Amor: a delicada película do invisível

DO TEXTO: Com metáforas inflamáveis, Laerte envolve o leitor em sua delicada busca pela verdade: será que ela existiu?

Misterioso, filosófico e intimista, "o Vento, a Chama", obra de estreia de Laerte de Paula, publicada pela Editora 106, é um convite à imersão nos propósitos da paixão e do recomeço

O tempo e o espaço simplesmente ficam suspensos em O Vento, a Chama, romance de estreia do autor e psicanalista Laerte de Paula e do selo 106 Histórias da Editora 106. Como uma promessa escrita, o autor escreve nessa obra sobre a impossibilidade do encontro amoroso pleno.

Laerte, de forma reflexiva e filosófica, apresenta aos leitores o mistério da mulher e de seu eterno movimento de desvelar e esconder-se, no qual é envolvido ao apaixonar-se por M.  Entre suas contemplações sobre a imperfeição do amor, o autor dá a conhecer sua intimidade, dividindo experiências e questionamentos como: é possível curar uma ferida de amor nestes tempos marcados pelo ritmo frenético, em que somos tentados a considerar que os relacionamentos amorosos são instantâneos? Como vivenciar o luto de uma dor de amor?

Ao caminhar pelas ruas de sua metrópole e observar cada gesto e detalhe dos inúmeros encontros e desencontros, Laerte de Paula escreveu em seu celular essa narrativa intensa e profunda sobre a eterna busca por amar e ser amado. Seu texto segue o ritmo dos que vivem e encontram no cinza de seus concretos a poesia que forma cada um de nós.

Para compartilhar as dores e o êxito da tentativa impossível de descrever uma relação amorosa plena, deparamo-nos com as diversas referências literárias do autor, como Marguerite Duras, Pascal Quignard, Sigmund Freud, Jacques Lacan, Maurice Blanchot, Clarice Lispector e outros.

Com metáforas inflamáveis, Laerte envolve o leitor em sua delicada busca pela verdade: será que ela existiu? Quem é essa mulher? É alguém que seduziria a qualquer um de nós? Quem está a salvo de tal paixão? Ele irá reencontrá-la?

“Hipótese insensata (sou habitado por centenas delas): narrar a beleza deste encontro é poder contemplar, evocar e contornar suas sombras.” “o Vento, a Chama” – pág. 22

Sobre o autor: Laerte de Paula é psicanalista e escritor. Participa de atividades de pesquisa relacionadas aos temas da escrita, do erotismo e da psicanálise. O Vento, a Chama  é seu livro de estreia.

Sobre a editora: a Editora 106 é resultado do encontro entre as psicanalistas Fernanda Zacharewicz e Gisela Armando, que já editavam obras na área da Psicanálise sob o selo Aller, e o jornalista Omar Souza, publisher com mais de 20 anos de experiência. Diferentemente de outras editoras, que costumam abrigar os títulos dirigidos a cada gênero ou tipo de público sob um selo específico, a marca está presente em praticamente todos os gêneros literários. 

A diferenciação se dá em seus subselos: 106 Ideias (ensaios, biografias, Filosofia, História etc.), 106 Pessoas (desenvolvimento pessoal, espiritualidade, negócios etc.), 106 Histórias (ficção histórica e contemporânea), 106 Clássicos (obras e autores consagrados), 106 Crônicas (textos produzidos por alguns dos melhores cronistas nacionais e internacionais), entre outros. Cada subselo é uma representação que formaliza o compromisso com determinado público. 

A exceção será o selo Aller, já consolidado no universo psicanalítico brasileiro e que identificará os livros publicados para esse segmento. A estreia triunfal no mercado brasileiro, com A Rainha do Ignoto, primeiro texto longo de realidade fantástica produzido no Brasil, escrito no fim do século XIX por Emília Freitas, e Economia da Longevidade, do doutor em Ciências Sociais e mestre em Economia Política Jorge Felix, não deixam dúvidas de que há 106 editoras em uma só.

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