DO TEXTO:
A surpresa não podia ser melhor, porquanto, não conhecendo o tema, muito me impressionou a letra, a música e, é claro, a interpretação de Amália que c
Que sina a tua, meu peito Que nunca estás satisfeito Que dás tudo e não tens nada
Por: Armindo Guimarães
A tristeza e a saudade sempre andaram de braço dado com o fado.
Que o diga a Rainha do Fado que fez dele vida. Refiro-me, evidentemente, à sempre presente Amália Rodrigues, que ontem um amigo me convidou a ouvi-la no tema Maldição, com letra de Armando Vieira Pinto e música de Alfredo Marceneiro.
A surpresa não podia ser melhor, porquanto, não conhecendo o tema, muito me impressionou a letra, a música e, é claro, a interpretação de Amália que completou a obra com a profundidade a que sempre nos habituou, transportando-nos para o carácter cíclico das emoções contraditórias do romantismo, como a felicidade e a desgraça, o amor e o ódio, a esperança e a desesperança, que o mesmo é dizer, uma relação de profundo desajuste e desencontro com o destino ou a "maldição" como força dominante.
É o preto no branco, o positivo no negativo, uma sensação de felicidade na desgraça.
Este género de exaltação, embora numa perspetiva teorética diferente, fez-me recuar ao tema Cavalgada de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, que, na minha opinião, é a obra da dupla que mais retrata o amor naquilo que ele tem de mais sublime.
Deixo aqui o poema de "Maldição" e um vídeo com a interpretação de Amália Rodrigues.
Que destino ou maldição Manda em nós, meu coração? Um do outro, assim perdidos Somos dois gritos calados Dois fados desencontrados Dois amantes desunidos
[bis:Somos dois gritos calados Dois fados desencontrados Dois amantes desunidos]
Por ti sofro e vou morrendo Não te encontro, nem te entendo Amo e odeio sem razão Coração quando te cansas Das nossas mortas esperanças Quando paras, coração?
[bis:Coração quando te cansas Das nossas mortas esperanças Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia Canto e choro de alegria Sou feliz e desgraçada Que sina a tua, meu peito Que nunca estás satisfeito Que dás tudo e não tens nada
[bis: Que sina a tua, meu peito Que nunca estás satisfeito Que dás tudo e não tens nada]
A gelada solidão Que tu me dás coração Não é vida nem é morte É lucidez, desatino De ler no próprio destino Sem poder mudar-lhe a sorte
[bis: É lucidez, desatino De ler no próprio destino Sem poder mudar-lhe a sorte]
Amália Rodrigues - Maldição
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Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada
Por: Armindo Guimarães
Que o diga a Rainha do Fado que fez dele vida. Refiro-me, evidentemente, à sempre presente Amália Rodrigues, que ontem um amigo me convidou a ouvi-la no tema Maldição, com letra de Armando Vieira Pinto e música de Alfredo Marceneiro.
A surpresa não podia ser melhor, porquanto, não conhecendo o tema, muito me impressionou a letra, a música e, é claro, a interpretação de Amália que completou a obra com a profundidade a que sempre nos habituou, transportando-nos para o carácter cíclico das emoções contraditórias do romantismo, como a felicidade e a desgraça, o amor e o ódio, a esperança e a desesperança, que o mesmo é dizer, uma relação de profundo desajuste e desencontro com o destino ou a "maldição" como força dominante.
É o preto no branco, o positivo no negativo, uma sensação de felicidade na desgraça.
Este género de exaltação, embora numa perspetiva teorética diferente, fez-me recuar ao tema Cavalgada de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, que, na minha opinião, é a obra da dupla que mais retrata o amor naquilo que ele tem de mais sublime.
Deixo aqui o poema de "Maldição" e um vídeo com a interpretação de Amália Rodrigues.
FADO: 'Maldição'
MÚSICA: Alfredo Marceneiro (Fado Cravo)
Que destino ou maldição
Manda em nós, meu coração?
Um do outro, assim perdidos
Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos
[bis:Somos dois gritos calados
Dois fados desencontrados
Dois amantes desunidos]
Por ti sofro e vou morrendo
Não te encontro, nem te entendo
Amo e odeio sem razão
Coração quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
[bis:Coração quando te cansas
Das nossas mortas esperanças
Quando paras, coração?
Nesta luta, esta agonia
Canto e choro de alegria
Sou feliz e desgraçada
Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada
[bis: Que sina a tua, meu peito
Que nunca estás satisfeito
Que dás tudo e não tens nada]
A gelada solidão
Que tu me dás coração
Não é vida nem é morte
É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte
[bis: É lucidez, desatino
De ler no próprio destino
Sem poder mudar-lhe a sorte]
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