O Baú do Carlos Alves (26)

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br

Tudo tem uma primeira vez e, curiosamente, com o Sport Club Angrense, duas deslocações que registaram a primeira vez, ambas na companhia do Capitão Fernando Lopes, hoje Coronel na reserva.

Na verdade, na BA4, pela sua postura, pela sua dedicação ao desporto, nomeadamente ao futebol, Fernando Lopes teve influências junto de quem comandava o destacamento da FAP nas Lajes. Numa das épocas em que passou pelo Angrense, e na qual fui seu adjunto, o Angrense, num fim-de-semana, deslocou-se ao Faial para realizar dois jogos amistosos. Claro que, para evitar despesas de monta, foi conseguida, para o efeito, uma aeronave da FAP e em cuja tripulação fazia parte o nosso saudoso amigo Vitorino, pai da Paula Vitorino, uma das referências do basquetebol feminino açoriano. Foi a primeira (e última) vez que andei num avião daquele tipo, sentado numa das laterais da aeronave. Foi, ao cabo, uma sensação interessante, para mais que, no grupo, faziam parte jogadores que muito gostavam destas experiências, jogadores esses que, também, passaram o tempo no divertimento, contando anedotas e piadas picantes em relação a outras pessoas que estavam presentes. Uma forma de passar o tempo mais depressa e, quiçá, para não dar a perceber que as tripas já rolavam muito.

Nesta digressão do Angrense, tudo foi “militarizado” (FAP e Exército), atendendo a que as pernoitas foram passadas na Bateria do Faial que, na altura, já tinha poucos militares. Duas noites de “desgraça” na medida em que houve um jogador, com as iniciais JMCS, que fez do seu próprio divertimento o enviar almofadas para os colegas, técnicos, dirigentes e massagista. E daí aconteceu, mercê de naturais reações, que as ditas noites se transformaram em autêntica “guerra de almofadas”. Nesse eu dou, tu dás, ele dá, nós damos, houve alguém que quase foi parar ao hospital porque, com a força de um desses almofadões (talvez o maior que se encontrava na camarata), foi derrubado e caiu no chão desamparado. Só não posso dizer o nome da pessoa, que ali não era jornalista. E em relação ao mentor dessa “guerra de almofadas”, posso adiantar para completar as iniciais acima postadas, que foi funcionário da Caixa Económica da Santa Casa da Misericórdia de Angra do Heroísmo e também referenciado como um dos melhores dos Açores no tiro ao prato. - Jó... Jó... Jó

NOTA FINAL – A segunda viagem com o Capitão Fernando Lopes remonta a 1977 ao Canadá e Estados Unidos. Não foi batismo na TAP, mas sim a primeira vez que pisei solo canadense e norte-americano. Depois passei a ser um “habitué” nas grandes reportagens, coisa que hoje já não existe para os nossos amigos do Canadá e Estados Unidos. Fi-lo sempre (A União duas vezes, 1977 e 1984, e as restantes para o Diário Insular) com o maior empenho para com velhos amigos do futebol que rumaram para aqueles dois países em busca de melhores condições de vida.

Na última deslocação ao Canadá, acompanhando os veteranos do rival Lusitânia, tive o grato prazer de voltar a visitar a sede do Sport Club Angrense Of Toronto, tendo, na recepção, usado da palavra o fervoroso sócio e adepto do Angrense, o bom amigo José Lisboa, quiçá na ausência do carismático Adalberto Pinheiro Bettencourt.

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