
DO TEXTO:


O auge de Roberto Carlos, aliás, coincide com a ditadura militar. Não há relação entre uma coisa e outra - e isso precisa ser dito com todas as letras porque o cantor enfrenta críticas pela atitude conformista desde os tempos do iê-iê-iê. Mas é um fato: seu primeiro grande sucesso, "O Calhambeque", data de 1964, e um dos últimos da fase áurea, "Caminhoneiro", de 1984.
Antes de 1964, Roberto Carlos era apenas um jovem promissor em formação. Esse é o assunto do primeiro capítulo, que começa em Cachoeiro de Itapemirim, onde o menino Zunga tem lições de música e vida que jamais esquecerá. O capítulo seguinte trata da "Jovem Guarda". É nessa fase que gostar de Roberto Carlos era, para os que se sentiam patrulhados, um "vício secreto", como diz Nelson Motta. O terceiro capítulo aborda aquele que talvez seja o melhor Roberto Carlos: o compositor inspirado e o intérprete perfeccionista, que faz a passagem do soul para as baladas românticas dos anos 70.
Haveria, mais adiante, um declínio na produção musical de Roberto Carlos, algo de que se fala no capítulo 4. O período se inicia com uma polêmica da qual ele sai desgastado, ao apoiar a censura ao filme Je Vous Salue, Marie, em 1986. Mas essa é também a fase em que o cantor se supera, e, nos shows, amparado pelo repertório dos anos anteriores, sustenta o sucesso de uma carreira que o levou a vender mais de 100 milhões de álbuns no mundo todo, o único latino a atingir tal marca.
O último capítulo pode ser lido como um guia da recepção de Roberto Carlos por novos intérpretes e jovens roqueiros. A geração Coca-Cola de que falava Renato Russo entrava em campo para reverenciar o rei, aquela espécie de guaraná. Isso é que é.
Fonte:
Folha Online e
Publifolha
Vídeo de Roberto Carlos -"Á Janela"-1972
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Comentários
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Mazé parabéns,essa matéria e
ResponderEliminarmaravilhosa e o clip é muito lindo!
Esse texto é muito inteligente, só não gosto qdo diz último capitúlo
eu diria o mais recente.
Roberto é um compositor inspirado e um intérprete perfeccionista e,
isso o que faz dele um REI, porque
ele não joga na praça suas obras só
para vender, ele se esmera em dar o
melhor para o seu público e as
vezes é criticado por seu jeito!
Quero deixar aqui meu agradecimento
ao REI, por embalar todos esse anos
a minha vida, com suas canções
maravilhosas!
Mazé um beijo!
vitoria
Olà Mazé! realemente este post està uma maravilha de quantidade e de qualidade e claro que so podias ser tu Mazé a postar este tipo de assuntos perfeitos e bem feitos.A tua nota vai ser a do costume que é a maxima juntandos beijos e a abraços para ti minha grande amiga Mazé.
ResponderEliminarOlá Mazé!
ResponderEliminarNem precisamos, afirmar, que Roberto é Qantidade e Qualidade!
Isto está claro! Talvez o povo brasileiro, nem faz ideia! Roberto não é só brasileiro. Roberto é do mundo inteiro.
Eu era pequenina, quando vivia em Angola e só ouvia falar em Roberto Carlos e o ouvia nas rádios e nos discos que compravam.
Voltei para Cabo-Verde a mesma coisa.
Se vocês perguntarem a algum caboverdiano, todos o conhecem e adoram as músicas dele.
Ele é um Rei do mundo inteiro.
Parabens, pela matéria pelo vídeo!
Beijos