No dia 1 de Março de 2018 (5ª feira) pelas 18H30, será inaugurada no CAMÕES/ CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50) a exposição de pintura e instalação “UM DIA POR DIA” da artista plástica ISABEL BAPTISTA. A exposição ficará patente até dia 22 de Março.
ISABEL BAPTISTA regressa ao contacto com o público, com toda a sua força e energia criadora, com o seu trabalho mais recente de pintura e instalação UM DIA POR DIA. Uma homenagem cheia de luz, cor e poesia à Mulher. A todas as mulheres do mundo, de todos os tempos e de todos os lugares.
A exposição reúne uma instalação, que evoca o universo feminino e 11 telas de grandes dimensões, em acrílico e massa de acrílico sobre tela de linho, numa intensidade cromática que entrelaça e harmoniza cores quentes com verdes tranquilos de esmeralda e azuis profundos e infinitos.
Neste seu mais recente trabalho, Isabel Baptista não resistiu ao apelo da poesia e envolveu em palavras poéticas cada uma das suas obras. Um exercício que, não sendo novo nela, revela e reafirma a sua profunda dimensão poética.
“No mais?
Faca na boca. Pano amarrado.
O sal da doce da razão por inteiro. Do medo. As crias.
O punho cerrado. Com a vida lá dentro.
O ninho parido. A força do ventre. O peito na frente. A anca pronta. P’rá trouxa p’ra casa.
Os mamilos perfeitos. Como o colostro quando se pare.
O colo grande. A lágrima que lava o resto!
E o amor à frente. A paixão escarlate.
A boca? Vermelha"
(Isabel Baptista)
Isabel Baptista, uma figura carismática do mundo artístico de Luanda, reconhecida pelo seu trabalho artístico, mas também pela sua entrega e dedicação na gestão da Galeria Cenários, pioneira de Galerias de Arte no período pós-independência em Angola. Aí, catalisou e agregou, ao longo de largos anos, centenas de artistas e escritores, transformando aquele espaço numa referência e ponto obrigatório de encontro cultural.
ISABEL BAPTISTA nasceu em Luanda, onde fez os seus estudos em pintura na antiga Escola Industrial, no final dos anos sessenta. Fez a sua primeira exposição individual, em 1990, no Museu de História Natural de Luanda.
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