O jovem aventureiro troca o mar pela corrente e aprende o que é ser mercadoria
"Aqui fui cativo, vendido, e tornado escravo... e esta foi a primeira vez." — Fernão Mendes Pinto, Peregrinação
NOTAS DE BORDO Local: Malabar → Ormuz Evento-chave: Primeira vez cativo e vendido Ano estimado: 1531 Condição: Escravo europeu em território muçulmano Estado: Humilhado, mas atento
"Na Índia, Fernão aprendeu que o mundo não tem piedade — e que um português podia valer menos que uma pimenta do reino." Vímara Porto
Por: Armindo Guimarães
Mal tinha posto os pés no Oriente e já a vida lhe dava nova rasteira. Depois de chegar à Índia cheio de esperança, Fernão é feito prisioneiro por muçulmanos no Malabar — e vendido como escravo.
Aos olhos dos seus captores, o jovem português, nesta altura com cerca de 22 anos, não era mais do que um bem transacionável: pele branca, dentes saudáveis, corpo inteiro. Servia. É assim que começa o primeiro de 13 cativeiros.
É enviado algemado para Ormuz, no Golfo Pérsico, onde aprende, à força, a linguagem do sofrimento e a lógica do comércio humano. Serve em casas, trabalha nos portos, é humilhado, mas também observa. Aprende como se sobrevive quando se é menos do que um homem. E descobre que a maior arma de um cativo pode ser a astúcia.
Consegue finalmente a liberdade — por troca, por negociação ou por intervenção divina, quem sabe — e parte de novo. Mas a marca ficou. Fernão não esquece. Nem perdoa. E já sabe que no Oriente, o homem vale o que pode render.
Curiosidade histórica: Ormuz, na foz do Golfo Pérsico, era um entreposto comercial estratégico entre o Oriente e o Ocidente — e um dos pontos mais importantes no tráfico de escravos, especiarias e ouro do século XVI. Um verdadeiro mercado de tudo... e de todos.
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Gostou da viagem? Deixe o seu comentário, partilhe este episódio e convide outros navegadores curiosos a embarcarem nesta aventura.
O jovem aventureiro troca o mar pela corrente e aprende o que é ser mercadoria
"Aqui fui cativo, vendido, e tornado escravo... e esta foi a primeira vez."
— Fernão Mendes Pinto, Peregrinação
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Local: Malabar → Ormuz
Evento-chave: Primeira vez cativo e vendido
Ano estimado: 1531
Condição: Escravo europeu em território muçulmano
Estado: Humilhado, mas atento
"Na Índia, Fernão aprendeu que o mundo não tem piedade —
e que um português podia valer menos que uma pimenta do reino."
Vímara Porto
Por: Armindo Guimarães
Mal tinha posto os pés no Oriente e já a vida lhe dava nova rasteira. Depois de chegar à Índia cheio de esperança, Fernão é feito prisioneiro por muçulmanos no Malabar — e vendido como escravo.
Aos olhos dos seus captores, o jovem português, nesta altura com cerca de 22 anos, não era mais do que um bem transacionável: pele branca, dentes saudáveis, corpo inteiro. Servia. É assim que começa o primeiro de 13 cativeiros.
É enviado algemado para Ormuz, no Golfo Pérsico, onde aprende, à força, a linguagem do sofrimento e a lógica do comércio humano. Serve em casas, trabalha nos portos, é humilhado, mas também observa. Aprende como se sobrevive quando se é menos do que um homem. E descobre que a maior arma de um cativo pode ser a astúcia.
Consegue finalmente a liberdade — por troca, por negociação ou por intervenção divina, quem sabe — e parte de novo. Mas a marca ficou. Fernão não esquece. Nem perdoa. E já sabe que no Oriente, o homem vale o que pode render.
Curiosidade histórica:
Ormuz, na foz do Golfo Pérsico, era um entreposto comercial estratégico entre o Oriente e o Ocidente — e um dos pontos mais importantes no tráfico de escravos, especiarias e ouro do século XVI. Um verdadeiro mercado de tudo... e de todos.
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EPISÓDIOS PUBLICADOS
2 – Fernão é vendido: a primeira vez como escravo (Você está aqui)
3 – O corsário Coja Acém e o fogo da vingança
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