do gramado. Mas manda a verdade dizer que a Colômbia não esteve pelos ajustes e sempre descia com perigo. Num desses lances, um remate de cabeça levou a bola a bater no poste da baliza de Everton. Ficou mais um aviso para a “canarinha” para não conceder tantos espaços no seu sector defensivo.
O jogo chegou ao intervalo sem golos, resultado que, em termos de “ranking” da FIFA, servia para o Brasil guindar-se para o primeiro lugar.
O SEGUNDO TEMPO- Não podia (re) começar melhor para o Brasil com o “baixinho” Dudu a inaugurar o marcador, concluindo uma excelente jogada de ataque que começou com um cruzamento atrasado de Fagner. O “baixinho” marcou com um remate de cabeça. Os “baixinhos” também chegam lá nas alturas. Neste caso, meia-altura.
Bem se poderá dizer que a Colômbia não acusou o toque e veio em busca da igualdade. E num lance de perigo iminente valeu, circunstancialmente, uma intervenção monstruosa de Everton.
Este etapa ficou marcada pelo elevado número de substituições, o que era previsível, tratando-se de um amistoso, de amizade. Mas, claro, que dentro do gramado, e após o apito inicial do jogo, a competitividade veio à tona. E sabe-se que, nesse sentido, se acentua a rivalidade entre Brasil e Colômbia.

A tónica do jogo não se alterou, com o Brasil já defendendo a magra vantagem conseguida, sem, contudo, abdicar de contra-atacar quando se apoderava da posse de bola, fazendo a devida circulação, maior incidência pelos flancos.

A partir dos 25 minutos (70 em total), o Brasil começou a optar pela posse de bola, fazendo-a passar de pé-em-pé entre os seus jogadores. Uma forma de, também, quebrar as iniciativas atacantes dos colombianos.
Mas diga-se, em abono da verdade, que o Brasil sempre contra-atacava com perigo na busca do segundo golo. E o Brasil faria mesmo a seis substituições acordadas, com Diego a dar uma maior movimentação ao time, comprovando o seu bom momento de forma.De resto, a Colômbia, nos derradeiros minutos, apertou no ataque em busca do golo da igualdade. E por pouco que não logrou.
Resumindo e concluindo: Aceita-se perfeitamente a vitória do Brasil, mormente pelo seu desempenho na etapa complementar.
Registo: a sétima vitória consecutiva de Tite no comando da seleção brasileira e a subida ao primeiro lugar do "ranking" da FIFA. É obra!



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