11.º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu - Frente-a-frente com bacalhau, batatas a murro e tinto a acompanhar

DO TEXTO: Esta coisa de se ser fã activo de dois dinossauros da música brasileira não é fácil. Cada dia que passa há sempre um tempo para a eles nos dedicarmos,
Esta coisa de se ser fã activo de dois dinossauros da música brasileira não é fácil. Cada dia que passa há sempre um tempo para a eles nos dedicarmos, cada qual à sua maneira, uns coleccionando isto e aquilo, outros especializando-se nesta ou naquela matéria, outros viajando quilómetros e mais quilómetros para assistirem a mais um show, alguns na esperança de tentarem a sorte de integrarem o número de privilegiados com direito a entrada no camarim para um abraço e uma foto para a posteridade.
Armindo Guimarães e Eduardo Lages

Por: Armindo Guimarães

FRENTE-A-FRENTE COM BACALHAU, BATATAS A MURRO E TINTO A ACOMPANHAR
 
Esta coisa de se ser fã activo de dois dinossauros da música brasileira não é fácil. Cada dia que passa há sempre um tempo para a eles nos dedicarmos, cada qual à sua maneira, uns coleccionando isto e aquilo, outros especializando-se nesta ou naquela matéria, outros viajando quilómetros e mais quilómetros para assistirem a mais um show, alguns na esperança de tentarem a sorte de integrarem o número de privilegiados com direito a entrada no camarim para um abraço e uma foto para a posteridade.

Quanto a mim, quiçá por estar do outro lado do Atlântico, decidi-me por outra via invertendo o célebre ditado que diz que se a montanha não vai a Maomé, vai Maomé à montanha. Por outras palavras, na impossibilidade de estar pessoalmente com o Rei e até de lhe telefonar, consegui que ele próprio me telefonasse. Aconteceu em 5 de Março de 2005 e desde então já lá vão 45 bate-papos onde em muitos deles, para além do Roberto têm entrado outras pessoas a ele ligadas directa ou indirectamente. O êxito foi tal que em 23 de Outubro de 2007 consegui que o próprio maestro do Rei também me telefonasse, não tantas vezes como o Roberto mas mesmo assim com uma dezena até ao momento.

Esse foi um subterfúgio que arranjei para mim e que resultou grandemente pois muitas foram as conversas interessantes que logrei ter e que de outro modo seria difícil se não mesmo impossível. Aconselho, por isso, que outros façam igual: que uma vez que não podem telefonar para o Roberto e para o maestro, ponham-nos a eles a telefonarem para os vossos celulares. Vão ver que é fácil e que se também como eu quiserem publicar as conversas desses telefonemas, só têm que no final colocarem a conhecida frase que aparece em muitos filmes e telenovelas, ou seja, “O texto que acabaram de ler é fictício. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência”. Para impressionar mais, podem, ainda, acrescentar a frase da Jassamin West que diz que “A ficção revela verdades que a realidade omite”. E pronto, nada mais simples. O resto, é tudo fruto da nossa imaginação.

Entretanto, desde já previno que nem tudo são rosas, pois eles tanto podem telefonar vezes seguidas e quando nós menos esperamos, como podem andar meses e meses sem nos ligar patavina, que o mesmo é dizer remetendo-nos para o esquecimento, como, por exemplo, já vem acontecendo com o malandro do Roberto Carlos que já não me telefona desde 8 de Agosto de 2011, naquele que foi o nosso 45.º Bate-papo, e pior do que ele o mais que malandro maestro Eduardo Lages que não me telefona desde o 10.º Bate-papo que tivemos em 23 de Fevereiro de 2011 e, como se não bastasse, pela primeira vez não me deu os parabéns no seu blog quando por estes dias de Janeiro fiz anos.

Mas não se pense que me deixei vencer perante tamanha adversidade. Em vez disso, fui mais longe, ou melhor, fiz o maestro ir mais longe do que uma mensagem de parabéns no seu blog ou um bate-papo telefónico. Pura e simplesmente fi-lo vir do Brasil a Portugal, que o mesmo é dizer percorrer cerca de 8.000 km para termos um inesquecível bate-papo, não telefónico, como os anteriores, mas pessoal e como mandam as regras, frente a frente tendo no nosso meio uma travessa de bacalhau à João do Porto com batatas a murro e, ao lado, assistindo à nossa amena cavaqueira, um tinto daqueles de aquecer a alma e alegrar o coração.

E foi o que aconteceu. No dia 9 de Janeiro de 2012, Segunda-feira, recebi do maestro Eduardo Lages a seguinte mensagem de e-mail:


Amigo Armindo
Estou em Portugal e gostaria de te encontrar na sua cidade. Me mande o seu telefone pra que possamos combinar.... eu iria na quarta feira.
Um grande abraço
Eduardo

À qual eu de imediato respondi nos seguintes termos:

Olá, querido maestro!
Bem-vindo à terrinha!!!
Mas que bela surpresa e que honra poder encontrar-me com o maestro.
O número do meu celular é…
Pode telefonar a qualquer hora pois terei sempre o celular ligado.
Grande abraço.
Armindo

 Armindo Guimarães e Eduardo Lages
Cais de Gaia e vista sobre o rio Douro e cidade do Porto


O resto já disse acima. O nosso bate-papo aconteceu no dia 11, Quarta-feira, entre quatro paredes de granito e em plena ribeira de Gaia com uma magnífica vista sobre a cidade do Porto. Um bate-papo que se prolongou para além do bacalhau com batatas a murro e do vinho que impávido e sereno assistia a tudo e não dizia nada. Onde falamos de tudo um pouco, do Roberto, é claro, de alguns elementos da sua equipa, de muitos fãs que frequentam o blog do maestro, dos sites dedicados ao Rei e da sua possível digressão este ano por terras lusas.

Deparei-me apenas com uma dificuldade. É que, enquanto na publicação dos bate-papos telefónicos a ausência de fotos sobre os mesmos é justificada, já que por enquanto ainda não é possível documentar bate-papos telefónicos em forma de fotos, o mesmo não se pode dizer quando os bate-papos são pessoais, como foi o caso. Por isso, houve que recorrer ao Photoshop. Apesar de não ser um perito na matéria, acho que não me sai mal de todo. Vejam as fotos. Que acham?

O que é preciso é um pouco de imaginação, e assim, como que por magia, as coisas passam de difíceis e impossíveis a fáceis e reais, pelo menos para nós. Além disso, já dizia Fernando Pessoa que “Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce”.

O delírio robertolageano!

AVISO:
O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite.
Jassemin West

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2 Comentários

Comentários

  1. Olá maninho!
    Esse encontro, essa conversa foi muito legal!
    Dois lindos e amados, conversando, comendo bacalhau, batatas ao murro e tomando vinho!
    Inesquecível,.né maninho?

    Parabéns!

    Beijos,
    Guta

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  2. Querido Armindo!

    Todo o ser humano possui sonhos.
    São sonhos grandes, sonhos pequenos, apenas sonhos!
    E é fantástico quando se é premiado com a indiscutível sensação de alegria provocada pela realização desse sonho, não existe nada melhor, é felicidade total e plena e isso tu vens confirmar com esse teu encontro com o Nosso Maestro Eduardo Lages, que se realizou em grande estilo.
    Não precisas de palavras para expressar o teu sentimento, basta ver as fotos, teus olhos e teu lindo sorriso dizem tudo, falam por ti.
    São muitas emoções, momentos tão bonitos que sempre vão ficar gravados em teu coração!
    Agora só está faltando realizares o sonho do encontro com o NMQT, que tenho certeza, logo, logo, será concretizado!

    Parabéns Armindo!

    Beijinhos,
    Alba Maria

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