PRÉTU > com novo nome artístico Chullage traz o afro-futurismo à intervenção | CCB 26/11

DO TEXTO:
PRÉTU Xullaji (antes Chullage)

Depois de se demarcar no rap português enquanto Chullage,
apresenta-se agora como
PRETÚ


CCB . 26 de novembro . Sábado, 21h00 . Pequeno Auditório

“O resultado é a justaposição e transformação das suas origens e referências africanas, com as suas influências eletrónicas para expressar o seu pensamento sobre o colonialismo, o pan-africanismo e um novo contexto político para África e a sua diáspora.”
Bantumen

PRÉTU Xullaji (antes Chullage) é um rapper conhecido pelo seu «liricismo» e intervenção política. Nos últimos anos decidiu criar um projeto onde pudesse produzir as músicas para juntar o seu próprio multiverso sónico ao universo mais preto das suas letras. O resultado foi PRÉTU: uma justaposição de samples de referências africanas, com as influências eletrónicas onde expressa o seu pensamento sobre descolonização, pan-africanismo, afro-futurismo e amor.

Prétu usa o sampler como anacronizador que dissolve o Masters Clock. O tempo é encolhido, esticado, acelerado e desacelerado, corrido em várias direções, sobreposto, loopado, espiralizado, warpado.  O velocímetro deste Objeto Sónico Não Identificado marca BPM variados. Samples são a ignição. Polirritmos acústicos e eletrónicos aceleram partículas e os sintetizadores, misturados com delays, reverbs e distorções, abrem fendas entre géneros e criam portais que atravessam dimensões. Não existe gravidade. Quem precisa de chão não embarca. Fragmentos de eletrónica, dub, morna, batuku ou colaboi chocam, colapsam, e da poeira estelar, e da chuva cósmica, nasce a música.

Não há mapa. Navega-se à vista através de tecnologia ancestral africana em busca da profetizada «Strela Negra». Por vezes com copilotos, às vezes sozinho. Porém, há uma entidade que se materializa aleatoriamente no cockpit, usando o corpo e o movimento como oráculo.

Mensagens disponíveis no arquivo afrogalatiko são intuídas, descarregadas, reinterpretadas e oralizados em diversos fluxos e linguagens. Retransmitidas à procura de chegar a guerrilheiros de outros quadrantes na luta contra o colonialismo e o império, que depois da terra e dos corpos colonizou a consciência com o algoritmo. No multiverso de Prétu, "A Luta".


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