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Mais ainda: imaginem também se Grahan Norton soubesse que em Portugal a esmagadora maioria das rádios fazem regra do que deveria ser uma exceção...
A esmagadora maioria das rádios fazem regra do que deveria ser uma exceção
Por: Armindo Guimarães
"A Língua Portuguesa é provavelmente a língua mais bela para se cantarem boas e melodiosas músicas", afirmou o jornalista britânico Graham Norton, do The Guardian, a propósito da canção vencedora do Festival da Eurovisão 2017, "Amar pelos dois", interpretada por Salvador Sobral.
Agora, imaginem se Graham Norton soubesse que muitos afamados cantores portugueses, quando questionados sobre o motivo pelo qual cantam as suas músicas em inglês, respondem que cantar em português é difícil por isto e por aquilo, e que, afinal, cantar em inglês é que “é fixe”.
Mais ainda: imaginem também se Graham Norton soubesse que, em Portugal, a esmagadora maioria das rádios faz regra do que deveria ser uma exceção. Ou seja, transmitem continuamente música anglo-saxónica e, apenas de vez em quando, para variar, dão um "doce" aos ouvintes, passando uma música portuguesa.
A situação tornou-se vergonhosa, e o Governo, cansado de ouvir reclamações da população, decidiu agir. Vai daí, decretou normas que as rádios teriam de cumprir. Caso contrário… Caso contrário, o quê?
O artigo 41º da Lei nº 54/2010, de 24 de Dezembro (Lei da Rádio), estabeleceu que as rádios deveriam garantir um mínimo de 25% a 40% de música portuguesa na sua programação. No entanto, passados quase sete anos, tudo continua como dantes.
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Colorida em tudo, a terra onde nasci.
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