Do jornalista João Rocha

DO TEXTO:

Trump, I love you






Meu caro Donald Trump, deixe-me escrever que você é o meu herói. Nunca fui de ter ídolos (tirando uns posters com umas tipas em pelo) mas o Trump ultrapassa todas as minhas medidas de admiração.
Em pouco mais de uma semana na Casa Branca o meu caro friend (amigo, na língua lusitana) conseguiu uma proeza de grande porte – uniu o mundo. Está bem que uniu contra si próprio, mas o que importa é a união.
Para já, deixo claro que apoio, a 101%, todas as suas brilhantes medidas.
O muro a separar os states do México é uma ideia deveras brilhante, a começar pelas oportunidades de emprego concedidas aos pedreiros (numa primeira fase) e aos pintores (quando for a hora de colorir o dito muro).
O regresso à tortura dos prisioneiros associados ao terrorismo é uma pura ação de humanismo. Os terroristas, quando não se baldam ao trabalho, também gostam de esmigalhar as outras pessoas.
De qualquer modo, ressalvo que não tenho nada contra a atividade do terrorismo em si. Só entendo que devia ser legalizada, com os terroristas obrigados a pagar impostos como qualquer cidadão que se preze e não consiga fugir ao fisco.
Acabar de financiar cientistas malucos é outra ideia de génio (eu próprio, modéstia à parte, não faria melhor). Esta treta do buraco na camada do ozono nem dá para enganar criancinhas. Caso contrário, o ozono já tinha sido sugado pelo buraco.
O cartão vermelho mostrado aos imigrantes é uma decisão acertada sem espaço para reclamações. Só um idiota conseguirá vislumbrar algo de positivo no trabalho dos imigrantes em prol da terra do Tio Sam.
Estimado Trump, esta malta tem é inveja de si. Para começar, até um careca rói-se por causa do seu brilhante penteado à prova de furacões, lêndeas e piolhos.
Depois, o seu sucesso junto ao público feminino causa muitos ciúmes. Por falar em gajas boas, julgo que também, neste capítulo, poderá melhorar algumas leis.
Escrevo um exemplo: uma tipa com um rabo apetitoso dentro de umas calças de ganga ou licra apertadas merece, sem sombra de dúvida, ser vítima de apalpões.
Iria mesmo mais longe na tentativa de conferir justiça nas leis – a violação a uma gaja boa deveria ser encarada como ato de legítima defesa.
Trump, força nas canetas todas. Pinta de verde a Casa Branca, transforma a sala oval em triangular e recruta umas meninas à Playboy para estimular a prática laboral.
E caso a Monica Lewinsky esteja a laborar debaixo da secretária, não se esqueça que ela faz um alfinete de peito de ouro – tirou um mestrado, via Internet, na área de ourives.
Goodbye e que Deus te abençoe à falta de melhor.

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