Terra: Planeta Água

DO TEXTO:

Às vésperas do Dia Mundial da Água, relatório aponta que mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso ao recurso natural

Já dizia a música de Guilherme Arantes: “Terra! Planeta Água”. Estima-se que cerca de 71% da superfície terrestre é coberta por água. Desse total, 97,4% está em estado líquido, nos oceanos. Assim, 2,6% do total de água no planeta é chamada de doce e apenas 0,96% estão em fontes subterrâneas, rios e lagos, acessíveis para o consumo humano.

Só de olhar os números, é possível compreender que os recursos hídricos merecem e precisam de atenção. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 22 de Março é celebrado o Dia Mundial da Água. A data tem como objetivo alertar e conscientizar a população do mundo sobre a preservação do recurso natural que é fonte de vida do planeta e da humanidade.

Além de evidenciar o problema da escassez, essa data traz outra reflexão tão necessária quanto a preservação da água. Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, divulgado em Genebra, no dia 19 de Março, cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável.

Em 2010, a Assembleia Geral da ONU aprovou a resolução que reconhecia “o direito à água potável, segura e limpa, e ao saneamento como um direito humano”. Já em 2015, o direito ao saneamento foi explicitamente reconhecido como um direito distinto. Ou seja, os Estados têm a obrigação de promover o acesso universal ao saneamento básico e à água potável para todos, indiscriminadamente e priorizando àqueles com mais necessidades.

Apesar disso, esses dados nos revelam as grandes disparidades sociais. De acordo com o relatório, metade das pessoas que consomem água extraída de fontes não seguras estão na África. Na chamada África Subsaariana, por exemplo, 24% da população bebem água potável segura, e 28% possuem instalações sanitárias básicas individuais, ou seja, não compartilhadas com outras residências.

Nesse dia 22, mais do que apenas conscientizar a preservação do recurso natural com impacto vital para o planeta, é preciso olhar para o outro. Afinal, com a falta de acesso à água potável e saneamento seguro, esses 2 bilhões de pessoas, muito provavelmente, enfrentarão inúmeros desafios como problemas de saúde, desnutrição, condição precária de vida e falta de oportunidades de emprego e educação. Vamos construir um mundo e uma sociedade melhor para as próximas gerações.

Sobre o autor: Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar Engenharia de Alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados (a predileção pelo segundo evidente em sua escrita). As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.

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