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Basicamente, o procedimento consiste na retirada de unidades foliculares (raízes dos cabelos) do paciente de uma região, chamada de área doadora, para
Transferência de unidades foliculares de áreas saudáveis, não afetadas pela calvície, para outras regiões é indicada principalmente no combate às falhas causadas pela doença em homens e mulheres
São Paulo - Maio/2023 – A cirurgia de transplante capilar é um sonho de muitos homens que sofrem com calvície, ou alopecia androgenética, afinal, a queda capilar provocada pela condição pode causar grande impacto na autoestima do paciente. Não à toa, a busca pelo procedimento, segundo dados do censo de 2022 da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), cresceu 152% em 10 anos, principalmente entre homens com mais de 35 anos. Mas o procedimento não é indicado apenas para homens com calvície, segundo a Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS)*: “Além de homens com alopecia androgenética, mulheres com a condição também se beneficiam do transplante capilar. Além disso, o procedimento também pode ser indicado para restaurar e/ou aumentar a densidade capilar de outras áreas, como barba e sobrancelhas, para reduzir o tamanho da testa ou mesmo para reparar sequelas de procedimentos prévios, como cicatrizes de lifting facial ou resultados insatisfatórios de outros transplantes capilares”, afirma o Dr. Diogo Coimbra, cirurgião plástico especialista em transplante capilar e membro da Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS).
Basicamente, o procedimento consiste na retirada de unidades foliculares (raízes dos cabelos) do paciente de uma região, chamada de área doadora, para serem transplantadas em outra, o que pode ser feito por meio de duas técnicas: FUE (Extração de Unidade Folicular, em inglês) e FUT (sigla em inglês para Transplante de Unidade Folicular). “A diferença entre as técnicas está na forma como as unidades foliculares são coletadas. Na FUE, as unidades foliculares são extraídas individualmente por meio de micro incisões, enquanto na FUT é retirada uma faixa de pele da área doadora, geralmente das regiões laterais e posterior da cabeça”, diz o médico, que explica que, apesar de ambas serem excelentes, a grande vantagem da primeira técnica está no fato de causar cicatrizes puntiformes, praticamente imperceptíveis, o que permite até o uso de cabelo raspado estilo militar, ao contrário da FUT, que deixa uma cicatriz linear. “Como em praticamente toda medicina, as técnicas de transplante capilar têm suas indicações e contraindicações e devem ser escolhidas de acordo com as características e necessidades do paciente. Além disso, as técnicas podem ser associadas dependendo do caso”, acrescenta o especialista.
Os resultados do transplante capilar, segundo a BAPS, são extremamente naturais, desde que o procedimento seja realizado por um profissional devidamente certificado e com ampla experiência. “Após o transplante, que é realizado folículo a folículo seguindo a angulação e a distribuição natural dos fios, os cabelos crescem com a mesma cor, textura e velocidade de crescimento da área em que foram retirados. Não há risco de rejeição, pois as unidades foliculares utilizadas são do próprio paciente, e os resultados são permanentes, visto que o procedimento é feito com unidades foliculares que não possuem a genética da calvície”, diz o Dr. Diogo Coimbra. Um ano após a cirurgia, o paciente enxergará o resultado final. “É comum que, após a cirurgia, os fios transplantados caiam, mas voltam a crescer de maneira definitiva após cerca de três ou quatros meses do procedimento, com o resultado evoluindo até chegar no ápice após um ano”, acrescenta o médico, que ainda afirma que o pós-operatório é geralmente tranquilo, sem dor, e, em grande parte dos casos, o paciente retorna à maioria das suas atividades rotineiras após dois dias, sendo importante evitar a exposição direta à luz solar e atrito na região operada.
A indicação do procedimento e da técnica exige um diagnóstico adequado e uma profunda discussão entre médico e paciente para alinhar as possibilidades do transplante capilar com as expectativas do paciente. “Considerando que a calvície não tem cura, mas pode ser controlada, é de extrema importância que os pacientes realizem o tratamento clínico para calvície em paralelo ao transplante capilar para evitar que a calvície continue a evoluir nos fios não transplantados. Mesmo em casos de calvícies ainda em estágios iniciais, quando o transplante pode ainda não ser indicado, é importante que o paciente já inicie o tratamento clínico, visando conter o avanço da calvície”, afirma o Dr .Diogo Coimbra.
Por fim, a BAPS ressalta que o mais importante para quem se incomoda com a calvície e deseja realizar o transplante capilar é buscar um cirurgião plástico experiente, já que uma avaliação adequada e a técnica do profissional são fatores que impactam diretamente no resultado do procedimento. Na dúvida sobre o especialista, verifique se o médico conta com RQE, que é o registro de qualificação de especialidade, e procure por outras pessoas que já tenham passado por procedimentos com o profissional para verificar qual foi a experiência e o resultado.
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*BRAZILIAN ASSOCIATION OF PLASTIC SURGEONS (BAPS) - A Brazilian Association of Plastic Surgeons (BAPS) é uma associação brasileira formada exclusivamente por cirurgiões plásticos de todo o território nacional, além de associados internacionais. Com objetivo de reposicionar o Brasil como referência mundial no ramo da cirurgia plástica, a BAPS tem como foco a produção e disseminação de conhecimento científico e educacional e a defesa da publicidade médica livre e responsável, além da troca de conhecimento entre pares. Instagram: @baps.aesthetic
Transferência de unidades foliculares de áreas saudáveis, não afetadas pela calvície, para outras regiões é indicada principalmente no combate às falhas causadas pela doença em homens e mulheres
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