DO TEXTO:
Uanhenga Xitu - Esscritor do Mês | CCP Luanda 4 e 25/11
CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS
“ESCRITOR DO MÊS NA BIBLIOTECA CAMÕES”
22ª Edição – NOVEMBRO 2019
Dias 4 e 25 de Novembro a partir das 10H00
UANHENGA XITU
“(…) À noite, em frente da casa do Kahitu era o lugar de disunji. Os jovens, depois do jantar, apareciam para algumas brincadeiras de dança e de jogos.
Enquanto cá fora a gritaria das crianças e dos adultos cortava a noite, o mestre, no seu quarto, estava em volta de donzelas – bonitas, feias e as de beleza média – iluminadas por um tosco candeeiro de lata (…)”.
(Uanhenga Xitu, in “Mestre Tamoda e Outros Contos”, 1974)
O CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS, no quadro do desígnio de promoção da leitura e divulgação de autores de língua portuguesa, criou na sua BIBLIOTECA um Núcleo de Leitura, que revisita autores consagrados de língua portuguesa, através da leitura colectiva de extractos das respectivas obras e biografias. Este Núcleo de Leitura, com momentos interactivos, conta com a participação activa de jovens, sobretudo, estudantes universitários e pré-universitários, utentes da Biblioteca.
Em dois dias de cada mês, a obra e a biografia do autor escolhido são revisitadas e analisadas.
Na 22ª Edição/Outubro de 2019 do “Escritor do Mês na Biblioteca Camões”, nos dias 4 (2ª feira) e 25 de Novembro (2ª feira), a partir das 10H00, será revisitada a obra de UANHENGA XITU.
UANHENGA XITU
Nome literário em kimbundu do ficcionista angolano Agostinho André Mendes de Carvalho, nascido em Calomboloca (Icolo e Bengo), a 29 de Agosto de 1924. Era enfermeiro de profissão. Militante do MPLA, foi preso pela PIDE em 1959, por actividades políticas, que visavam a independência de Angola e, de 1962 a 1970, esteve preso no campo de concentração do Tarrafal em Cabo Verde.
Foi julgado e condenado a doze anos de prisão maior, pelo Tribunal Militar. Começou a escrever as suas histórias na prisão. Em liberdade, depois da independência de Angola, manteve a sua actividade política. Exerceu funções de Ministro da Saúde, Comissário provincial de Luanda, Embaixador da República Popular de Angola na Polónia e deputado à Assembleia Nacional pelo MPLA.
Apesar da sua estreia literária só ter acontecido aos cinquenta anos de idade, é considerado um dos prosadores de vanguarda da literatura angolana e africana. Escritor de um quotidiano fugaz, imediato e fugidio, sem concessões de facilidade. No entanto, Uanhenga Xitu registou o contexto social onde se insere, com as contradições próprias de um povo invadido durante séculos por uma cultura alheia. Utiliza uma linguagem simples, espontânea e colorida.
Uanhenga Xitu faleceu em Luanda, Angola, a 13 de Fevereiro de 2014, por motivos de doença.
OBRAS
1974: “Meu Discurso” (escrito político);
“Mestre Tamoda”
“Bola Com Feitiço”
“Manana”
1976: “Vozes na Sanzala – Kahitu”
1980: “Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem”
1984: “Os Discursos de Mestre Tamoda”
1989: “O Ministro”
1997: “Cultos Especiais”
2002: “Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem” (reedição)
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