A viola campaniça de Pedro Mestre conquistou o prémio Carlos Paredes

DO TEXTO:

Álbum de Pedro Mestre procura “uma actualidade” na tradição musical alentejana.

O álbum "Campaniça do Despique", do músico Pedro Mestre, venceu o Prémio de Música Carlos Paredes/2016, anunciou esta sexta-feira a Câmara de Vila Franca de Xira, que promove o galardão.

A escolha do álbum, "entre mais de 20 candidaturas, foi unânime", por um júri composto pelo músico e cantor Vitorino Salomé, em representação da Câmara de Vila Franca de Xira; pelo compositor Carlos Alberto Moniz, em nome da Sociedade Portuguesa de Autores; Pedro Campos; e o crítico de música Ruben de Carvalho.

O prémio é entregue no sábado às 21h30 no Centro Cultural do Bom Sucesso, em Alverca do Ribatejo, no concelho de Vila Franca de Xira. Estão previstas actuações de Pedro Mestre e do Grupo Coral Unidos do Baixo Alentejo.

O álbum foi editado em Março de 2015, celebrando 20 anos de carreira do músico do Baixo Alentejo. Na ocasião, em declarações à agência Lusa, Pedro Mestre afirmou que o disco "apresenta o repertório musical alentejano a outras paisagens sonoras".

Estes 20 anos, não são propriamente de carreira, costumo dizer que são antes 20 anos a cantar, e este disco concretiza um sonho antigo. Nele, a viola campaniça não é a protagonista, também não é [um disco] de cante alentejano, [mas é] em volta das tradições que componho algumas músicas e procuro uma actualidade, disse Pedro Mestre, que, desde os 12 anos, se dedica à viola campaniça.

"Campaniça do Despique" é o primeiro álbum em que Pedro Mestre se assume como compositor, e para o qual convidou alguns músicos amigos com quem partilha interpretações, como Fábia Rebordão, Janita Salomé e António Zambujo.

Para Pedro Mestre, a classificação do cante como património imaterial da humanidade "veio valorizar não só o cante, como chamar à atenção para todo o património tradicional musical alentejano, nomeadamente as modas, o cante de baldão [forma improvisada de cantar em despique], o próprio cante e a viola campaniça".

O Prémio Carlos Paredes foi instituído em 2003, para homenagear um nome ímpar da cultura musical e distinguir trabalhos discográficos de música instrumental não erudita, nomeadamente a de raiz popular, segundo comunicado da câmara.

              

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