Evento destaca o
protagonismo do Brasil nas pesquisas de ciências de solos em nível
internacional.
Rio de Janeiro, 13 de
agosto de 2018 – A 21ª edição do Congresso Mundial de Solos marca a estreia do
Brasil e do hemisfério sul na promoção desse evento, que reúne as mais
importantes lideranças mundiais nas pesquisas de ciência de solo do País e do
exterior. O 21°WCSS (sigla em inglês) começou ontem (12/08) no Rio de Janeiro e
se estende até esta sexta-feira (17/08) com a presença de cerca de quatro mil
pessoas de mais de 100 países. A abertura contou com as presenças do presidente
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em exercício, Celso
Moretti; do representante da FAO (Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação) no Brasil, Alan Bojanic; do presidente da União
Internacional de Ciências do Solo, Rattan Lal; da presidente da Sociedade
Brasileira de Ciência do Solo, Fátima Moreira; e do presidente do Congresso,
Flávio Camargo.
Para Camargo, o evento é uma oportunidade de mostrar ao mundo a experiência do
Brasil na área de ciência de solos, que começou no Século XIX. “Temos 71 anos
só de atuação da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. É muito importante
que o mundo conheça o nosso protagonismo”, ressalta.
O presidente da Embrapa em exercício, Celso Moretti, destacou que a expertise
do País nessa área foi determinante para consolidar a importância do bioma
Cerrados no agronegócio brasileiro. “Desacreditado na década de 1970, o Cerrado
é hoje um dos polos mais produtivos do Brasil. Isso se deve, em grande parte,
aos estudos de ciências dos solos”, constatou. A tropicalização da agropecuária foi ressaltada por Moretti como a grande
responsável pela consolidação do Brasil como um dos mais importantes players do
agronegócio mundial. “Em pouco mais de quatro décadas, passamos de importador
de alimentos a um dos maiores produtores agrícolas mundiais”, enfatizou o
presidente da Embrapa em exercício, lembrando que a ciência tem participação
decisiva nesse contexto.
Brasil: pioneirismo no
desenvolvimento sustentável da agricultura
José
Carlos Polidoro, chefe-geral da Embrapa Solos, unidade de pesquisa da Empresa
no Rio de Janeiro, RJ, reforça ainda que,
paralelamente aos bons resultados no cenário agrícola mundial, o Brasil é
pioneiro também no desenvolvimento sustentável da agropecuária. “Seja por fora
de lei ou por iniciativa dos produtores, o fato é que hoje o País tem 66% de
sua área total preservada”, enfatiza, lembrando que esses números não encontram
paralelo em nenhum outro país do mundo. “A associação entre agropecuária e degradação da natureza no Brasil é um erro.
Um mito que precisa ser derrubado”, frisa Polidoro. Segundo ele, é muito
importante que a população brasileira, especialmente de áreas urbanas, saiba
que o País tem tratado muito bem os seus dois recursos naturais mais
importantes: água e solo.
FAO: preservação dos solos
tem que constar da agenda política dos países
Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil, afirmou que é fundamental que
assuntos relacionados a solos, incluindo preservação e uso sustentável, entre
outros, tem que ser prioridade na agenda pública dos países.
Mais uma vez o Brasil sai na frente com o Programa Nacional de Solos do Brasil
(PronaSolos), iniciativa do governo brasileiro, que integra 20 instituições
brasileiras. Trata-se do maior empreendimento técnico-científico já executado
no Brasil na área de solos. O trabalho será realizado ao longo dos
próximos 30 anos e o orçamento para os primeiros 10 anos é de aproximadamente
R$740 milhões.
Serviço:
O 21º Congresso Mundial de
Solos acontece de 12 a 17/08/2018 no Hotel Windsor Oceânico, Barra da Tijuca,
Rio de Janeiro, RJ.
O 21°WCSS (sigla em inglês) começou ontem (12/08) no Rio de Janeiro e se estende até esta sexta-feira (17/08) com a presença de cerca de quatro mil pessoas de mais de 100 países. A abertura contou com as presenças do presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em exercício, Celso Moretti; do representante da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) no Brasil, Alan Bojanic; do presidente da União Internacional de Ciências do Solo, Rattan Lal; da presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, Fátima Moreira; e do presidente do Congresso, Flávio Camargo.
A tropicalização da agropecuária foi ressaltada por Moretti como a grande responsável pela consolidação do Brasil como um dos mais importantes players do agronegócio mundial. “Em pouco mais de quatro décadas, passamos de importador de alimentos a um dos maiores produtores agrícolas mundiais”, enfatizou o presidente da Embrapa em exercício, lembrando que a ciência tem participação decisiva nesse contexto.
“A associação entre agropecuária e degradação da natureza no Brasil é um erro. Um mito que precisa ser derrubado”, frisa Polidoro. Segundo ele, é muito importante que a população brasileira, especialmente de áreas urbanas, saiba que o País tem tratado muito bem os seus dois recursos naturais mais importantes: água e solo.
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