Às Quintas-Feiras

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com

Nunca fui daqueles de virar as costas aos desafios lançados. Circunstancialmente, sempre confiei no meu “savoir faire”, na minha capacidade imaginativa. E foi deste modo, que, em 1986, aceitei um convite do Sporting da Horta (delegação do Sporting de Lisboa) para levar o clube a campeão. Logrei esse desiderato, para gáudio de todo o grupo de trabalho. Mas, aqui, confesso que minha filha, sempre presente aos fins-de-semana, foi meu talismã. Nessa altura, ela tinha cinco anos de idade e, aos domingos de manhã, deparava que a minha fisionomia mudava, isto é, apresentava indícios de preocupação, na exata medida em que, para atingir os objetivos propostos, não podia perder jogos. Expliquei-lhe, com todo o cuidado, essa situação e foi então que, com aquele ar de criança já crente, me respondeu: pai vou rezar no sentido de saíres vencedor. Até aí, tudo bem. Num fim-de-semana em que não me acompanhou, acabei mesmo por perder esse jogo, aliás, o único em que fui derrotado. A partir desse momento, acreditei cada vez mais que minha filha, nessa encruzilhada de treinador que tinha que ser campeão, foi o meu precioso talismã.

Nota final – Hoje minha filha vive em Lisboa e deu-me um pequeno “desgosto”. Este: optou por ser adepta do Benfica. Contudo, depois do que se tem passado em torno do Sporting Club de Portugal, acabo por concordar com a opção da filhota. Benfica no coração.

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