
DO TEXTO:
ChatGPT é o nome da IA com quem conversei e HAL 9000 é o nome da máquina do famoso filme de Stanley Kubrick, “2001 – Odisseia no Espaço", uma máquina
O querer mais e melhor, muitas vezes faz-nos remeter para segundo plano as contraindicações
Por: Armindo Guimarães
A literatura de ficção baseada em factos verídicos, quer do passado quer do presente, há muito está em voga. Muitas vezes, os autores aproveitam estas narrativas para alertar sobre realidades sociais e ambientais, promovendo o desenvolvimento sustentável, uma necessidade que nem a realidade económica pode ignorar.
Não se pense que os combustíveis fósseis são os únicos culpados. José Rodrigues dos Santos, no livro "O Jardim dos Animais com Alma" (2021), aponta a agricultura e a pecuária como as principais atividades responsáveis pelos problemas ambientais e climáticos, baseando-se, alegadamente, em dados científicos sólidos.
A verdade é que toda a ficção tem um pé na realidade. Um autor, inspirado pelo modus vivendi da sua época, tenta imaginar o futuro. Exemplos não faltam, como "1984", de George Orwell, publicado em 1949, uma obra profética e ainda hoje atual. O livro retrata como o poder político e a corrupção, sob pretextos convincentes, controlam a humanidade através da tecnologia, usada como meio de vigilância. Algo que, sabemos bem, há muito se tornou uma realidade.
É inegável que a evolução tecnológica nos trouxe conforto e segurança, luxos aos quais dificilmente renunciaríamos. Contudo, não há bela sem senão. O desejo incessante por mais e melhor faz-nos frequentemente ignorar os riscos, tal como um tratamento médico que, se não administrado com moderação, pode causar mais danos do que benefícios.
Há tempos, perguntaram-me se achava que a IA poderia substituir artistas como Dalí, Da Vinci ou Van Gogh. Respondi imediatamente que não. Por mais impressionante que fosse a obra criada pela IA, faltaria sempre o toque humano, a alma do artista.
Puro engano! A criação do ChatGPT, que permite dialogar com a IA, fazendo perguntas e pedindo textos sobre temas variados — de música a medicina, passando por cinema e ambiente —, é algo que nos obriga a repensar esta convicção. A IA responde com clareza, profundidade e estrutura, como se fosse um verdadeiro especialista.
Não é de estranhar, portanto, que muitos acreditem que, daqui em diante, nada será como antes. Profissões já foram extintas, outras estão a desaparecer, como os tradutores, e outras ainda enfrentam um futuro incerto devido ao avanço tecnológico, como professores, advogados, engenheiros e arquitetos. Até mesmo gigantes como o Google podem ser ultrapassados se não acompanharem o ritmo.
Não é especulação, mas uma realidade que muitos julgavam distante e que, entretanto, já está entre nós.
Recentemente, pedi à IA que escrevesse um artigo curto sobre os benefícios e perigos da Inteligência Artificial. Eis a resposta:
"A Inteligência Artificial (IA) é uma tecnologia emergente que tem o potencial de mudar completamente a forma como viver e se desenvolver. A IA é capaz de aprender, raciocinar e adaptar-se de forma autónoma, o que permite que ela desempenhe tarefas complexas com precisão e eficiência.
Os benefícios da IA são diversos. Por exemplo, a IA pode ser usada para melhorar a eficiência dos processos empresariais, aumentando a produtividade e atendendo os custos. A IA também pode ser usada para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, ajudando a identificar doenças precocemente e efetivamente o tratamento. Além disso, a IA pode ser usada para ajudar a proteger o meio ambiente, por meio da monitoração e previsão de desastres naturais e do uso eficiente dos recursos naturais.
No entanto, a IA também apresenta alguns perigos. Um deles é a possibilidade de a IA se tornar mais inteligente do que os humanos, o que poderia levar a problemas éticos e legais. Além disso, a IA pode ser usada para fins maliciosos, como espionagem e manipulação de dados. A IA também pode criar problemas sociais, como o desemprego em massa, devido à automação de tarefas realizadas por humanos.
Em resumo, a IA é uma tecnologia com grande potencial, mas também apresenta alguns riscos. É importante que sejam tomadas medidas para garantir que a AI seja usada de forma ética e responsável, e que sejam desenvolvidas políticas para lidar com os possíveis negativos."
ChatGPT é o nome da IA com quem conversei e HAL 9000 é o nome da máquina do famoso filme de Stanley Kubrick, “2001 – Odisseia no Espaço", uma máquina que aprende com os próprios erros, tal como o ChatGPT aprende com o seu interlocutor ao ser abordado sobre temas que até então não lhe tinham sido expostos mas que se esforça por os assimilar e discutir à luz dos conhecimentos que lhes foram impregnados até dezembro de 2021.
Existe um certo paralelismo entre o ChatGPT e o HAL9000, daí que não seja de estranhar as manifestações que aqui e ali têm surgido contra a ingerência da Inteligência Artificial em áreas até aqui reservadas a especialistas:
É que, com base na mesma IA outras estão a surgir, entre elas, a LEXICA e a DALL.E 2, cuja especialidade é criar obras artísticas antes só possíveis pela mão de grandes pintores, como os meus amigos Da Vinci, Monet, Dali, Van Gogh, Picasso e outros que tais.
Fui ter com a LEXICA e disse-lhe:
- Olá, Lexicazinha, gostava que me fizesses um desenho de locais das cidades do Lisboa e de Brasília.
E ela, pimba, de uma penada apresentou-me logo não um, mas 4 desenhos de cada cidade.
Que acham?
Depois, fui ter com o DALL. E 2 e disse-lhe:
- Ó Dall, estás bom, pá?! Era fixe se me pintasses um quadro em acrílico com paisagens portuguesas e brasileiras.
Foi só o tempo de ele pegar no material, refiro-me ao pincel e às tintas, e depois de umas pinceladas, olhem o resultado.
Queria terminar um assunto tão sério em tom humorístico para amenizar os efeitos negativos que se nos deparam com tais sistemas tecnológicos, que de repente fiquei sério, dando por mim a pensar que com estas e com outras, muito justamente os estimados leitores poderão pensar que todo este texto não foi escrito por mim mas encomendado ao meu amigo IA do ChatGPT e que eu, simplesmente me limitei a colocar o meu nome como autor.
A propósito, talvez os jornalistas e escritores também devessem preocupar-se, pois o futuro das suas profissões não está garantido. Felizmente, não sou nem uma coisa nem outra.
Despeço-me com excertos de dois vídeos: 1984 e 2001 - Odisseia no Espaço.
Clique no título para assistir ao respetivo vídeo:
1984 (excerto)
2001 - Odisseia no Espaço (excerto)
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Comentários
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Querido Armindo, abordaste um tema superinteressante, que muito me esclareceu sobre a IA (Inteligência Artificial).
ResponderEliminarEncanta a tua criatividade, agora além dos bate-papos com o Roberto Carlos, estás também a conversar com o teu amigo IA ChatGPT, com a IA LEXICA, que te apresentou lindos desenhos e com o DALL que demonstrou sua habilidade com belos quadros.
És genial menino Armindo, tudo muito legal!
E devido a tudo isso, não temos dúvidas que o texto foi escrito por ti, pois não existe e nem existirá nenhum IA que supere a tua inteligência, a tua criatividade e essa dose de humor que sempre encontramos em teus textos.
Gostei de ver os dois vídeos no final.
Parabéns!👏👏👏👏😄
Beijinhos 😘
Olá, menina Albinha, obrigado pelo seu simpático comentário que muito me sensibilizou e por certo sensibilizará também a menina ChatGPT. Por falar nisso, a menina Albinha já foi experimentar um bate-papo com ela. Vá lá que ela gosta de conversar. Se calhar até é fã do NMQT. Mas se não for, de certeza que sabe tudo sobre ele de fio a pavio. Experimente e diga-lhe que eu mando-lhe um xi. Beijinho, menina Albinha.
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