DO TEXTO: O Roberto Carlos veio a Portugal, à minha cidade do Porto, e ia actuar no Coliseu, a cerca de 300 metros de minha casa. O Nelo, meu amigo de infância,
  
O Mindo e o Nelo - 21-03-2009
 O Mindo e o Nelo - 21-03-2009


Para além de falarmos do nosso Roberto Carlos e da sua vinda a Portugal no mês de Junho


Por: Armindo Guimarães
 
Foram várias as vezes que a propósito de Roberto Carlos falei do meu amigo de infância, o Leonel (Nelo).

Acontece que hoje encontramo-nos nas Fontainhas (local onde tradicionalmente se festeja o S. João do Porto e que aqui foi lembrado num post com a música Maria Rita do Duo Ouro Negro.

Para além de falarmos do nosso Roberto Carlos e da sua vinda a Portugal no mês de Junho deste ano, falamos também do blogue Splish-Splash. Fiz questão que nos fosse tirada uma foto para que todos os amigos robertocarleanos conhecessem o Nelo, ao mesmo tempo que transcrevo textos da minha autoria em que o Nelo está presente.

UM EPISÓDIO COM O REI 
(artigo publicado no Portal Clube do Rei em 20-10-2004)
 
Não é difícil imaginar, a nós, fãs incondicionais do Roberto Carlos, o quanto a nossa admiração por ele exerce uma significativa influência no nosso comportamento pela vida fora. Daí que todos tenhamos este ou aquele episódio que nos aconteceu uma ou mais vezes e que sempre lembramos com um misto de amor, humor, amizade e saudade.

Eis um episódio, o primeiro, que tive com o Rei:

Não recordo a data, mas creio que devia ter cerca de 14 ou 15 anos (1969/1970). O Roberto Carlos veio a Portugal, à minha cidade do Porto, e ia actuar no Coliseu, a cerca de 300 metros de minha casa. O Nelo, meu amigo de infância e também ele fã do Rei, avisou-me do acontecimento e, à falta de dinheiro para pagarmos os ingressos, lembrou-se de um estratagema: o Nelo soube que o nosso Roberto e o seu staff iriam ficar hospedados no Grande Hotel do Porto, a poucos metros do Coliseu e, por isso, dirigimo-nos à recepção do hotel e dissemos: “Boa tarde! Desejávamos falar com o senhor Roberto Carlos”. A recepcionista, intrigada, respondeu-nos: “O Roberto Carlos está a descansar na sua suite e não pode atender ninguém. Se quiserem posso chamar alguém do seu staff ”. O Nelo, mais velho do que eu 2 anos, retorquiu: “Não queremos falar com ninguém do staff, mas sim com o Roberto Carlos. Ligue para a suite e diga-lhe que o Leonel (o nome do Nelo), e o Armindo, estão aqui na recepção e querem falar com ele com urgência”. A muito custo a recepcionista ligou para a suite e deu o recado, convicta de uma resposta negativa por parte de Roberto Carlos. Do outro lado da linha, a resposta foi esta: “Só uns minutos!”. E, para espanto da recepcionista e nosso, é claro, o Rei veio ter connosco e disse: “Oi caras! Nos conhecemos?”. O Nelo respondeu que apenas nós o conhecíamos a ele e o admirávamos, e que queríamos vê-lo no Coliseu mas não tínhamos dinheiro para os ingressos. Então, o Rei disse: “É fácil vocês entrarem! Logo, antes do show venham aqui ao hotel e irão para o Coliseu juntos com o meu staff. Eu os aviso que vão ter mais 2 elementos, tá?”. Deliramos!

O Nelo, que levava com ele um grande poster de Roberto Carlos, pediu um autógrafo, e o Rei, para além do autógrafo, ainda escreveu esta dedicatória: “Ao meu Amigo Leonel com um abração”. Calculem a minha inveja!

Despedimo-nos com um abraço. Infelizmente, por motivo que já não recordo, não pude assistir ao show do nosso RC, mas o meu amigo Nelo não faltou, acompanhando o staff do Rei, levando nas mãos algumas bagagens. E porque eu não fui, o Nelo, a título de consolação, ofereceu-me o poster que era dele e que a ele foi dedicado. Impressionante!

Ainda hoje, passados mais de 30 anos, lembro com saudade da nossa iniciativa para vermos o Rei e comovo-me ao lembrar o gesto do meu amigo Nelo. Se eu fosse ele, duvido que lhe oferecesse o poster com a dedicatória, mas sei que o Nelo teve aquele gesto para comigo porque nutria tanto amor pelo Roberto Carlos que me admirava por saber que o meu sentimento pelo nosso mais que tudo era igual ao dele.

Por isso, não esqueço o episódio. Por isso, não esqueço o Nelo. Que camarada! Que amigo!

XIV BATE-PAPO ENTRE ROBERTO E EU - 1 Novembro de 2006, quarta-feira, 20,35h

ROBERTO – (..) Cê viu meu filme “Roberto Carlos – Ritmo de Aventura”? Muitas cenas foram rodadas na Pedra da Gávea e no Corcovado, bicho!
ARMINDO – Se lembro, pá! Fui com o Nelo ver o filme ao Odeon, no Porto. Como já não havia ingressos, tivemos que os comprar na rua a um candongueiro. Tal como quando te fui ver a Guimarães no passado dia 11 de Março, também aí fui para a Galeria que era mais barato e também aí todos tiveram que esperar por ti. Ainda não estava na hora do início da sessão e a malta já estava impaciente batendo com os pés no chão, assobiando e chamando: Roberto, Roberto, Roberto! Finalmente tu apareceste na tela e a malta delirou dando-te uma salva de palmas. A cena pior foi quando os bandidos foram no teu encalço e te prenderam. Aí a malta se pudesse entrava pela tela dentro e dava cabo dos gajos. As cenas melhores foram aquelas em que tu cantavas, “Por isso eu corro demais” e “Eu sou terrível”, em que a malta te acompanhava, batendo palmas. Uma autêntica algazarra. Era no tempo em que a malta ao fim de semana só tinha duas saídas: ou ia a um baile com a garota ou ao cinema ver um filme de acção, do género “Gringo e a sua pistola de oiro”, “Sartana chega e mata”, “Os 7 magníficos”, “Hércules”, “Os Gladiadores de Roma”. Lembro-me que a malta, influenciados pelo Hércules e pelos Gladiadores, usava largas faixas de couro nos pulsos para impressionar as chavalas. Eu, em vez das faixas, usava no pulso uma pulseira igual à tua, armado em Roberto Carlos. eheheheh
ROBERTO – Minha nossa! Como o tempo passa, né?

A MALTA DA INVICTA É DO CARAGO!
(…) O jogo da casquinha era ainda mais atractivo quando a malta tinha mirones a assistir, em especial as miúdas que aplaudiam batendo palmas e gritando, não pelo nome do seu clube mas pelo nome do seu ídolo. Escusado será dizer que o Tanques era o mais aplaudido, mas ele, independentemente de sofrer ou não golos na sua porta, bem que merecia mais do que nós a atenção das garotas. Era preciso ter coragem para se amandar pró chão como ele e chegar a casa todo pisado e a cheirar a laranja mas ao mesmo tempo feliz da vida por saber que mais uma vez tinha brilhado a jogar à casquinha. Não era por acaso que elas o admiravam, pois sabiam que ele era o único que sabia como atirar-se a elas. Referi-mo às casquinhas de laranja, é claro!(…)

Se desejar ler o texto na integra, clique aqui



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8 Comentários

Comentários

  1. Olá Armindo!

    Meu querido amigo, que foto bonita!
    Você e o Nelo, felizes sorrindo, coisa boa. Bom encontrar os amigos, né?
    Eu não tenho amigos de infância...
    Os meus ficaram para trás, ou em Franca, ou também foram para outros lugares.E a distância nos separou.

    Quanto à sua história com o Nelo e o Roberto, eu já tinha lido e me emocionado com o gesto dele. Me emocionei de novo...
    Eu também não sei se faria isso...

    Tem uma coisa Roberto atendeu vocês, porque isso foi há 30 anos atrás, hoje...Tem o Guto, a Kassu, a Carminha (dele), e muito mais gente a protegê-lo, nós não podemos chegar perto...
    Tadinhos de nós...

    Tinha lido os outros textos também no Portal.
    Mas vem cá, o patrãozinho não disse para não colocarmos textos longos?
    É aquele ditado:Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço...
    Brincadeira, viu?

    Obrigada por nos enviar a foto mostrando seu amigo, muito simpático. Agora você é bonitão mesmo...hehehehehehehe
    Ai se Helena ler isso... Mas acho que ela deve ser compreensiva como o Paulo.

    Nossa meu comentário ficou enorme...Pudera fico de conversa fiada...
    Parabéns pela postagem

    Beijos,
    Carmen Augusta

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  2. Opa, bicho !

    Estive aqui, viu? hehe

    Parabéns, o blog tá muito bom

    Um Abraço
    James Lima
    www.robertocarlos.vai.la

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  3. Olá, Guta!

    Esqueci-me de dizer que o café onde tiramos a foto chama-se "Azul e branco".

    Já avisei o Nelo deste post e espero que ele venha aqui ver.

    Quanto ao texto, só mede 32 centimetros.

    :)

    Abração

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  4. Olá, James!

    Obrigado pela visita, pá!

    O teu "Roberto Carlos Braga" é 5 estrelas e por isso quando há novidades lá estou eu.

    Abração robertocarlistico

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  5. ARMINDOOOOOO

    Tudo arrumado, falado, combinado e vc não foi? Eu não acredito!!!!!

    Mas enfim: coisas da vida.

    Que delícia poder rever amigos de infancia.

    Nelo, a gente tá esperando teu post por aqui.

    Mindo, quem dera a gente pudesse repetir esta situação e Roberto descer pra falar pessoalmente com a gente, hein? Bate papo ao vivo e em cores.

    Vamos sonhar, afinal "somos feitos da mesma matéria dos sonhos" Shakespeare.

    Vai que um dia quem atende o telefone, não é nem o Guto, nem a Carminha (que não é a nossa), nem a Neide, nem a Ivone Kassu, nem o Dody, nem... mas ele, o nosos mais que tudo, Roberto Carlos. Pode! Tudo pode. Querer é poder.

    Beijinhos e abraços e carinnhos sem ter fim

    Lilian

    Santa Maria - RS

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  6. Olá Armindo!

    Fiquei contente por ti!
    Tu e o Nelo encontraram-se!

    Que bonito o gesto dele! Amigos assim não se encontram todos os dias.

    Tal como a Guta, fiquei emocionada, ao ver a vossa amizade!

    Gostei da foto! Assim fiquei a conhecer o Nelo.

    Fiquei, com inveja, pois eu também gostaria de rever os meus amigos de infância.

    Olha Armindo, naquele tempo, não soubeste aproveitar e bater um papo, cara a cara com o Roberto. Agora é difícil. Mas é assim a vida.
    Mesmo assim, tens uma bonita história, para contar.

    Obrigada, por partilhar connosco:

    Beijos

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  7. Olá, Lillian!

    Obrigado pelo comentário a que só agora respondo e mesmo assim sem nada dizer pois desde que soube que o tal, tal, tal, afinal nem vem a Portugal, estou sem palavras.

    Grande abraço

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  8. Olá, Dina!

    Obrigado pelo eu comentário, mas o que respondi à Lillian respondo a ti.

    Estou lixado!

    Abraços

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