O profissional de TI no novo normal

DO TEXTO: E, neste momento de distanciamento social, foram exatamente as soft skills as habilidades mais exigidas dos profissionais de TI.

 

No geral, o profissional da área de tecnologia possui as chamadas hard skills muito sólidas. Ou seja, são pessoas com profundo conhecimento técnico das principais ferramentas que o mercado demanda para sua atuação. Contudo, no que diz respeito às soft skills, que são habilidades intangíveis e subjetivas, ligadas às relações interpessoais, como comunicação e criatividade, os profissionais de TI, pelo perfil e natureza de sua função, normalmente, levam mais tempo para desenvolvê-las e seguem aprimorando-as ao longo de suas trajetórias profissionais.

Por: Stella Oliveira* 


Em virtude do isolamento social imposto pelo novo coronavírus, profissionais de diferentes segmentos precisaram, praticamente da noite para o dia, mudar a sua forma de trabalho e adaptar-se ao cenário de atuação remota. Na área de tecnologia, pela especificidade da atividade, que está habituada a executar a maioria de suas tarefas por meio da cloud, esta mudança pode parecer não ter sido tão impactante, como em outros segmentos. Mas, sem sombra de dúvidas, esta é uma percepção equivocada. 


No geral, o profissional da área de tecnologia possui as chamadas hard skills muito sólidas. Ou seja, são pessoas com profundo conhecimento técnico das principais ferramentas que o mercado demanda para sua atuação. Contudo, no que diz respeito às soft skills, que são habilidades intangíveis e subjetivas, ligadas às relações interpessoais, como comunicação e criatividade, os profissionais de TI, pelo perfil e natureza de sua função, normalmente, levam mais tempo para desenvolvê-las e seguem aprimorando-as ao longo de suas trajetórias profissionais. 


E, neste momento de distanciamento social, foram exatamente as soft skills as habilidades mais exigidas dos profissionais de TI. Com a suspensão das atividades, as empresas voltaram-se para a tecnologia como uma forma de seguir operando, interagindo com seus colaboradores e atendendo aos clientes. Isso ocorreu, inclusive, com negócios que não possuíam qualquer presença digital.  

 

Neste cenário, onde as empresas precisaram de respostas rápidas às demandas - e na qual muitos empreendedores sequer possuem uma visão clara de como entrariam no cenário digital – os profissionais técnicos da área de tecnologia tiveram que exercer soft skills bem específicas, como empatia, comunicação clara e capacidade de resiliência. Isso porque, nem sempre, os clientes que estão distantes do universo da tecnologia conseguem entender os processos e tempos necessários para que os projetos sejam implementados e concretizados. 


Contudo, passado este período e com a retomada das atividades econômicas, o que muitos profissionais de TI me perguntam é: Quais serão as habilidades fundamentais neste novo normal?


Para responder a esta pergunta é preciso entender que, primeiro, nada voltará a ser como antes. E, segundo, serviços como os de cloud, por exemplo, estarão cada vez mais presentes na vida de empresas de diferentes segmentos e portes. Uma lição que muitos gestores aprenderam neste período foi que, quanto mais respaldados estiverem pelas tecnologias disponíveis, menos impactados serão em suas operações, sob quaisquer imprevistos que venham a ocorrer.


Assim, respondendo à pergunta, tenho certeza de que os profissionais que conseguirem desenvolver habilidades para lidar com um público que, até aqui, não estava habituado à presença ampla da tecnologia em suas rotinas corporativas, terá uma vantagem competitiva importante no mercado. 


As companhias da área de TI, demandarão por profissionais que sejam capazes de explicar aos clientes, que estão fora deste universo, de forma simplificada, qual a importância de determinado software para o crescimento da empresa, ou qual a forma mais inteligente de fazer a gestão do seu ambiente em cloud. Apesar de habilidades como comunicação clara, empatia e resiliência parecerem simples, exigem algo que está além de qualquer treinamento e aprendizado. Por isso, os profissionais que melhor se adaptarem neste novo cenário terão uma vantagem competitiva. 


*Stella Oliveira, gerente de Recursos Humanos da Dedalus.


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