De onde vêm as comidas tradicionais do Natal

Conheça a origem das comidas tradicionais do Natal e descubra as histórias culturais por trás dos pratos mais famosos da ceia natalina.
Cartaz ilustrativo sobre a origem das comidas tradicionais do Natal

Histórias curiosas e saborosas por trás dos pratos que dominam a ceia natalina 


"O Natal não é uma data, é um estado de espírito: aquele em que a paz prevalece, a boa vontade resplandece e o simples gesto de doar aquece mais que qualquer lareira."
Vímara Porto


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Estamos na contagem regressiva para o Natal e é impossível ignorar um dos grandes protagonistas da data: a ceia. É à mesa que surgem as boas conversas, as gargalhadas e aquele clima de celebração que dispensa convite formal. As comidas de Natal carregam mais do que sabor — trazem histórias, costumes e tradições que atravessaram séculos e fronteiras.

Entre os pratos mais emblemáticos está o peru, cuja presença no Natal tem forte influência dos Estados Unidos, inspirada no Dia de Ação de Graças. Com o tempo, passou a simbolizar fartura e celebração também fora da cultura norte-americana. Ao lado dele, o tender — um presunto defumado geralmente decorado com cravos-da-índia — virou alternativa clássica nas mesas brasileiras, unindo praticidade e visual festivo.

O panetone, por sua vez, tem raízes italianas. A versão mais difundida aponta Milão como berço desse pão especial, enriquecido com frutas cristalizadas e originalmente reservado a ocasiões importantes. De item raro, tornou-se presença obrigatória no Natal ao redor do mundo. Já as uvas-passas dividem opiniões, mas seguem firmes em pratos tradicionais, especialmente no arroz à grega e nas farofas, adicionando um contraste agridoce típico da ceia.

A rabanada é um herdeiro direto da tradição portuguesa. Consumida na Consoada, na noite de 24 de dezembro, nasceu como forma de aproveitar sobras de pão, mergulhadas em leite, ovos e açúcar. Curiosamente, há registros europeus que associam a rabanada a mulheres no pós-parto, por ser considerada um alimento energético. Os frutos secos — nozes, castanhas e avelãs — vêm dos países nórdicos e ganharam vínculo com o Natal por serem colhidos no final do outono e início do inverno europeu, época que coincide com as festividades.

O salpicão completa a lista de clássicos. De origem ligada à palavra “salpicón”, presente nas cozinhas francesa e mexicana, refere-se a pratos frios preparados com ingredientes variados e molho. No Brasil, ganhou identidade própria ao combinar frango, legumes, batatas e, claro, aquele toque polêmico e inevitável de uvas-passas e nozes.


*Samantha di Khali, Psicóloga, radialista e empresária, é gaúcha, mas reside em São Paulo. Mais de 18 anos de experiência em grandes rádios e TV brasileiras. Leia mais sobre a autora...
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