ÀS QUINTAS – FEIRAS – Roberto Carlos na berlinda

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Por: Carlos Alberto Alves
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VELHAS HISTÓRIAS

A RÁDIO TUPI

Nada conseguindo na Rádio Nacional, Roberto Carlos seguia em direção à Rádio Tupi. Quem sabe ali não poderia obter uma atenção melhor dos produtores dos programas?

"Mas que esperança! Meu nome jamais constava entre os artistas escalados. E mais uma vez eu saía triste daquele prédio da avenida Venezuela", confessa o cantor.

OTÁVIO TERCEIRO E A TELEVISÃO

O fato é que as coisas estavam difíceis para a família e os irmãos de Roberto Carlos começaram a cobrar dele uma atividade que lhe rendesse uma carteira assinada e um salário fixo todo fim de mês. Seu irmão mais velho, Carlos Alberto, dizia mesmo que esse negócio de cantar era muito bonito, mas totalmente incerto, principalmente para quem não tinha um vozeirão como o de Nelson Gonçalves - o padrão de voz dominante até aquele momento.

E os dois ficaram ali papeando, antes de voltar para a máquina de escrever. Lá pelas tantas, quando Otávio Terceiro disse que trabalhava na televisão, Roberto Carlos arregalou os olhos e exclamou: "O quê?! Você trabalha na televisão?! Pois eu sou cantor". "Ah! É mesmo? Que bacana. Então aparece lá na TV um dia", convidou-o Otávio Terceiro. No final da aula, ele deu a Roberto Carlos o seu cartão, que o apresentava como assistente de direção dos programas de Chianca de Garcia.
Para Roberto Carlos, aquilo foi o que de melhor o curso de datilografia poderia lhe proporcionar. 


O DISCO DA POLYDOR

Um dos momentos mais emocionantes da carreira de Roberto Carlos foi quando ele chegou ao escritório da gravadora e recebeu o seu disco nas mãos. Ele lia e relia seu nome no rótulo, virava o disco de lado, revirava, olhava novamente. Era verdade, lá estava: Roberto Carlos, Polydor, João e Maria e Fora do tom. "Saí da gravadora com o disco debaixo do braço, feliz da vida. Tomei um trem para Lins de Vasconcelos e quando cheguei em casa dei o disco de presente para minha mãe", recorda Roberto Carlos. 

O disco dele não aconteceu: ninguém comprou, ninguém tocou, ninguém ouviu. Mas o contrato com a Polydor ainda estava em vigor e havia a promessa de se gravar outro disco, talvez até um possível LP de Roberto Carlos. Porém, o tempo foi passando e nada de concreto acontecia. A gravadora não se manifestava e Carlos Imperial foi ficando impaciente.


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