Exposição celebra 50 anos do Parque Lage com paisagens reinventadas
Três artistas, um espaço, múltiplas narrativas sensoriais
A exposição coletiva “Parque”, em cartaz na Galeria de Arte IBEU, entra nos seus últimos dias de visitação e convida o público para uma viagem sensorial pelo espírito criativo do Parque Lage. Até 05 de dezembro, o espaço no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, transforma-se num território onde natureza, memória e imaginação se cruzam através das obras de Bernardo Magina, Bruno Miguel e Pedro Varela.
Criado para celebrar os 50 anos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, o projeto nasceu de forma improvisada, quase como uma jam session artística. A ideia inicial era simples: cada artista levaria as suas obras e, juntos, construiriam o ambiente da mostra. Mas este improviso acabou por revelar um eixo comum — a paisagem, entendida não como mera vista natural, mas como conceito expandido. Aqui, convivem natureza, história, selfie, silêncio, provocação, educação, biblioteca, piscina, macacos, cafés e gestos quotidianos… restaurante não.
O visitante é tratado como alguém que passeia por um parque: ora contempla, ora se surpreende, ora se diverte. A exposição ecoa a própria natureza viva do Parque Lage, onde o palacete, as cavalariças, as intervenções do tempo e as atividades humanas criam camadas que se sobrepõem e contam histórias paralelas.
Nas obras expostas, há pintura, desenho, colagem e escultura. Mas o que realmente domina é a recusa em entregar respostas prontas. Linhas, espaços, cores e fragmentos de narrativas pedem que o público preencha as lacunas — um convite aberto à imaginação. Magina, Miguel e Varela preferiram a subjetividade, valorizando o olhar do espectador como parte essencial do percurso.
“Parque” também funciona como um exercício de memória. Professores que já foram alunos voltam ao ponto de partida das suas formações artísticas, reconstruindo histórias e propondo novos diálogos com o espaço simbólico do Parque Lage. Com isso, a Galeria de Arte IBEU torna-se uma extensão temporária daquele território de experiências partilhadas.
Embora cada artista tenha percursos distintos, todos se ligam ao Parque Lage, que marcou as suas investigações, práticas e visões de mundo. É dessa interseção entre identidade, formação e liberdade criativa que surge a força da mostra: um olhar expandido sobre a paisagem, onde o real e o imaginado se encontram.
SERVIÇO:
Parque em diálogo: arte, memória e imaginação
Uma exposição de: Bernardo Magina, Bruno Miguel e Pedro Varela
Visitação: até 05 de dezembro de 2025
Local: Galeria de Arte IBEU – Rua Maria Angélica, 168 – Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Horários: segunda a quinta, 13h às 19h; sextas, 12h às 18h
A parceria simbólica entre o Parque Lage e a Galeria IBEU reforça como espaços culturais podem dialogar entre si e formar novas leituras sobre a arte contemporânea. Nesta exposição, o improviso estruturado e a memória partilhada mostram que a criatividade, quando confrontada com a paisagem, torna-se terreno fértil para descobertas inesperadas.
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Redatora Permanente do luso-brasileiro Portal Splish Splash. Uma sonhadora que acredita no verdadeiro amor, no romantismo e na felicidade, que carrega a fé em cada detalhe da vida. VER PERFIL
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