Sugestões da TV Brasil para terça (22) - Recordar é TV com Tônia Carrero

DO TEXTO:

Recordar é TV homenageia aniversariante Tônia Carrero nesta terça (22) na TV Brasil

Programa resgata entrevista que atriz concedeu em 1986 ao "Advogado do Diabo" da TVE

Considerada uma das maiores intérpretes da dramaturgia brasileira, a atriz Tônia Carrero comemora 95 anos nesta quarta-feira, 23 de agosto. Para celebrar a vida e a obra da artista que fez fama no cinema, teatro e televisão, o Recordar é TV exibe trechos da entrevista com a diva no programa “Advogado do Diabo” nesta terça (22), às 21h30, na TV Brasil.

Conduzida pela voz marcante do saudoso Osvaldo Sargentelli, a atração foi ao ar em 1986 na TVE do Rio de Janeiro. O bate-papo teve a participação de personalidades como os escritores Affonso Romano de Sant'Anna e Lya Luft, além do ator e diretor Cecil Thiré, filho da atriz.


Avó dos atores Miguel Thiré, Luísa Thiré e Carlos Thiré, a atriz tem uma carreira consagrada que reúne interpretações inesquecíveis na telinha como a personagem Stella Fraga Simpson, na novela "Água Viva" (1980), de Gilberto Braga. Em sua trajetória artística, Tônia Carrero fez dezenas de peças, cerca de 20 filmes e mais de 15 novelas.

A atriz se despediu das telonas em 2007 no papel de Alice no filme "Chega de Saudade", drama, dirigido por Laís Bodansky. Tônia Carrero saiu de cena nos palcos no mesmo ano com o espetáculo “Um barco para o sonho” em que foi dirigida pelo neto Carlos Thiré. Três anos antes, em 2004, ela interpretou Madame Berthe Legrand em sua última novela, "Senhora do Destino", trama escrita por Aguinaldo Silva.

"O tempo é pequeno para se deixar de ser amador"

Na produção gravada na década de 1980, Tônia Carrero fala sobre diversos assuntos, analisa a técnica de interpretação e destaca a relação ator-personagem. Também comenta os preconceitos que passou na juventude.

"Eu sofri muitos anos de um moralismo e uma estupidez social contra a mulher. Fui passando e fazendo aquilo que eu queria. Não me arrependo nada", declara no segundo bloco do material recuperado pela emissora pública de seu acervo.


Tônia resgata o início tardio de sua vida artistica. Ela começou na sétima arte em 1947 no filme "Querida Susana". O Grande Teatro Tupi marcou sua estreia na televisão com vários personagens a partir de 1952.

Já nos palcos, a artista fez o espetáculo "Um Deus Dormiu Lá em Casa", peça em cartaz no ano de 1949. "Já comecei a fazer teatro aos 27 anos. Foi muito tarde. Porque eu tinha que criar uma solidez", analisa Tônia.

A atriz continua a reflexão. "O tempo é pequeno para se deixar de ser amador. Uma vida é pouca para a gente conseguir observar o ser humano, imitá-lo, dissociá-lo e estilizá-lo para as plateias exigentes", filosofa sob o sorriso do filho.

Relação familiar

Durante a entrevista, Cecil Thiré pergunta o que ela destaca como traço familiar mais marcante em sua trajetória de vida. A alegria da relação entre mãe e filho foi destacada pela artista.



"Mãe e filho podem se entrosar em vários trabalhos e realizações. O Cecil me indicou vários vícios que eu tinha no decorrer da minha carreira. Esse danado me observa desde os sete anos de idade. Ele vai ao teatro me olhar e me ver. É muito competente como diretor. Não tem ninguém tão ligado a mim quanto você dentro da minha profissão".
Cecil Thiré também aborda a influência da artista na formação dos parentes no universo das artes. "Ela (Tônia Carrero) trouxe para a nossa família essa semente, a ideia de ser ator, de ser artística cênico. Eu sou, tenho uma irmã que não é filha dela, é Thiré, que também é, tenho um primo também Thiré. E agora uma neta dela que é atriz também, Luísa Thiré", comenta o ator e diretor.

Beleza feminina e ícones da dramaturgia brasileira

O programa da emissora pública resgata passagens marcantes da carreira da atriz como a época da companhia teatral Tônia-Celi-Autran que formou junto com o diretor de teatro Adolfo Celi e o ator Paulo Autran, seu grande amigo.


Com uma beleza singular, Tônia Carrero é questionada sobre as desvantagens de ser uma mulher bonita. "Não tem não. A desvantagem é que a gente vai ficando mais velha. Menos bonita, talvez. Ou mais bonita por dentro. É sempre bom. A beleza é benvinda. Eu nunca tenho certeza da beleza. Tem um lado negativo na vida da mulher superficial bonita. A mulher que leva tudo a sério é só uma sorte", responde com inteligência.

A artista ainda cita grandes nomes que são até hoje referência na dramaturgia nacional. "Tenho a veleidade, justamente porque foi difícil, de ter participado de uma geração que abriu caminho para grandes atores que serão melhores do que nós certamente. Dulcina de Moraes foi uma grande precursora", rememora Tônia.

Ela enumera uma lista de astro: Paulo Autran, Cacilda Becker, Glauce Rocha, Walmor Chagas, Tereza Rachel e Fernanda Montenegro. "Nós abrimos caminho, mostramos uma luz para essa gente fantástica que está aí. São bem melhores do que nós. Observem isso. Por obrigação moral e artística", afirma.


Musa do escritor Rubem Braga, a atriz Tônia Carrero, nome artístico de Maria Antonietta de Farias Portocarrero, completa 95 anos nesta quarta-feira, 23 de agosto.

Programas temáticos e homenagens

Com apresentação da jornalista Alessandra Lago e direção de Henrique Lima, o programa Recordar é TV leva ao telespectador conteúdos que representam momentos importantes da memória da televisão brasileira a partir de material preservado no acervo da emissora pública com os registros feitos na época da TVE do Rio de Janeiro.

Shows, programas de auditório, grandes entrevistas, matérias jornalísticas marcantes, musicais e peças de teledramaturgia serão revisitados em nova roupagem pela atração. O objetivo é tornar esses vídeos de acervo atraentes ao grande público e alvo da curiosidade daqueles que se interessam pela história das mídias como um dos expoentes da cultura nacional.

Para as próximas semanas estão previstas edições temáticas com grandes ícones da música, além de homenagens a artistas consagrados como Elza Soares, Elis Regina, João Nogueira e Mário Lago entre outros.

SERVIÇO:
Recordar é TV - terça-feira (22), às 21h30, na TV Brasil.
Recordar é TV - sábado (26) para domingo (27), à 1h30, na TV Brasil.


O Milagre de Santa Luzia destaca obra de Pinto do Acordeon
Série conduzida por Dominguinhos entrevista o músico paraibano
 
O instrumentista, cantor, compositor Pinto do Acordeon é o convidado desta terça (22), da série O Milagre de Santa Luzia, apresentada por Dominguinhos, que vai ao ar às 23h, na TV Brasil.

Com extensa trajetória, Pinto do Acordeon é tão carismática quanto engraçada. O paraibano de Conceição de Piancó, seguindo a tradição de Luiz Gonzaga, mistura suas músicas à contação de ‘causos’.


O músico não dá ponto sem nó: uma história é melhor que a outra. O próprio Dominguinhos, seu amigo, não se aguentou e caiu na risada no meio da gravação. A versão do artista para ‘New York, New York’, de Frank Sinatra, já vale o programa.

Além de engraçado e afável, Pinto dá uma aula sobre a música nordestina e sua ligação com outros aspectos culturais e sociais da região, e faz um som de primeira na lendária sanfona branca de teclas pretas que pertenceu a Luiz Gonzaga.

SERVIÇO:
O Milagre de Santa Luzia – terça-feira (22), às 23h, na TV Brasil.


Curta em Cena debate a produção audiovisual fora do eixo Rio-São Paulo
 

Apresentadora Tâmara Freire entrevista o produtor Eduardo Christofoli que analisa a cena gaúcha

O cinema realizado fora do eixo Rio-São Paulo, em particular no Rio Grande do Sul, pauta a entrevista do produtor Eduardo Christofoli com a apresentadora Tâmara Freire no Curta em Cena desta terça (22), às 23h30, na TV Brasil. O programa explora as formas de financiamento e produção que podem impulsionar a realização e a distribuição de filmes no contexto da região.


Idealizador da Colateral Filmes, o convidado traça um panorama sobre os desafios atuais. "Já tivemos um cenário muito mais promissor no estado do que o atual. Está em crescimento, mas não como há dez anos. Existem várias produtoras relevantes para o mercado que têm conseguido destaque tanto no mercado brasileiro como no internacional", explica Eduardo.

O produtor alerta, porém, que é preciso avançar. "Falta caminhar mais em termos de mecanismos e incentivos para que se retome o tempo em que o Rio Grande do Sul era considerado o terceiro polo de produção audiovisual do país, atrás só do eixo Rio-São Paulo. É uma questão de políticas públicas", pondera.

Ele comenta um dos trabalhos da Colateral, a produção independente "O Assassino do Beija-flor"que traz uma trama inspirada em graphic novels e filme noir. "O termo idependente neste caso está mais ligado é não estar atrelado a recursos públicos e privados do que a linguagem", define.

O programa Curta em Cena também discute como a falta de recursos financeiros pode prejudicar a qualidade técnica e artística de uma produção audiovisual. Eduardo Christofoli compartilha sua experiência no assunto com Tâmara Freire.

Segundo o convidado, essa realidade deve ser enfrentada, pois "sempre vai faltar dinheiro". O realizador aconselha adaptar a ideia ao orçamento disponível. "Não pode deixar o pouco recurso impactar no que se está fazendo. É tentar fazer sempre o melhor com o que se tem. E a partir disso dizer tanto para o diretor quanto para o cliente que com esse orçamento é possível fazer isso", explica.

Sobre o programa
Curta em Cena é um programa da TV Brasil voltado para o conteúdo nacional de curta duração. A cada semana, a atração exibe uma produção brasileira desse formato para debater o cinema realizado no país. O programa agrega informação sobre o contexto da criação e da produção da obra.

Apresentado pela jornalista Tâmara Freire, o Curta em Cena traz entrevista com cineasta, produtores e especialistas. A ideia é abordar o melhor dos conteúdos audiovisuais da atualidade, aliando informação e entretenimento na tela da televisão pública.

SERVIÇO:
Curta em Cena – terça-feira (22), às 23h30, na TV Brasil.


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