Enquanto o mundo busca soluções urgentes para as crises climática e energética, a energia solar desponta como uma alternativa estratégica. No entanto, recentes medidas legislativas nos Estados Unidos — em especial a aprovação do chamado "Big, Beautiful Bill" — trouxeram incertezas para o cenário global da energia solar.
Oficialmente nomeado como One Big Beautiful Bill Act (H.R. 1, 119º Congresso), o projeto tem provocado profundas mudanças na política energética norte-americana. Entre os pontos mais impactantes está a revogação do Crédito Fiscal Residencial para Propriedades Energeticamente Eficientes (Seção 25D), que concedia aos proprietários de imóveis um incentivo de 30% sobre os custos de instalação de sistemas solares fotovoltaicos e soluções de armazenamento de energia.
Esse crédito havia sido prorrogado até 2034 pela Lei de Redução da Inflação (IRA), aprovada em 2022, e era considerado fundamental para o crescimento da energia solar residencial nos EUA.
Aric Nissen, CEO da Baja Carports — empresa especializada em coberturas solares para estacionamentos e estruturas para veículos recreativos — e autor do livro Parked Power, prestes a ser lançado, expressou preocupação com os possíveis efeitos dessa mudança de rumo. Para ele, o fim desse tipo de incentivo pode desacelerar significativamente a adoção de energia solar nas residências, afetando diretamente consumidores e a indústria.
Segundo Nissen:
“O imposto sobre energia solar foi retirado pouco antes da aprovação. Ainda assim, a legislação é devastadora para o setor. Nosso próprio governo está sabotando a indústria solar americana. Não se enganem: o Senado votou para aumentar sua conta de luz, eliminar centenas de milhares de empregos, enfraquecer a manufatura nacional e entregar nosso futuro energético a concorrentes estrangeiros. Isso não é política, é estupidez absoluta — um ataque direto à competitividade e aos empregos americanos.”
As repercussões internacionais dessas decisões são complexas. Por um lado, a queda na demanda interna dos EUA pode gerar um excedente de painéis solares e tecnologias associadas, forçando a redução dos preços globais. Por outro, os Estados Unidos sempre foram um ator central no mercado solar mundial, e sua retração pode afetar negativamente os investimentos internacionais e a inovação tecnológica.
Em mercados como Europa e Ásia, onde a adoção da energia solar segue em ritmo acelerado, a mudança norte-americana pode abrir espaço para uma expansão ainda maior. No entanto, a natureza interconectada das cadeias de suprimento globais indica que qualquer instabilidade no mercado dos EUA terá reflexos mundiais.
Diante desse cenário, o papel de empresas como a Baja Carports torna-se ainda mais relevante. Ao manter o compromisso com inovação e infraestrutura de qualidade voltada à energia solar, a empresa ajuda a sustentar a resiliência do setor — tanto nos Estados Unidos quanto em escala global.
A aprovação do "Big, Beautiful Bill" representa uma guinada importante na política energética dos EUA. Mas os efeitos globais sobre o futuro da energia solar ainda estão por vir. Para manter o impulso rumo a uma matriz mais sustentável, será preciso adaptação, visão estratégica e cooperação internacional.
O aguardado livro de Aric Nissen apresenta a energia solar como a salvadora não apenas das redes elétricas que alimentam nosso dia a dia, mas também do próprio planeta.
Para entrevistas e pré-encomendas: beatriz@bajacarports.com
*Claudia Cataldi,
é uma profissional multifacetada brasileira, atuando como jornalista, advogada, radialista, escritora, apresentadora, publicitária, professora e palestrante. Leia Mais sobre a autora...
Fim de incentivos nos EUA desafia o crescimento da energia solar global
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