Sugestões da TV Brasil para quinta (24).

DO TEXTO:

Escritora Tatiana Salem Levy é a convidada do “Trilha de Letras” na quinta (24), para uma conversa sobre o papel da mulher na literatura.

"Eu não gosto desse termo ('literatura feminina'), para ser sincera”, revela Levy. “Porque pressupõe que a literatura seja masculina, e que as mulheres, ao escrever, fazem um 'subproduto', uma 'subliteratura': a ‘literatura feminina.’ Quando se especifica assim, isso termina por desvalorizar, em vez de valorizar."
 
Em um papo com o apresentador – e também escritor – Raphael Montes, a autora conversa sobre a presença feminina no meio literário, sobre machismo e extremismos, em geral.

“Isso de que só a mulher pode falar pela mulher, de que só o negro pode falar pelo negro ou de que só o palestino pode falar pelo palestino (…) isso é problemático. Se a gente não puder se colocar no lugar do outro, a gente vai se fechar, vai emburrecer, vai criar uma sociedade muito mais fechada, mais limitadora, no sentido de criar limites mesmo, fronteiras.”


Myrian Campello,

Nélida Piñon

O Trilha de Letras também conta com depoimentos das escritoras Myrian Campello, Nélida Piñon e de representantes do movimento "Leia Mulheres", iniciativa que estimula a leitura de obras escritas por mulheres. A jornalista Katy Navarro ainda lê um trecho de "Sejamos Todos Feministas", da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adiche, lançado em 2015 pela editora Companhia das Letras.

“Nunca sofri nenhum preconceito quanto aos meus livros, porque a ideologia, para mim, não se coloca em primeiro lugar em termos de ficção”, relata a escritora Myrian Campello. “Ficção é ficção. Ela tem que dar as regras sempre: em primeiro, segundo e terceiro lugar. Porque ficção e ideologia se repelem mutuamente. Se você permitir que a ideologia se insira na ficção de um modo não difuso, está arrebentando tudo. Está destruindo sua ficção sem nenhum proveito.”

Vencedora de vários prêmios literários, como o Prêmio São Paulo de Literatura (2008), Tatiana Salem Levy é autora de "Dois rios (2011)", "A Chave de Casa (2013)", "Tanto Mar (2013)", "Paraíso" (2014) e "O Mundo não vai acabar (2017)".



O Trilha de Letras é apresentado pelo escritor Raphael Montes e vai ao ar pela TV Brasil toda quinta-feira, às 21h30. O programa debate literatura de maneira informal, revela curiosidades e novidades do meio literário nacional.

Serviço:
Trilha de Letras recebe Tatiana Salem Levy
Quinta-feira, 24 de agosto, às 21h30, na TV Brasil.



Às 22h de quinta-feira (24), o “Caminhos da Reportagem” mostra por que Brasília está tão acima da média nacional quando se trata de praticar exercícios físicos.


 
Seja nos parques, nas academias, no Lago Paranoá, nos espaços públicos, o que todos os atletas amadores têm em comum é a certeza de que se movimentar é bom: “melhorou meu colesterol, eu só andava cansada, só andava ofegante. Agora estou 'tranquilésima'. Durmo melhor, faço amor melhor, tudo mais gostoso”, diverte-se a aposentada Vera Lúcia Amorim, uma das frequentadoras de um Centro Olímpico na Ceilândia, em Brasília.

De acordo com pesquisa realizada pelo IBGE, apenas 38% da população do país se exercita regularmente, ou seja, cerca de 100 milhões de brasileiros estão parados. E de todos os estados, o Distrito Federal é o que tem o maior percentual de habitantes se exercitando: 50,4% da população que vive na capital do Brasil está em movimento.



A geografia plana da cidade e a abundância de parques, aliados ao alto poder aquisitivo dos moradores são algumas características que podem ajudar a explicar a liderança do DF. A capital conta com 72 parques, 33 abertos ao público. “O Parque da Cidade, centro de Brasília, é a praia de todo brasiliense”, afirma Léo Santos, fundador do Nosso Centro de Treinamento, onde se treina vôlei de praia. O Parque da Cidade tem 420 hectares de área verde, no centro da capital.

O professor Victor Andrade de Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que o Distrito Federal “tem muita gente de classe média-alta, que registra a atividade física como uma atividade cotidiana”. Ele ainda compara: “nos lugares onde moram as camadas populares, há menos instalações esportivas disponíveis. As camadas populares trabalham muito e perdem muito tempo de vida em transporte."

Independente da renda, o acesso aos parques e espaços gratuitos incentivam o brasiliense a se mexer. Nos centros olímpicos são oferecidas 20 modalidades para cerca de 30 mil pessoas, entre jovens, adultos e idosos, de forma gratuita. Já o Centro de Treinamento de Educação Física Especial acolhe pessoas com deficiência.



Anderson Jardim ficou paraplégico depois de um acidente de paraquedas e descobriu que a cadeira de rodas não impediria seu ímpeto esportivo. “Depois do acidente, percebi que a vida continua e praticamente na mesma forma. Esse carrinho não traz nenhum tipo de limitação”, conta o servidor público e atleta de tênis em cadeira de rodas.

Serviço:
Caminhos da Reportagem
Quinta-feira, 24 de agosto, às 22h, na TV Brasil.





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