Nos Caminhos de Portugal (3) - ESTORIL/CASCAIS E SINTRA

DO TEXTO: As emoções durante as férias em Portugal, contadas pelo brasileiro Carlos Marley.
DIA 2 – 8/10/2013 – Terça-feira (Continuação).

Tarde. Tempo livre. Aproveitando a disponibilidade dos nossos amigos portugueses Eduardo e Paula, programamos um bate e volta de carro pelos arredores de Lisboa.



Antes de seguirmos rumo aos arredores de Lisboa, fomos conhecer o Miradouro da Senhora do Monte (Foto1), de onde se têm as melhores vistas de Lisboa. Ele fica no Monte de São Gens, na região da Graça, em frente à Capela da Senhora do Monte datada do século XVIII. Para o visitante localizar-se melhor, um painel de azulejos ilustra os pontos essências que pode ser observado dali. De lá vimos o céu de Lisboa e embelezando o cenário o Castelo de São Jorge, a Ponte 25 de abril sobre o Rio Tejo, o Cristo Rei e parte da Baixa de Lisboa. 

Ainda em Lisboa, “enquanto o diabo esfrega um olho” (ver glossário de Palavras e Expressões Populares Portuguesas), paramos para uma foto próxima a Ponte 25 de Abril (Foto 2).



O nosso passeio começou em Lisboa, indo para Estoril, Cascais e Sintra, nessa ordem. O nosso intuito foi apenas conhecer, sem nos apegarmos a muitos detalhes, para aproveitarmos no menor tempo o máximo de atrações possíveis.
No caminho pelo litoral desfrutamos da linda paisagem do lugar. Paramos em Estoril, conhecida como a “Costa do Sol” e também como a “Riviera Portuguesa”.  É uma antiga freguesia do concelho (grafia portuguesa) de Cascais na costa norte de Lisboa. Destacam-se como suas principais atrações os seus famosos campos de golfe, seu autódromo, mansões, belas praias e o Casino Estoril, que é apresentado como o maior espaço cultural e de lazer em Portugal, bem como o maior cassino (grafia do Brasil) do seu gênero na Europa (Fotos 3 e 4). É possível ver também por ali palacetes, casarões, estâncias e excelentes hotéis. 

Nossa próxima estada foi em Cascais. Uma pequena vila pertencente ao Distrito de Lisboa, localizada na Costa Ocidental do Oceano Atlântico. É um dos destinos mais sofisticados e visitados de Portugal, pela riqueza de atrações e a sua beleza natural. As praias são seus grandes atrativos, mas a nossa atenção se concentrou em locais de relevante patrimônio histórico. Desde fortes e palácios com suas vista deslumbrantes, as igrejas e capelas. Fomos informados que o Palácio Real da Cidadela de Cascais é uma das residências oficiais do Governo de Portugal. 
Dentre os outros pontos interessantes visitados estão a Marina de Cascais e a Boca do Inferno, onde podemos contemplar a exuberância do lugar. A sua localização é na Costa da Guia, a oeste da vila de Cascais. É uma formação rochosa com uma cavidade no formato de gruta originada pela erosão da água. A visão do miradouro é linda e assustadora, pela violência e o barulho das águas nas rochas (Foto 5).





Continuando o passeio pela costa, chegamos ao Cabo da Roca (Foto 6), localizado na freguesia de Colares, concelho (com “c”) de Sintra e distrito de Lisboa, daqui a 16 km do centrinho de Cascais e 18 km da vila de Sintra. O local é o ponto mais ocidental de Portugal continental, assim como da Europa continental. A vista dos paredões e rochas que pelo mar adentra numa altitude de 140 metros é impressionante.

Inserido próximo ao penhasco fica o monumento no formato de um obelisco com uma cruz no topo. Na lápide afixada no obelisco consta uma citação de Luís Vaz de Camões que descreveu o local como: “Onde a terra se acaba e o mar começa” (Os Lusíadas). Outras informações assinalam particularidades geográficas do lugar (Foto 7).



Em uma das extremidades do Cabo está o farol de 22 metros de altura inaugurado em 1772 (Foto 8).

Neste local ficamos bem mais próximo de Deus e diante de uma de suas criações. Uma evidência da pequenez do homem numa imensidão de céu, terra e mar. Esse momento me remeteu a canção “Foi Deus”, outra do repertório da Amália Rodrigues: “... Foi Deus/ Que Deu voz ao vento/ Luz ao firmamento/ E pôs o azul, nas ondas do mar...”. 

Depois de visitar o Cabo da Roca, seguimos rumo a Sintra. Respirando o ar serrano, fomos serpenteando a estrada. Não eram “As Curvas da Estrada de Santos” nem íamos a “120... 150... 200... Km Por Hora”, músicas de Roberto Carlos, mas como diz o rei na última canção citada: “... O tempo diminui/ As árvores passam como vulto/ A vida passa/ O tempo passa...”. O ponteiro marca menos de 50 km por hora. Sigo caminhos que me levam a Sintra. “... Nada vai mudar meu rumo/ Nem me fazer voltar...”. 

Paramos no Palácio de Seteais, que foi construído em 1785. Os seus jardins são algumas das melhores vistas sobre a região de Sintra. Hoje o edifício é um hotel, o Tivoli Palácio de Seteais (Fotos 9 e 10)

Saímos do Palácio de Seteais (Foto 11) já começando a escurecer e no caminho “... Vou acender os faróis/ Já é noite/ Agora são as luzes que passam por mim...”. 

Chegamos ao centrinho de Sintra, uma cidade que está situada dentro das colinas da Serra de Sintra. Em 1995 foi classificada de Patrimônio Mundial, na categoria de Paisagem Cultural, pela UNESCO. Espalhados entre as colinas estão palácios extravagantes, mansões luxuosas e ruínas de um antigo castelo. Os diferentes e fascinantes edifícios históricos e atrações encantadoras são do “baril” (ver glossário).

Devido à chegada da noite o nosso passeio se restringiu as atrações do centrinho, tendo terminado na tradicional padaria “Piriquita” (Foto 12), que serve deliciosos doces como os travesseiros, as queijadas, as nozes douradas e os pastéis de cruz alta. A fábrica dessas delicias foi fundada em 1862. O nome advém da alcunha que o rei D. Carlos I deu a Constância Gomes, baseada na sua baixa estatura. Saboreamos alguns desses doces, mas os sabores vocês só saberão quando provarem também.



Ficam aqui meus sete ais de Sintra: 1 - Palácio de Seteais, um dos sete  onde estive;  2 - Palácio Nacional da Pena, uma pena que só vi de longe; 3 - Quinta da Regaleira, com certeza iria me regalar; 4 - Castelo dos Mouros, morri de vontade de visitar; 5 - Palácio Nacional de Sintra, sintro (sic) muito não ter ido; 6 - Palácio de Queluz,  que luz teríamos a noite; 7 - Palácio Monserrate, os montes e serras até me deixariam cansado.
    
Retornando a Lisboa. Fomos jantar no Shopping Colombo, um lugar incrível e bastante completo para fazer compras de todos os tipos. Ele fica na freguesia de Carnide, ao lado do Estádio da Luz. A sua inauguração ocorreu em 1997.
Para não ficar com “cara de caso” (ver glossário) no dia seguinte, resolvemos não esticar mais a noite.

A viagem contínua no próximo texto.


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Obs: Este texto faz parte de uma série de artigos do mesmo autor, sobre o tema “Nos Caminhos de Portugal”, já publicados e a publicar.

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NOTA DA REDAÇÃO:
Confira neste vídeo todas as fotos referidas no texto. No que ao fundo musical se refere, optamos pelo tema “Foi Deus”, eternizado na voz de Amália Rodrigues, mas que aqui, a título de solidariedade luso-brasileira e lusófona, optamos pela também excelente interpretação do Brasileiro Fagner.


Nos Caminhos de Portugal (3) - ESTORIL/CASCAIS E SINTRA

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1 Comentários

Comentários

  1. Nobre colega Armindo, obrigado pela publicação de mais um dos meus textos e pela arte elaborada na foto principal, bem como a montagem do vídeo. Valem ressaltar na foto de abertura a presença dos símbolos e objetos tradicionais nacionais portugueses, bem como as duas bandeiras nacionais lado a lado, representando a união entre esses países irmãos.

    Sobre a montagem do vídeo, confesso que me emocionei ao ouvir na trilha sonora, pois a música “Foi Deus” além de linda foi meu primeiro contato com Portugal, ainda criança. Agradeço a deferência por ter colocado a interpretação na voz do conterrâneo Fagner.

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