Quando dou por mim, deparo com o nosso “Zé da Pipa” mirando os carros que passavam no Leblon, um dos lugares chiques do sul do Rio de Janeiro. Leblon, Ipanema, Copacabana, Leme, são zonas onde moram as pessoas com grandes possibilidades financeiras. Digamos, os ricos do Rio de Janeiro, já que, por esse Brasil afora, existem muitos ricos, a maioria portugueses que emigraram para este país, parte deles fugindo do regime salazarista, não esquecendo aqueles que rumaram para escapar à ida para a guerra colonial, o mesmo que dizendo para o ultramar português, hoje ex-colónias face às respectivas independências.
Ora, encontro o “Zé da Pipa” muito atento aos veículos que passavam, até julguei que ele estava interessado em comprar algum que trouxesse a indicação de “vende-se”. Após passar um carro de cor verde (à-Sporting), toquei no ombro do “Zé da Pipa” e ele ao virar-se quase que não acreditava no que estava a ver. É verdade, meu caro “Zé”, sou eu em pessoa, desta feita mudou-se o feitiço-contra-o-feticeiro, isto é, eu seguindo os teus passos.
- “Zé da Pipa” – Mas como sabias que eu estava por aqui?
Ora, ouvi dizer que tinhas arrumado nesta zona uma namorada cheia de dinheiro, viúva e que andava à procura de alguém para lhe fazer umas festinhas, tal tem sido a sua enorme carência. É verdade isso?
- “Zé da Pipa” – Que grande invenção. Não quero mais namoradas, já tenho, com três, sarna para me coçar. Vim aqui ver se encontrava um carro de marca para ficar com uma ideia aproximada do quanto valia o outro.
Meu amigo “Zé da Pipa”, agora é que estou mesmo confuso, portanto, seria melhor esclareceres essa questão do “quanto valia o outro” ou quanto vale, tanto faz.
- “Zé da Pipa” – Fiquei perplexo com as notícias que li e as fotos que acompanhavam as mesmas, inclusive no Splish Splash. O que é isso do Rei oferecer um carro de marca ao Tom Cavalcante. Estou perplexo, estou perplexo.
Calma, “Zé”, não vejo motivo para toda essa perplexidade. Primeiro, porque o Rei é um homem de bom coração e reconhecer do bem que os outros fazem; segundo, fê-lo porque o Tom Cavalcante já participou de borla em vários shows; terceiro, o Rei faz o que quer do seu dinheiro, mas, em resumo, creio que foi uma iniciativa (mais uma) louvável. Não achas?
- “Zé da Pipa” – Aqui também já me toca no sentimento. Claro que o Rei é assim, mas aquele carro tem muito valor. Que grande espada.
Não esquentes a cabeça “Zé da Pipa”, temos é que estar sempre ao lado do Rei.
“Zé da Pipa” – Mas o Rei nunca vem até nós, os pobrezinhos que muito falam dele?
Um dia virá. Quem sabe se ele está à espera de uma melhor oportunidade. E sabes que eu, tu “Zé da Pipa”, o Armindo, a Carmen, o Bottari (o tal do bonezinho branco) e outros, escrevem muito sobre o Rei. É o tal espírito robertocarlístico que um dia será mais apreciado pelo Roberto Carlos. Não tenhamos pressa. Depois, com o tempo, o coração do Rei virá ao nosso encontro.
E agora ele tem uma empresa de imobiliária. Sabias?
- “Zé da Pipa” – Que pergunta descabida. Então eu não leio hora-a-hora o Splish Splash. Fico feliz pelo Rei por mais esta iniciativa.
Verdade, “Zé”, tal como eu, entras no Splish Splash cinquenta vezes por dia, para ler o que lá está e, também, constatar se o “patrãozinho” já colocou as matérias que envio. Às vezes demora um pouco, mas também reconheço que ele tem outros afazeres.
“Zé da Pipa” – Não dizes que ele é o melhor do mundo e arredores?
É sim senhor. E como ilusionista também está no top da zona do Porto e arredores.
E aquele menino, de nome Isaque, que está todo feliz pelo fato de ter tirado uma foto com o Rei. A mãe considerou aquele encontro “a minha paz”, atendendo à grande ansiedade do menino para ver ao vivo o Rei e com ele tirar uma foto para a posteridade.
- “Zé da Pipa” – O Rei é sempre assim, com aquele coração aberto para fazer a felicidade dos outros. E todos nós, robertocarlísticos, ficamos orgulhosos de pertencer ao seu grupo de fãs e amigos.
Como eu escrevi há pouco tempo (escrevo tanto sobre o Rei que às vezes fico baralhado...), sempre acreditei que o Rei estaria na festa de homenagem ao irmão Erasmo Carlos. Ele já confirmou a sua participação.
- “Zé da Pipa” – Eu nunca tive dúvidas, mas há alguma mídia que gosta de inventar essas coisas. Mas deixa pra lá. A esses o Rei tem sempre argumentos para lhe dar umas “luvas brancas”.
Sabes que o Rei não gosta do número 13? Puxa, fiquei de certo modo triste porque nasci num dia 13, concretamente de Outubro, dia em que Nossa Senhora de Fátima apareceu pela segunda vez aos pastorinhos. Este é um treze de fé, devoção e esperança.
- “Zé da Pipa” – Creio que não se trata de superstição. É um modelo que é usado nos Estados Unidos, ou seja, nos condomínios não existe o 13. Passa do 12 para o 14. Creio, fundamentalmente, que é por isso.
Penso que, dos últimos dias, estas são as notícias mais circulatórias. Sabes de mais alguma, “Zé”?
- “Zé da Pipa” – Temos o livro do Rei que vai ser uma grande obra e aquela de “a gente está sempre amando”. Olha como ele fala:
“Estou em dia com os exercícios físicos. Faço tudo o que eu posso, ginástica, musculação. Só sou sem regra para dormir. Durmo tarde, mas sempre durmo bem”. E quanto a amar, saiu-se com esta: “a gente sempre está amando”.
E é com esta que eu termino, deixando ao teu critério o timing para descobrires quem ele está amando. O garoto anda a esconder o jogo.
Por: Carlos Alberto Alves
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