Carta Branca a Jonathan Uliel Saldanha CCB > 29 janeiro a 6 agosto 2022
Jonathan Uliel Saldanha, músico, artista visual, construtor sonoro e cénico, que investiga zonas de interceção entre a pré-linguagem, a alteridade, a ficção científica, o som enquanto vetor de contágio e a tensão entre o sintético e a paisagem, foi desafiado pelo CCB a desenvolver uma curadoria de uma série de concertos que envolvem música eletrónica, músicos do Uganda, Haiti, Brasil, Turquia, França, entre outras propostas. Uma Carta Branca que nos revela novos Mundos.
🔆🔆🔆
HHY & The Kampala Unit + Flo / Sekelembele (DJ set)
CCB . 29 janeiro . sábado . Pequeno Auditório
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Municipal do Porto
Fundados por Jonathan Uliel Saldanha, HHY & The Kampala Unit é uma exploração de um território mutante, onde o dub, o techno, a percussão visceral e os sopros marciais se misturam num espaço onde o trance é condutor de paisagens sintéticas que catalisam o corpo vibrante do clube. Com Saldanha na eletrónica e produção, a feroz trompetista e ativista ugandesa Florence Lugemwa e o percussionista congolês Sekelembele em ritmos híbridos.
COBRACORAL
CCB . 12 março. Pequeno Auditório
A voz e o ritmo circular são elementos fundacionais deste coletivo vocal que explora a interceção da música contemporânea com estados vocais hipnagógicos. Formado pelas artistas Catarina Miranda (Portugal), coreógrafa, que usa a voz como componente essencial do seu trabalho; Clélia Colonna (França), cantora, performer e investigadora do canto polifónico oriental e mediterrânico; Ece Canli (Turquia), artista que trabalha com técnicas vocais expandidas. Esta pesquisa vocal é organizada em torno de um sistema de pulso circular, onde as três vozes se mantêm interrelacionadas através de códigos visuais e gestos, partindo da matriz rítmica para dinâmicas de reação e mutação. Cântico ritual, hipnose e práticas contemporâneas da voz são sintetizados pela máquina vocal feminina.
Virgínia Rodrigues
CCB . 14 maio . Pequeno Auditório
Virgínia Rodrigues é uma cantora baiana, descoberta por Caetano Veloso durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, em Salvador, em 1997. A sua música tem influência de música clássica, samba e jazz, ao mesmo tempo que as letras têm referências a entes do candomblé e umbanda. A sua voz grave e profunda é singular, o que a levou a colaborações com Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento. Em colaboração com um quarteto de mulheres contrabaixistas que tocam os seus instrumentos como melodia e como percussão, iremos apresentar um concerto singular onde algumas das canções de repertório do candomblé são orquestradas para esta formação.
Lago Libidinal
CCB . 2 e 3 julho . Grande Auditório
Coprodução Centro Cultural de Belém, Teatro Municipal do Porto
Instalação/concerto, Lago Libidinal é um sistema multinível onde a superfície de um lago sintético interage com a caixa negra que o cerca e com os performers-milícia e músicos que o habitam. Este lago é uma matriz onde lítio, mercúrio vermelho e fungos bioluminescentes se relacionam com os mecanismos de luz que revelam contaminações ocultas e transformam vetores contagiosos em linguagem. Uma rede linfática de derivados inorgânicos interage e alimenta-se de dados provenientes da bolsa de valores, seduzindo organismos humanoides polimórficos, numa carcaça tóxica totémica.
Arsenal + Chouk Bwa & The Ångströmers+ Lithium (DJ set)
CCB . 6 agosto
Arsenal | Ensemble de percussão constituído em Kampala Uganda com três virtuosos jovens músicos pertencentes ao Nilotika Cultural Ensemble, um bastião na defesa e desenvolvimento da música tradicional daquela zona de África. Em conjunto com o produtor Jonathan Uliel Saldanha, desenvolveram um objeto híbrido, numa descarga sónica direcionada ao corpo.
Chowk Bwa | Banda haitiana tradicional de Mizik Rasin – música de raíz, Chouk Bwa, anteriormente Chouk Bwa Libète, desenvolve a sua música a partir de estilos tradicionais de percussão e voz de chamada e resposta de origem no Vodu haitiano. «Chouk Bwa» significa «raíz» em crioulo haitiano. Três percussionistas e dois bailarinos são conduzidos pelo compositor Jean Claude «Sambaton» Dorvil na voz e no fer, uma barra/sino de ferro que anuncia diferentes ritmos utilizados para chamar os espíritos, assistido por Gomez «Djopipi» Henris. Chouk Bwa mostra a profunda herança africana do Haiti, arrancada de África e secretamente replantada numa nova terra. Os membros da banda falam pelo Haiti, uma nação que viveu os tempos mais difíceis e mantém um espírito implacável e força através da sua cultura. Em colaboração com o duo belga The Ångströmers, a sonoridade do ensemble é expandido para territórios eletrónicos. Este novo projeto combina uma nova sensibilidade dub ao ritmo e espiritualidade haitiana. Raízes radicais de Vodu público urbano.
Carta Branca a Jonathan Uliel Saldanha
CCB > 29 janeiro a 6 agosto 2022
Comentários
Enviar um comentário