Por André Aloi A amizade próxima entre Yoko Ono e Tomie Ohtake (1913-2015) rendeu uma longa troca de correspondências e visitas nos anos de 1990 e 2000. Yoko, inclusive, esteve no Brasil sem alarde e passou um tempo com Tomie, em sua casa. Infelizmente, não há registro desses encontros. Em 2017, chega ao Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a exposição “Dream Come True“, retrospectiva da artista visual focada em sua formação erudita e que propõe reflexões. São aproximadamente 80 obras, entre objetos, vídeos, filmes, instalações e gravações sonoras produzidas desde o início dos anos 1950 até os dias atuais.
A curadoria da montagem é do islandêsGunnar B. Kvaran, amigo
próximo de Yoko, ePaulo Miyada, do
Instituto Tomie Ohtake. “As obras permitem essa variação de
suporte. Algumas só com texto, outras com algum vídeo e performance. Todas
elas partem do princípio de que o público precisa interagir”, explica à
Bazaar Carolina de Angelis, que integra a equipe de curadoria da mostra.
A exposição quer que o público tome a arte para si. Por exemplo: há uma
pintura em que se pode pisar sobre a obra, o que se chama de “sacralizar o
objeto artístico”. Tem também uma tela feita porYoko e que se pode pintar por
cima, acrescentar coisas e ela vai se modificando (Add Colour Painting).
O highlight, no entanto, é a peça “Arriving“, que funciona com a contribuição de mulheres. Elas são convidadas a mandar uma foto de seus olhos e um depoimento sobre situações e relacionamentos abusivos.Vai sendo construída ao longo da exposição, e os textos são pendurados para leitura e vão sendo trocados de tempos em tempos. A exposição Dream ComeTrue entra em cartaz entre maio e junho no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
A amizade próxima entre Yoko Ono e Tomie Ohtake (1913-2015) rendeu uma longa troca de correspondências e visitas nos anos de 1990 e 2000. Yoko, inclusive, esteve no Brasil sem alarde e passou um tempo com Tomie, em sua casa. Infelizmente, não há registro desses encontros.
Em 2017, chega ao Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, a exposição “Dream Come True“, retrospectiva da artista visual focada em sua formação erudita e que propõe reflexões. São aproximadamente 80 obras, entre objetos, vídeos, filmes, instalações e gravações sonoras produzidas desde o início dos anos 1950 até os dias atuais.
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