DO TEXTO:
D. Ximenes Belo defende que eliminação da pobreza deve continuar a ser prioridade
Coimbra, 14 Mar (Lusa) - O Prémio Nobel da Paz D. Ximenes Belo defendeu hoje, em Coimbra, que a eliminação da pobreza deve continuar a ser uma prioridade em Timor-Leste e a nível internacional.
"A eliminação da pobreza deve permanecer uma prioridade tanto a nível nacional como internacional", preconizou D. Ximenes Belo, ao frisar que "Timor-Leste é um dos países mais pobres do mundo".
O bispo emérito de Díli foi um dos oradores no Encontro Nacional de Quadros Timorenses, que decorreu hoje num dos anfiteatros da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Para o prelado, a pobreza constitui "uma injustiça primordial" e "a pobreza extrema também gera conflito e violência".
"Não se pode tolerar um mundo onde vivem super-ricos e miseráveis. Tais contrastes são um atentado à dignidade da pessoa humana", sublinhou.
Na sua intervenção, D. Ximenes Belo defendeu também uma "educação para a paz", nas famílias, nas escolas e em todos os sectores da sociedade, para "mostrar uma outra visão da guerra e para evitar que o fenómeno bélico seja considerado normal".
"Deve ser uma tarefa de todos, em primeiro lugar do Estado timorense", sublinhou.
Na sua óptica, a independência "é uma realidade a ser construída dia a dia com sacrifício e preserverança".
"A luta continua, com as armas da inteligência, da capacidade de respeito pelos direitos humanos, do trabalho pelo bem comum, contra o analfabetismo, a intolerância, a preguiça, o ganho fácil", frisou D. Ximenes Belo.
Também orador na sessão da tarde do encontro, José Barreto Martins, embaixador da Missão Permanente de Timor-Leste junto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, considerou que o regresso a Timor "deve estar sempre no horizonte" dos timorenses na diáspora.
"Somos poucos para reconstruir o país", sustentou o diplomata, ao intervir perante os cerca de quatro dezenas e meia de estudantes e quadros que participaram no encontro.
Na sessão, participaram também Antonito de Araújo, encarregado de negócios da Embaixada de Timor-Leste em Portugal, e os presidentes da Associação dos Académicos Timorenses de Coimbra (ATC) e da Associação Timorense (AT), Félix de Jesus e Alberto Araújo, respectivamente.
Organizado pela ATC em colaboração com a AT, o encontro decorreu subordinado ao lema "Pensar a paz é pensar numa sociedade justa/Construir Timor-Leste de fora, dentro, de fora para dentro, de dentro para fora".
Lusa
14-03-2009
Coimbra, 14 Mar (Lusa) - O Prémio Nobel da Paz D. Ximenes Belo defendeu hoje, em Coimbra, que a eliminação da pobreza deve continuar a ser uma prioridade em Timor-Leste e a nível internacional.
"A eliminação da pobreza deve permanecer uma prioridade tanto a nível nacional como internacional", preconizou D. Ximenes Belo, ao frisar que "Timor-Leste é um dos países mais pobres do mundo".
O bispo emérito de Díli foi um dos oradores no Encontro Nacional de Quadros Timorenses, que decorreu hoje num dos anfiteatros da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Para o prelado, a pobreza constitui "uma injustiça primordial" e "a pobreza extrema também gera conflito e violência".
"Não se pode tolerar um mundo onde vivem super-ricos e miseráveis. Tais contrastes são um atentado à dignidade da pessoa humana", sublinhou.
Na sua intervenção, D. Ximenes Belo defendeu também uma "educação para a paz", nas famílias, nas escolas e em todos os sectores da sociedade, para "mostrar uma outra visão da guerra e para evitar que o fenómeno bélico seja considerado normal".
"Deve ser uma tarefa de todos, em primeiro lugar do Estado timorense", sublinhou.
Na sua óptica, a independência "é uma realidade a ser construída dia a dia com sacrifício e preserverança".
"A luta continua, com as armas da inteligência, da capacidade de respeito pelos direitos humanos, do trabalho pelo bem comum, contra o analfabetismo, a intolerância, a preguiça, o ganho fácil", frisou D. Ximenes Belo.
Também orador na sessão da tarde do encontro, José Barreto Martins, embaixador da Missão Permanente de Timor-Leste junto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, considerou que o regresso a Timor "deve estar sempre no horizonte" dos timorenses na diáspora.
"Somos poucos para reconstruir o país", sustentou o diplomata, ao intervir perante os cerca de quatro dezenas e meia de estudantes e quadros que participaram no encontro.
Na sessão, participaram também Antonito de Araújo, encarregado de negócios da Embaixada de Timor-Leste em Portugal, e os presidentes da Associação dos Académicos Timorenses de Coimbra (ATC) e da Associação Timorense (AT), Félix de Jesus e Alberto Araújo, respectivamente.
Organizado pela ATC em colaboração com a AT, o encontro decorreu subordinado ao lema "Pensar a paz é pensar numa sociedade justa/Construir Timor-Leste de fora, dentro, de fora para dentro, de dentro para fora".
Lusa
14-03-2009
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Comentários
Olá Armindo!
ResponderEliminarMeu amigo, não entendo muito dessas coisas, mas sei o que o Timor Leste passou.
Mas esse negócio de muitos ricos e muitos miseráveis, o Brasil está cheio, e como....
Só não tivemos guerra, graças a Deus.
Parabéns!
Beijos,
Carmen Augusta
Valeu, Armindo!
ResponderEliminarQue excelente postagem, pois não tinha sido feito nenhuma sobre o Timor-Leste e você veio abrir com brilhantismo, esse tema que mostra algo desse país.
É uma pena que esse país, necessita da ajuda de muitos países que tem mais condições, pois Timor, é um país muito pobre, de uma grande desigauldade social e uma população miserável.
É importante que o mundo, as autoridades, tomen conhecimnto de como vivem essas nações africanas, onde a maioria são paupérrimas.
Parabéns pela postagem!
Beijos e abraços!
Mazé Silva.