MUDAR: Uma Viagem sobre a Coragem da Transformação - CCB 22 a 25/10

Espetáculo "MUDAR" no CCB: uma viagem sensorial sobre a coragem da mudança, em Língua Gestual Portuguesa, com Filipe Raposo e Marco Paiva.
Cartaz do espetáculo MUDAR no CCB com ilustração de Ana Ventura e datas.

Espetáculo sobre a mudança, em Língua Gestual Portuguesa, no CCB


Uma ode à coragem de transformar a vida

Quando decidimos mudar, o que acontece dentro de nós? E à nossa volta?

Será que uma língua pode transformar um corpo? E quantas línguas precisamos para criar um novo lugar?

MUDAR é um espetáculo sobre viagens — por fora e por dentro.
Uma aventura feita de perguntas, sons, cores e encontros.
Estamos prontos para mudar? Vamos juntos?

MUDAR
Terra Amarela - Filipe Raposo, Ana Ventura e Marco Paiva

CCB/Fábrica das Artes . 22 a 25 de outubro . Pequeno Auditório
Escolas: quarta e quinta: 11h00 / Famílias: sexta: 20h00 e sábado: 17h00
Duração aproximada: espetáculo 40 min. + conversa
Acessibilidade: Espetáculo de Língua Gestual Portuguesa e com legendagem em português
para pessoas ouvintes.

FICHA ARTÍSTICA
Criação Coletiva Filipe Raposo, Ana Ventura e Marco Paiva
Interpretação Filipe Raposo, Vasco Seromenho e Elisabeth Davis (Percussões)
Videoarte Mário Melo Costa
Espaço Cénico Mário Melo Costa, Filipe Raposo, Ana Ventura e Marco Paiva
Figurinos Ana Ventura
Música Filipe Raposo
Desenho de Luz Nuno Samora
Produção Executiva Terra Amarela
Coprodução Terra Amarela, Centro Cultural de Belém/Fábrica das Artes, Teatro Viriato e Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão
Colaboração com Instituto Jacob Rodrigues Pereira da Casa Pia de Lisboa
Projeto financiado pela Direção-Geral das Artes
A Terra Amarela é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/Direção Geral das Artes.

Dedicado A Todas As Pessoas Que Têm A Coragem De Mudar

Há desejos que vão crescendo dentro de nós sem quase darmos por isso. Há um momento em que sentimos necessidade de parar, de dar atenção ao que é invisível e nos inquieta. Uma pausa ativa, que não tem a função de nos travar, mas sim de criar uma qualidade maior na nossa escuta interior. Dessa escuta, nasce um impulso, um movimento real que precisa de se concretizar. Esse movimento abre-se para o Mundo e expande-se. O interior e o exterior cruzam-se e a inquietação invisível, que antes vivia dentro de nós, passa a agitar o quotidiano. Transforma-nos e transforma o que com ela se cruza.

Estamos então numa viagem que nos leva ao assombro da revelação do que não conhecemos e que passaremos a ocupar. Nascem outras rotinas, outras ações, outras aprendizagens, outros caminhos, outras amizades, novos amores. Tudo se redefine através do cruzamento de identidades, corpos, vozes, gestos, sons e cores.

Inspirados pela delicada obra da ilustradora Ana Ventura e apropriando-nos do nome do seu livro para batizar o próprio espetáculo, Mudar é um convite ao encontro com o prazer de emigrar uns nos outros, de ser corpo/país fraterno.

Uma figura Amarela, no seu país Amarelo, imersa no seu quotidiano Amarelo, decide partir. Cruzar o que é e o que ainda não conhece. Começar noutro lugar. Deste ato de partir, começa a nascer um território policromático, que afirma a urgência de crescermos na riqueza da diversidade que estrutura os lugares.

Se, por um lado, Mudar aponta a pluralidade e a travessia como mote dramatúrgico a partir do seu lugar mais visual, por outro, desafia-nos a descobrir essa mesma pluralidade na paisagem sonora, misturando instrumentos de berços distintos, que nos trazem sonoridades, que, por si, atestam inspirações de diferentes cantos do Mundo.

E depois o corpo: o corpo que transporta uma Língua que vibra em toda a sua estrutura. A Língua Gestual Portuguesa cruza-se com a mimica, o Visual Vernacular, o teatro físico e a dança. O Corpo Território que chama para si uma híper expressividade dramática, tornando o que se conta em cena numa liturgia universal.

Este espetáculo é virado para o Mundo. É, na verdade, uma Ode ao Mundo que desejamos: um Mundo aberto ao prazer da curiosidade, da descoberta, da coragem – mas também do pensamento critico, do diálogo e do consenso. Do gosto pela beleza, pela poesia e pelos abraços demorados. Mudar é uma dedicatória ao que a Humanidade tem de melhor e representa a esperança de que esse melhor se propague para que os dias possam ser também eles de esperança.

Marco Paiva
Lisboa, 2 de outubro de 2025
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