Angiogravia OCT ajuda a diagnosticar doenças associadas aos diabetes e envelhecimento

DO TEXTO:

Zeiss está lançando no país tecnologia não invasiva, que captura imagens 3D de alta resolução e facilmente identificavel. Saiba mais sobre o AngioPlex™ OCT Angiography

                                                                                                                                   
Alda Jesus
Portal Splish Splash

Os problemas de retina, normalmente associados à idade, doenças crônicas ou que afetam a vasculaziração da área – como diabetes e hipertensão – precisam ser diagnosticados de forma precisa e acompanhados de perto. A retinopatia diabética e degeneração macular são exemplos de condições que requerem atenção especial no momento da consulta. São diagnosticáveis por meio do mapeamento da retina e do fundo de olho, realizados via exame intitulado Tomografia de Coerência Óptica (OCT).

A Zeiss, líder mundial na criação de tecnologias ópticas inovadoras, recentemente lançou o AngioPlex™ OCT Angiography. O equipamento já está sendo comercializado no Brasil e é a última novidade no que diz respeito à realização do exame OCT por meio de angiografia: imagens apresentadas em face, que oferecem informações de fluxo sanguíneo e profundidade.

“Trata-se de uma tecnologia de imagem não invasiva, que não precisa sequer da dilatação prévia da pupila”, explicou Luiz Roisman, oftalmologista e membro da American Society of Retina Specialists, durante o Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP), realizado pelo Departamento de Oftalmologia da Escola Paulista de Medicina, que neste ano chegou à sua 40ª edição. O médico foi um dos primeiros especialistas brasileiros a testar a tecnologia.

Diferenciais – Além de possibilitar exames não invasivos, o AngioPlex™ é capaz de capturar imagens tridimensionais de alta resolução e facilmente identificáveis. No momento do exame, o equipamento envia ondas de luz para diferentes partes do olho, gerando resultados de qualidade em poucos segundos. “É possível, assim, identificar um problema ou anomalia rapidamente, seja na retina ou no nervo óptico do paciente. Ele detalha tanto a estrutura do olho quanto o fluxo sanguíneo”, afirmou o médico.

A angiografia OCT é bastante similar à imagem OCT padrão, que os oftalmologistas estão habituados a ver. Sua varredura, no entanto, é mais ampla graças às atualizações de software de hardware. É justamente essa mudança que permite a observação de objetos em movimento – principal diferencial do equipamento da Zeiss. “Na comparação das imagens gerados pelo AngioPlex™, é possível identificar glóbulos vermelhos se movendo em contraste às estruturas estáticas, como a retina neurosensorial. Tudo isso sem o uso de corante ou dilatação da pupila”, contou o oftalmologista, com base em sua experiência.

O exame consegue, também, mostrar qualitativamente onde há presença ou ausência de sangue, auxiliando na percepção da densidade capilar em diferentes partes dos olhos e dos padrões de ramificação dos capilares – o que, até então, não era feito, pois não havia tecnologia similar. De acordo com Roisman, isto já está auxiliando pesquisadores da área. “A angiografia OCT permite que desenvolvam métricas quantitativas de alterações vasculares da retina, que é um importante foco de pesquisa. Estas informações, com o tempo, permitirão a elaboração de um novo índice de gravidade da doença.”

Pacientes diabéticos – Mary Green, que foi uma das primeiras oftalmologistas a adotar a tecnologia de angiografia OCT no mundo, é especialista em refração da córnea e presidente da Eye Excellence, em Houston (EUA). Ela considera os exames realizados via AngioPlex™ a melhor maneira de identificar e monitorar seus pacientes diabéticos, acometidos por retinopatia degenerativa, ou seus pacientes idosos, que sofrem com degeneração macular. “Consigo identificar minúsculos aneurismas, que com certeza passariam batido em um simples exame OCT.” Essas informações adicionais, segundo Green, podem ser repassadas à equipe médica responsável, por exemplo, pela prescrição de medicamentos que atuam no controle das diabetes de determinado paciente.

A médica também explicou, em artigo publicado no portal OphthalmologyWeb em setembro de 2016, que as imagens geradas via angiografia OCT são compreensíveis e a auxiliam no momento de explicar aos pacientes o que está acontecendo com sua saúde ocular. "Nós mostramos a cada paciente, logo após a realização do exame, seus resultados, explicando com auxílio gráfico e simples qual é a patologia ou, em muitos casos, a falta de patologia", disse. "Os pacientes realmente gostam de ver isso."

 Sobre a ZEISS

O Grupo Carl Zeiss AG é hoje um líder mundial de tecnologias altamente inovadoras nas indústrias médica, óptica, mecânica de precisão e sistemas microscópicos de visualização eletrônica. Há 170 anos a ZEISS contribui com o progresso tecnológico mundial ao promover a criação, medição, análise e processamento de dados nas mais diferentes áreas. A companhia está presente em mais de 40 países, com cerca de 40 unidades de produção, mais de 50 centros de assistência e distribuição e quatro centros de pesquisa e desenvolvimento. A multinacional foi fundada em 1846 na cidade de Jena e, atualmente, sua sede fica em Oberkochen, na Alemanha.

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