
DO TEXTO:
Dei por mim a refletir sobre o que o filósofo judeu de origem portuguesa diria hoje acerca do conflito israelo-palestiniano.
A verdadeira virtude é a capacidade de viver de acordo com a razão
Por: Armindo Guimarães
Os conflitos russo-ucraniano e israelo-palestiniano, que têm causado milhares de vítimas inocentes, são motivo de grande preocupação para todos nós. Excetuam-se aqueles que vivem da morte sob a capa de ideologias que, à luz de tempos passados, se podiam entender. Contudo, no momento atual, com tudo o que aprendemos ou deveríamos ter aprendido com os erros da História, tais atitudes já não são admissíveis.
A este propósito, há dias li um artigo de opinião do jornalista e caricaturista Onofre Varela, que considero extremamente oportuno. Nele, o autor reflete sobre o impacto das ideologias partidárias e religiosas nas nossas vidas e nas nossas ações, mostrando como muitos assumem como certo o que é incerto, e vice-versa. Esta convicção de estarem na posse da "razão absoluta" tem sido a rampa de lançamento para que, ainda hoje, em pleno século XXI e na era da Inteligência Artificial, se continue a recorrer à guerra para tentar resolver o que a humanidade, pela sua inteligência, deveria ser capaz de superar.
A pensar sobre tudo isto, recordei que, não há muito tempo, ao noticiar um evento em que participei, citei Bento Espinosa. Dei por mim a refletir sobre o que o filósofo judeu de origem portuguesa diria hoje acerca do conflito israelo-palestiniano.
Recorri então à Inteligência Artificial, nomeadamente ao ChatGPT, que já me conhece nestas andanças de perguntas difíceis, e fiz-lhe o seguinte pedido:
A este propósito, há dias li um artigo de opinião do jornalista e caricaturista Onofre Varela, que considero extremamente oportuno. Nele, o autor reflete sobre o impacto das ideologias partidárias e religiosas nas nossas vidas e nas nossas ações, mostrando como muitos assumem como certo o que é incerto, e vice-versa. Esta convicção de estarem na posse da "razão absoluta" tem sido a rampa de lançamento para que, ainda hoje, em pleno século XXI e na era da Inteligência Artificial, se continue a recorrer à guerra para tentar resolver o que a humanidade, pela sua inteligência, deveria ser capaz de superar.
A pensar sobre tudo isto, recordei que, não há muito tempo, ao noticiar um evento em que participei, citei Bento Espinosa. Dei por mim a refletir sobre o que o filósofo judeu de origem portuguesa diria hoje acerca do conflito israelo-palestiniano.
Recorri então à Inteligência Artificial, nomeadamente ao ChatGPT, que já me conhece nestas andanças de perguntas difíceis, e fiz-lhe o seguinte pedido:
ARMINDO – Olá, ChatGPT, está tudo bem contigo? Podes colocar-te no lugar do meu amigo e prestigiado filósofo Bento Espinosa (1632-1677), um holandês de origem portuguesa, e escrever um artigo sobre o momento atual, designadamente sobre o conflito israelo-palestiniano? Obrigado.
ChatGPT – Claro! Vou adotar a perspetiva de Bento Espinosa, um pensador profundamente influenciado pelo racionalismo e pelo humanismo, e abordar o conflito israelo-palestiniano de forma a refletir os seus princípios filosóficos. Aqui vai:
💢💢💢
A Perspetiva de Bento Espinosa sobre o Conflito Israelo-Palestiniano
Num tempo de incerteza como o atual, onde o conflito entre Israel e Palestina continua a marcar tragicamente a história da humanidade, observo com tristeza as paixões que dividem povos, nações e indivíduos. Estes conflitos, que parecem estar profundamente enraizados em conceções de território, identidade religiosa e política, revelam as profundezas da condição humana, que tantas vezes age movida pela emoção, pelo medo e pelo ódio, em vez de pela razão e pela busca do bem comum.
Se permitirdes que o velho Espinosa vos guie, proponho que consideremos este conflito, como qualquer outro, à luz da razão e da ética, pois a verdadeira liberdade reside no poder do intelecto sobre as paixões. No meu tratado Ética, afirmei que os seres humanos tendem a ser guiados pelas emoções, o que muitas vezes resulta em violência e destruição, afastando-os do caminho da harmonia e da paz. Vemos isso refletido no conflito entre israelitas e palestinianos, onde as paixões — medo, ódio, desejo de vingança — inflamam corações e mentes, obscurecendo a possibilidade de compreensão mútua.
Sobre a Natureza do Conflito
As raízes deste conflito são complexas, envolvendo séculos de disputas territoriais e culturais, exacerbadas por diferentes interpretações religiosas e políticas. Observando a partir do meu tempo, é evidente que tanto Israel como Palestina carregam consigo uma história de sofrimento e injustiça, mas também de grandeza e resiliência. No entanto, afirmo que não podemos reduzir este conflito a uma questão meramente religiosa ou nacionalista. Devemos, antes, abordá-lo pela lente da razão, procurando aquilo que une os seres humanos na sua essência, e não aquilo que os separa.
O que vejo é que tanto israelitas como palestinianos são seres humanos, partilhando as mesmas capacidades de sentir dor, de aspirar à felicidade e de procurar uma vida digna. Enquanto permitirem que as suas ações sejam governadas pelas paixões destrutivas, pela sede de vingança e pela recusa em compreender o outro, estarão presos num ciclo interminável de violência. Como afirmei na minha Ética, a verdadeira virtude é a capacidade de viver de acordo com a razão, e essa razão ensina-nos a procurar a paz e a justiça, não a destruição.
A Superação do Conflito pela Razão
A paz verdadeira, a pax duradoura, não pode ser alcançada pela força, mas apenas pelo entendimento. As nações envolvidas neste conflito devem reconhecer que a paz não se funda em vitórias militares ou em supremacia territorial, mas em acordos justos que respeitem as necessidades e direitos de ambos os lados. Isto implica reconhecer a humanidade no adversário, algo que só pode ser feito quando superarmos as paixões que cegam a nossa razão.
A razão, quando bem utilizada, ensina-nos a estabelecer sociedades onde prevaleçam a liberdade, a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos, independentemente da sua origem ou religião. Portanto, a solução para o conflito israelo-palestiniano deve ser procurada no diálogo honesto, no reconhecimento mútuo e na construção de um futuro partilhado. A violência, por sua vez, apenas perpetua a barbárie.
O Papel da Religião e da Política
Se me perguntardes sobre o papel da religião neste conflito, recordo-vos que, embora tenha sido excomungado pela minha comunidade, nunca deixei de valorizar a liberdade de crença. Contudo, a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando a religião é separada da política. A fé, que deveria guiar os homens para a benevolência e a compaixão, frequentemente tem sido utilizada para justificar o ódio e a guerra. Assim, como disse no meu Tratado Teológico-Político, a religião deve ser uma força para unir os homens, e não para os dividir.
Tanto israelitas como palestinianos devem ser capazes de viver as suas fés em paz, sem que isso justifique a opressão ou a violência. A política, por sua vez, deve ser um campo de razão, onde o bem comum prevaleça sobre interesses sectários. Apenas quando a política e a religião forem colocadas nos seus devidos lugares, sem uma dominar a outra, poderá haver um espaço para a paz.
Conclusão: Caminho para a Paz
Para concluir, a resolução do conflito israelo-palestiniano não se dará sem grandes sacrifícios de ambas as partes, e esses sacrifícios exigem a superação das paixões que têm dominado a política e a vida social de ambos os povos. A verdadeira paz virá apenas quando israelitas e palestinianos se sentarem à mesa como iguais, reconhecendo no outro não um inimigo, mas um ser humano capaz de razão e de amor.
Que aqueles que governam e aqueles que lutam possam, um dia, ser guiados pela luz da razão, e não pelas trevas da paixão desordenada. Pois somente através da razão podemos encontrar a paz, o respeito mútuo e o florescimento da verdadeira liberdade.
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Chat-GPT - Assim seria uma reflexão de Bento Espinosa sobre o conflito, baseando-se nos seus princípios éticos e filosóficos. Que achaste deste exercício filosófico?
ARMINDO - Excelente! Exatamente o que eu esperava do meu amigo Espinosa. Obrigado.
ChatGPT - Fico muito feliz que tenhas gostado do artigo no espírito de Espinosa! Se precisares de mais reflexões filosóficas ou qualquer outro tipo de ajuda, estarei por aqui, pronto para te auxiliar. É sempre um prazer entrar nesse modo filosófico contigo!
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Comentários
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Se as máquinas pensam assim... então vamos entregar as governações às máquinas... teremos um futuro mais promissor! Grande abraço Armindo Splish... Splicht... os Seteplish.. ou... já não sei: vou perguntar a uma máquina. Abração.
ResponderEliminarOlá, Varela! Obrigado pelo teu comentário que me fez lembrar aquela antiga publicidade na TV a preto e branco sobre o Homem da Regisconta que era Aquela Máquina. 😃 Grande abraço.
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