Conceituado carteirista português revela técnica do cartão aos leitores do Portal Splish Splash

DO TEXTO: Trata-se de uma técnica que exige a participaçom de 2 ou 3 profissionais que têm de trabalhar em plena sintonia...
Homem com carteira na mão recheada de notas de banco.

Carteirista Dedo Mindinho diz que comentário do leitor Miguel Diogo peca por há muito estar desatualizado


Por: Armindo Guimarães

N. do A.: 
Durante o texto, o carteirista Dedo Mindinho, por ser natural da cidade do Porto (Portugal), fala à portuense, trocando todas as palavras (ou quase todas) terminadas em "ão" por "om" e trocando a letra v pela letra b.

No artigo que publicamos sob o título "Carteiristas Portugueses e Galegos criam no Porto o Light Hands Force", entrevistamos o conceituado carteirista português Dedo Mindinho e como consequência ficamos a saber pormenores interessantes acerca da carreira profissional de tão conhecida classe, designadamente sobre as normas deontológicas com que se regem, bem como sobre o curso profissional que, antes de exercerem, frequentam na única Escola Superior existente na Península Ibérica, situada na Areosa, arredores da cidade do Porto.

Tal artigo foi objeto de um comentário, o único até ao momento, que abaixo reproduzimos:
 

"Os carteiristas já não se safam como antigamente pois a maior parte
 do pessoal já não anda com dinheiro desde que em todo o sítio se começou a poder pagar com cartões de crédito.
Mas gostei da entrevista."
Miguel Diogo

 
Acontece que tal comentário foi lido pelo referido carteirista português Dedo Mindinho, que tínhamos entrevistado e que em face de tal comentário não hesitou em nos contactar telefonicamente no sentido de alertar os nossos estimados leitores de que o comentário do leitor Miguel Diogo peca por há muito estar desatualizado, conforme conversa telefónica que transcrevemos:

DEDO MINDINHO: Olá, Armindo, tá tudo fixe?

ARMINDO GUIMARÃES: Quem fala?

DEDO MINDINHO: Sou eu, carago! O Dedo Mindinho.

ARMINDO GUIMARÃES: Ena, pá! Com essa é que eu não esperava! Está tudo fixe?

DEDO MINDINHO: Tudo. Onde é que bocê está? Podemos falar um pouco?

ARMINDO GUIMARÃES: Estou aqui no Conga a comer umas bifanas com uns fininhos bem espremidos. eheheheh Quer vir até aqui? Faz-me companhia e falamos melhor.

DEDO MINDINHO: Num posso, carago! Por acaso ontem estibe de serbiço ai na baixa, junto à estaçom do metro da Trindade, mas hoje estou aqui no metro do Hospital de São Joom. Hoje é o meu colega Lubas Berdes que está na Trindade. Sabe como é: um gajo tem que andar sempre a mudar de posto de trabalho para num dar nas bistas.

ARMINDO GUIMARÃES: Então, qual é o assunto?

DEDO MINDINHO: Li o comentário do leitor Miguel Diogo acerca da entrebista que o Splish-Splash me fez sobre a minha arte e discordo completamente da opiniom dele.

ARMINDO GUIMARÃES: Ao contrário, eu achei o comentário muito pertinente e confesso que fiquei chateado comigo mesmo por na altura que entrevistei o nosso amigo Dedo Mindinho, não me ter lembrado de lhe ter colocado a questão, pois, de facto, não havendo dinheiro nas carteiras como havia antes da existência dos cartões de crédito, o que é que os carteiristas lucram ao roubar as carteiras da malta?

DEDO MINDINHO: Só um segundo que tenho aqui uma chamada urgente.

ARMINDO GUIMARÃES: Tudo bem.

DEDO MINDINHO: Obrigado por ter esperado. Era um colega a informar que amanhã é o funeral do Trinca Espinhas, Deus o tenha em eterno descanso e a terra lhe seja lebe.

ARMINDO GUIMARÃES: Ámen.

DEDO MINDINHO: Prosseguindo com a nossa conbersa e respondendo à sua pergunta, o termo "roubar" está mal aplicado pois nós carteiristas num roubamos, mas sim, desbiamos...

ARMINDO GUIMARÃES: Desviamos?!

DEDO MINDINHO: Sim, carago! Se quando se trata de um político, de um banqueiro e outros que tais, nos noticiários dizem que o Doutor fulano de tal desbiou num sei quantos milhões, porque raio é que quando se referem a nós carteiristas, dizem que roubamos? 

ARMINDO GUIMARÃES: Ó amigo Dedo Mindinho, você sai-se com cada uma! Tinha-me esquecido desse importante pormenor.

DEDO MINDINHO: É precisamente por andar muita malta na rua que se esquece de importantes pormenores, como a existência de carteiristas, que a nossa profissom está aí para durar.

ARMINDO GUIMARÃES: Pois, mas carteiristas sem haver dinheiro nas carteiras...

DEDO MINDINHO: Primeiro, ainda bai habendo carteiras com dinheiro. Segundo, num se esqueça das carteiras digitais...

ARMINDO GUIMARÃES: Das carteiras digitais?

DEDO MINDINHO: Refiro-me aos cartões digitais, é claro! Num faltam numa carteira com os respetivos códigos.

ARMINDO GUIMARÃES: Com os códigos?

DEDO MINDINHO: Claro! Hoje em dia é códigos para tudo. Para entrar no computador, para entrar nos telemóbeis, para entrar nos e-mail, para entrar em casa, para entrar na empresa, para entrar nas redes sociais, para entrar nos sites das Finanças, da Segurança Social e até para ir lá, daqui a pouco um gajo bai ter que meter primeiro o código, senão está lixado!

ARMINDO GUIMARÃES: Para ir lá? Lá, aonde?

DEDO MINDINHO: Ao WC para fazer as necessidades primeiras. Bocê bai ber que não tarda e é o que bai acontecer. E com tantos códigos na cabeça, é ebidente que o cliente num tem outro remédio senão anotar no bloco de notas do telemóbel ou em papelinhos espalhados pela carteira como quem num quer a coisa e depois um gajo só tem que experimentar este e aquele código até acertar.

ARMINDO GUIMARÃES: Impressionante! Eu posso revelar isso no Portal Splish Splash?

DEDO MINDINHO: Adiantaba-me a mim dizer que não? Bocês num podem saber nada que bom logo escreber tudo. Lógico que se eu num quisesse que bocês dibulgassem não estaba aqui a perder o meu tempo em bez de estar a fazer um serbicinho.

ARMINDO GUIMARÃES: Ó Dedo Mindinho, aguarde aí só um momento pois está aqui um gajo que quer que eu lhe pague um fino e o gajo já deve estar com uma bebedeira daquelas pois ao fim da força quis que eu o cumprimentasse e eu lá o cumprimentei só para me ver livre dele. Acontece cada uma!

DEDO MINDINHO: E num pagou o fino ao gajo?

ARMINDO GUIMARÃES: Não. O gajo contentou-se com o meu cumprimento pois saiu logo porta fora. eheheheheh

DEDO MINDINHO: Paga-lhe para a próxima. eheheheheh

ARMINDO GUIMARÃES: Espero que não haja próxima. Estes gajos bebem demais e depois não sabem o que fazem. Ó Dedo Mindinho, estou aqui em pulgas só de pensar que vou poder publicar esta nossa conversa pois a malta gostou da entrevista que lhe fizemos da outra vez. Nunca antes um carteirista tão conceituado como você, tinha sido entrevistado com direito à revelação de algumas técnicas. Por falar nisso, hoje não vai revelar nenhuma das vossas técnicas? A malta ia gostar.

DEDO MINDINHO: É claro que da outra bez eu só rebelei duas ou três técnicas mais corriqueiras pois as mais cientificas jamais o faria, caso contrário ainda era despido, digo, despedido, da profissom. Como hoje o nosso tema de conbersa tem a ber com o facto de já não haber tanto dinheiro nas carteiras dos nossos clientes como habia antigamente por terem inbentado os cartões digitais, ebidentemente que nós carteiristas tibemos que nos atualizar criando nobas técnicas e uma delas, que já está ultrapassada por outras mais eficazes, mas que ainda se pratica, em especial pelos que entram de nobo na profissom, bou rebelar aqui a técnica do cartom. Trata-se de uma técnica que exige a participaçom de 2 ou 3 profissionais que têm de trabalhar em plena sintonia, caso contrário, não resulta e pode dar problemas. Como sempre, contamos apenas com a "misdirection" (despiste ou desbio da atençom). Mas melhor do que eu falará o bídeo que bou mandar por e-mail para o meu amigo juntar ao texto.

ARMINDO GUIMARÃES: Vamos ter vídeo e tudo? Maravilha! Sem dúvida nenhuma que com os carteiristas ninguém diga que está bem! O leitor que fez o tal comentário ao ler a nossa publicação vai pensar melhor no assunto. Só há uma maneira de ninguém ser apanhado por um carteirista: pelo telefone. Da outra vez, na despedida, apesar de estarmos a mais de 1 metro de distância como mandam as regras do Covid, não sei como, mas você conseguiu roubar, digo, desviar, a minha carteira que logo devolveu. Porém, hoje, como estamos a conversar pelo telemóvel, seria um milagre se tal acontecesse. eheheheh

DEDO MINDINHO: Caro amigo, na nossa profissom nada é impossíbel e a probá-lo é que bocê vai ter que pagar 1 fino e uma bifana ao meu amigo Lubas Berdes. Isso, se quiser reaber o seu relógio Rolex e a sua carteira com os seus cartões de crédito.

ARMINDO GUIMARÃES: O gajo está a entrar agora mesmo aqui na Conga, a rir-se, acenando-me com o meu relógio e a carteira na mão. Eu não me acredito!

DEDO MINDINHO: Num foi por acaso que eu logo no início da nossa conbersa lhe perguntei onde você estaba. Depois de me ter dito, pedi-lhe para esperar um pouco, não porque tibesse morrido alguém, mas apenas para poder abisar o colega mais próximo, no caso, o Lubas Berdes que o único defeito que tem é ser do Sporting em bez do Porto, carago!

ARMINDO GUIMARÃES: Nem estou em mim!!! Obrigado, Dedo Mindinho. Há coisas do carago!!!

AVISO:
O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite
Jassemin West
 

👌👌👌

- Também pode ler a entrevista que deu origem a este artigo...

POSTS RELACIONADOS:
7 Comentários

Comentários

  1. Querido menino Armindo, agradeço a ti e ao Dedo Mindinho, pois esta conversa telefônica recheadinha de humor, serve para que sejamos mais cautelosos e estejamos sempre alertas com este tipo de situação. É impressionante o que o vídeo nos mostra, todo o cuidado é pouco. Espero que o Dedo Mindinho continue a ter contato contigo e a nos revelar mais algumas técnicas usadas pelos Carteiristas. Beijinhos 😘😍🙏

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado, menina Albinha, pelo seu comentário. A mim não tem que agradecer pois se não fosse o nosso amigo Dedo Mindinho, a revelar as duas técnicas, não seria possível publicarmos este artigo que para além da sua vertente lúdica, tem também e em especial, a vertente didáctica, como a menina Albinha muito bem refere. Porém, parece do mesmo modo parece que não pensa O Facebook donde o Dedo Mindinho retirou o código de partilha como normalmente alguém poderia fazer com este ou outro vídeo qualquer, pois eliminou-o e como tal, ao fazê-lo, deixou de estar no ar. Porém, como somos teimosos, já resolvemos o assunto. Beijinho e obrigado pelo seu comentário.

      Eliminar
  2. Confesso que começo a nutrir uma estranha simpatia e admiração pelo Dedo Mindinho. Aguardo ansiosa que o mesmo se disponha a dar mais entrevistas pois faz um verdadeiro serviço público ao informar os cidadãos destas técnicas nas quais é um conceituado especialista. Espero é nunca me cruzar com ele, mas também se isso acontecer, vamos acabar por ir os dois ao Conga comer umas bifanas e beber uns finos e rir às gargalhadas, porque o Dedo vai ver que aqui a "je" só usa "pechisbeques" e que só costuma ter cêntimos na carteira. A "je" também tem cartões, mas o Sr. Dedo não ia longe porque não ando com os códigos. Podia era apanhar-me na caixa multibanco - com isso tenho que ter cuidado pois fiquei mesmo surpreendida com o vídeo. Mas quanto a... Ora, só um bocadinho, tenho aqui um senhor a pedir-me informações; volto já, desculpem.

    ResponderEliminar
  3. Ok, voltei. Era um senhor que queria ir para a Boavista e pediu-me indicações. Simpático o gajo, mas com um sotaque cerrado mesmo à Porto! Bem, continuando, que agora já me perdi! Gostaria de pedir ao Portal Splish Splash para continuar a fazer estas entrevistas ao Sr. Dedo, pois são mesmo úteis e ajudam a precaver o mais incauto cidadão para as artimanhas (ou artes, depende da perspectiva) destes profissionais. Por mim, garanto que estou imune a este género de situação, pois não ando com muito dinheiro, nem com os códigos e estou sempre atenta ao que se passa ao meu redor. Muito obrigada, Portal Splish Splash! Adorei ler-vos uma vez mais! Vou agora terminar de beber a minha cidra de maçã aqui nesta bela esplanada da Ribeira e saio daqui muito mais satisfeita, pois vejo que até sou uma miúda atenta e informada e não caio facilmente nestas esparrelas. Até breve!

    ResponderEliminar
  4. Há mesmo coisas do carago!!! Fui pagar o raio da cidra e tenho a certeza que tinha €5,00 na carteira e desapareceram!!! Se calhar, gastei-os em algum lado... mas não! Lembro-me agora que quando aquele senhor que me pediu as informações para a Boavista, eu tinha a carteira aberta em cima da mesa e vi a nota! Até a puxei para mim não fosse o gajo ser um carteirista!!! Ah, pois é, que eu sou uma mulher informada!!! Depois, até me ri porque uma senhora que ia a passar deixou cair umas moedas ao meu lado enquanto eu falava com o senhor para a Boavista e estive a ajudá-la a apanhar! Se o senhor fosse carteirista, tinha pegado logo na carteira toda e fugido hehehehe! Há coisas do carago, há há!

    ResponderEliminar
  5. Carago, não páro de pensar nos cinco euros!!! ... Oh Sr. Armindo, diga-me uma coisa!!! Por acaso, o raio do Dedo Mindinho é um tipo moreno com cerca de metro e meio de altura, magrito e de cabelo escuro lambido penteadinho para trás???? Queres ver que o Dedo era o gajo que queria ir para a Boavista e é que me f... fanou a nota enquanto eu apanhava as moedas da outra morcona???!!!

    ResponderEliminar
  6. Olá, menina Andrea! Eu não me acredito que a menina foi bítima, digo, vítima do nosso amigo Dedo Mindinho!!! Então nós aqui a avisar a malta das técnicas que os gajos usam e a menina em vez de beneficiar com isso como todos os nossos estimados leitores, foi vítima? Agora é que eu digo: Há coisas do carago! Acho que vou ter que ter uma conversa com Dedo Mindinho, pois isto assim não tem jeito nenhum! Peço que aceite as minhas desculpas mas prometemos que vamos resolver o problema.

    ResponderEliminar