Dudu Braga: "Meu pai era carinhoso, mas me disse tantos 'nãos' quantos 'sins'

DO TEXTO: Nasci com uma doença congênita nos olhos: glaucoma. Com 15 dias de vida, meu pai voou comigo para Amsterdã, na Holanda, para eu ser tratado.

Nasci com uma doença congênita nos olhos: glaucoma. Com 15 dias de vida, meu pai voou comigo para Amsterdã, na Holanda, para eu ser tratado. Era o único lugar que fazia o tipo de cirurgia de que eu precisava. Passei por sete operações. Enxerguei até os 22 anos, quando tive um descolamento da retina e perdi a visão

O publicitário conta o que aprendeu com o pai, o cantor Roberto Carlos



POR LUÍS COLOMBINI

Nasci com uma doença congênita nos olhos: glaucoma. Com 15 dias de vida, meu pai voou comigo para Amsterdã, na Holanda, para eu ser tratado. Era o único lugar que fazia o tipo de cirurgia de que eu precisava. Passei por sete operações. Enxerguei até os 22 anos, quando tive um descolamento da retina e perdi a visão. Normalmente, quando um filho tem um problema de saúde, é comum os pais superprotegerem. Meu pai nunca deixou de me educar.
Ele era carinhoso, cuidadoso, mas me disse tantos “nãos” quantos “sins”. Hoje sou pai e sei como é difícil dizer “não” para os filhos. Como todo artista, meu pai não é dono do próprio tempo. Em minha infância, minha mãe organizava nossa agenda de acordo com a de meu pai para que ficássemos juntos nas temporadas de show. Quando tive o descolamento da retina, ele grudou em mim por dois anos. Nem sei como conseguiu. 
Ele não é só um exemplo como pai, mas também como pessoa. É simples com todos que conhece e extremamente coerente com as coisas em que acredita. A forma como toca a vida dele é um exemplo para mim.
Em depoimento a Flávia Yuri
revistaepoca.globo.com
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