Zé da Pipa telefonou para o Administrador do Splish Splash

DO TEXTO:




Por: Armindo Guimarães
Portal Splish Splash


21 de Junho de 2011 – Terça-Feira – 16,35h em Rio de Janeiro-Brasil, 20,35h em Porto-Portugal

O meu telemóvel toca.

(Música E por isso estou aqui do CD “Inesqueível” do maestro Eduardo Lages)

E eu atendo.

ZÉ DA PIPA - Alô, estou falando com o Armindo Guimarães?

ARMINDO – Sim. Quem fala?

ZÉ DA PIPA – Sou o Zé da Pipa, amigo do Carlos Alberto, dos Açores, que está vivendo aqui no Rio!

ARMINDO – Você é o Zé da Pipa, amigo do Ilhas? Nem estou em mim, carago! Como é que você soube o meu número de telemóvel?

ZÉ DA PIPA – Um cara quando quer consegue tudo.


ARMINDO – Mas eu pensei que você era um gajo fictício, ou seja, criado pela imaginação fértil do Ilhas, e afinal você existe mesmo, carago!

ZÉ DA PIPA – Eu penso. E como diz o filósofo, se eu penso, logo existo, né?! eheheheheh

ARMINDO – eheheheheh

ZÉ DA PIPA – E uma das coisas que vai contribuindo pra isso é o fato de eu há muito já ter topado que apesar de tudo a vida é bela e meus encontros com o Carlos, ainda que esporádicos, sempre me animam…

ARMINDO – E eu acho que você tem razão para isso, pois nota-se que o Carlos Alberto gosta de si pra carago.

ZÉ DA PIPA – E eu também gosto do cara. É daqueles que...

ARMINDO – Ó Zé da Pia, desculpe lá interromper mas gostava de saber se você é portuga ou brasuca.

ZÉ DA PIPA – Lógico que sou portuga! Mas por quê você pergunta isso?

ARMINDO – É que a sua maneira de falar tem uma mistura de brasuca com portuga e eu até cheguei a pensar que você estava a gozar comigo, ou seja, que fosse um brasuca tentando falar à portuga. Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Você sabe que é mais fácil pra nós portugas falarmos brasuca do que os brasucas falarem portuga. Alguns bem tentam mas sem êxito. Até nisso nós portugas somos os maiores! Eheheheheh

ARMINDO – Ó Zé da Pipa, o que vale é que não temos aqui nenhum brasuca a ouvir a nossa conversa, senão estávamos lixados com essa de sermos os maiores! Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Qual lixados, qual quê?! Os caras passam a vida contando anedotas a nosso respeito e por isso também têm que ouvir de nós, né?! Eheheheheh

ARMINDO – Tá boa, essa! Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Mas você sabe que tudo não passa de anedotas, tal como nós as contamos dos alentejanos nosso patrícios. Estou aqui vivendo há muitos anos e você nem imagina os caras legais que tenho como amigos. Posso até dizer pra você que a maioria de meus amigos são brasucas...

ARMINDO – O que é natural pelo facto de você estar aí no Brasil...

ZÉ DA PIPA – Pois. Mas era preciso você estar aqui pra compreender melhor o que eu estou dizendo. Tem aqui muito portuga que eu conheço mas nem todos se dão tanto pra mim como os brasucas, viu? Tem portuga que mais parece que tem o rei na barriga, e aí, cê sabe como é... a gente deixa eles pra lá e continuamos nossos caminho.

ARMINDO – Bom, sobre isso, realmente eu nada posso dizer pois como diz o Chico Buarque, tanta légua a nos separar, tanto mar, tanto mar...

ZÉ DA PIPA – Sei também quanto é preciso pra navegar, navegar...

ARMINDO – Estou a ver que você também conhece essa música do Chico.

ZÉ DA PIPA – Quem não conhece? Essa música ficou na história, tal como nós agora estamos fazendo história com este nosso bate-papo. Espero que o Roberto Carlos não se amole com a concorrência. A propósito, melhor você não contar pro Carlos Alberto esta nossa conversa, viu?

ARMINDO – Porquê, carago? Que mal tem?

ZÉ DA PIPA – Ele é um cara bacana, um amigo do peito, mas pressinto que ficará com um certo ciúme se souber que eu telefonei pra você. 

ARMINDO – Essa aí eu não acredito.

ZÉ DA PIPA – Pois pode acreditar. Se ele souber que eu telefonei pra você sem antes o ter avisado, vai ficar danado comigo, tão certo como eu me chamar Zé da Pipa, viu?

ARMINDO – Ó Zé da Pipa, acho que você está a exagerar pra carago. O Ilhas não é nenhum picuinhas. Acho até que o gajo vai ficar contente. Além disso, estava a pensar publicar este nosso bate-papo no Portal Splish Splash.

ZÉ DA PIPA – Talvez você tenha razão e eu é que esteja exagerando, mas se você vai escrever tudo que nós estamos falando, melhor será você fazer como faz nos bate-papos que você tem com o Roberto Carlos, colocando no final aquela frase que diz que tudo não passa de ficção. Desse jeito o Carlos vai pensar que é imaginação de você e ele sabe bem que imaginação tem você demais. Eheheheheh

ARMINDO – eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Mas eu ainda não disse pra você qual a razão do meu telefonema. Uma razão, a primeira, era de bater um papo com você. A outra tem a ver com a matéria que o Carlos Alberto coloca lá no Splish Splash...

ARMINDO – Qual matéria?

ZÉ DA PIPA – Estou me referindo aos artigos que o Carlos escreve sobre minhas conversas com ele e que você sempre mete aquela gravura do Zé Carioca com um papagaio de papel na mão, que aqui no Brasil se chama de pipa. E como eu era e ainda sou um Ás manejando pipa, aí me começaram chamando de Zé da Pipa.

ARMINDO – Ah! Essa o Ilhas ainda não tinha contado para a malta.

ZÉ DA PIPA – E já muito tem contado ele. Eheheheheh Mas estava eu dizendo que essa matéria publicada no Splish Splash deveria ter etiqueta própria e não ser misturada com outras matérias. Afinal, Zé da Pipa só há um; eu e mais nenhum, né?! Eheheheheh

ARMINDO – Nunca tinha pensado nisso e nem sequer o Ilhas se lembrou disso, senão...

ZÉ DA PIPA – Mas você pode perfeitamente criar agora a etiqueta “Zé da Pipa”, arrumando lá toda a matéria até agora publicada.

ARMINDO – Mas o pior é que isso ia dar um trabalhão do carago a fazer e eu só tenho duas mãos.

ZÉ DA PIPA – Mas não é você que é ilusionista? Faz um truque e pronto! Eheheheheh

ARMINDO – Isso é bom de dizer, o pior é o resto. Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Além do mais você agora até tem a Carmen Augusta como co-administradora. Por isso...

ARMINDO – Por isso, a coisa não é assim tão fácil como parece pois ela como co-administradora já tens muito com que se ocupar e não parece. É o que se chama trabalho de bastidores que não se vê mas tem muito que se lhe diga.
ZÉ DA PIPA – Se deixe de defender seus colaboradores, cara! Ela bem que pode se ocupar dessa nova etiqueta, colocando tudo direitinho como só ela sabe fazer. Eheheheheh

ARMINDO – Tudo bem, Zá da Pipa! Vou propor isso à Gutinha. Espero é que ela não me diga que é trabalha demais. Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Se ela disser isso, tem remédio. Cè aumenta seus honorários e tá feito! Eheheheheh

ARMINDO – Com a crise que vai a coisa está é para diminuir e não para aumentar.

ZÉ DA PIPA – Espero que não seja pra diminuir em tudo, pois há coisas que devem estar sempre prontas pra crescer na hora, senão lá se vai a humanidade.

ARMINDO – Mas que coisas você se está a referir, Zé da Pipa?

ZÉ DA PIPA – Estou me referindo à evolução, né?

ARMINDO – Ah!

ZÉ DA PIPA – Mas você estava pensando noutra coisa, era?

ARMINDO – Não. Era precisamente isso que eu tinha pensado.

ZÉ DA PIPA – Imagino! Eheheheheheh

ARMINDO – Você disse-me que é portuga e eu agora pergunto-lhe onde nasceu. Pela fala parece-me ser beirão…

ZÉ DA PIPA – Armindo, você me desculpe mas mais pormenores a meu respeito só mesmo o Carlos Alberto poderá dizer. Não é que eu tenha algum compromisso com ele a respeito, mas ele me merece toda a consideração pelo fato de ter tomado a iniciativa de contar minha história. E se ele começou, só ele deve continuar. Entende?

ARMINDO – Claro que sim. 

ZÉ DA PIPA – Mas posso dizer pra duas coisas: que beirão não sou e que meu clube no Brasil é o Vascão e em Portugal o Belenenses.

ARMINDO – O Belenenses? Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Cé se está rindo, porquê?

ARMINDO – Porque o meu clube é o Porto, mas também simpatizo com o Belenenses. Eheheheheh

ZÉ DA PIPA – Armindo, gostei muito desta nossa conversa. Não esqueça aquela minha ideia da etiqueta “Zé da Pipa” lá no Splish Splash, viu? Até um dia e grande abraço.

ARMINDO – Não esquecerei. Grande abraço, Zé da Pipa. Obrigado pelo telefonema! Tchau!

ZÉ DA PIPA – Tchau, pá!


AVISO:
O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

A ficção revela verdades que a realidade omite.
Jassemin West

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2 Comentários

Comentários

  1. Bravo, Zé da Pipa. Adorei. O "boss" soube explorar a tua inocência. Mas estás perdoado. Para a próxima já sabes que não podes referir o meu nome porque ainda sou o génio-1.

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  2. Olá maninho!

    Como sempre um bate-papo delicioso de ler.
    Mas, vem cá,Zé Da Pipa querendo me arrumar mais trabalho?
    Isso é uma indireta, direta...
    Tudo bem, mas vou querer aumento, e não vai ser pouco...hehehehe
    Você decide...

    Parabéns pelo bate-papo, embora eu tenha achado esse Zé Da Pipa meio convencido...

    Beijos,
    Carmen Augusta

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