Médicos alertam para riscos de técnicas que viralizam nas redes sociais
Nem toda tendência que promete cuidar do corpo é realmente segura
Com a popularização das redes sociais e do comércio eletrônico, as soluções rápidas para cuidar da saúde conquistam cada vez mais espaço. Entre as tendências mais compartilhadas estão os dispositivos vendidos online para remover cera do ouvido e o uso de fita adesiva na boca durante o sono. Embora pareçam inofensivas, essas práticas podem colocar o corpo em risco, alertam especialistas do Hospital Paulista, referência nacional em otorrinolaringologia.
Removedores de cera: praticidade que pode virar problema
Câmeras, kits elétricos e famosas velas auriculares prometem uma limpeza simples e eficiente, mas o uso incorreto pode causar lesões graves. A otorrinolaringologista Dra. Bruna Assis explica que, embora alguns desses dispositivos tenham aplicação clínica, o uso doméstico deve ser evitado.
“Esses aparelhos com câmera podem auxiliar o diagnóstico e a remoção de cerume, mas quando manuseados por pessoas sem treinamento, há risco real de trauma no canal auditivo e até de perfuração do tímpano”, alerta.
A médica também destaca o perigo das velas auriculares, populares em vídeos na internet. “Além de não limparem adequadamente, podem causar queimaduras sérias”, afirma. Sintomas como ouvido tampado, zumbido ou perda auditiva leve exigem sempre avaliação médica, pois podem indicar outras condições além do acúmulo de cera.
Fita na boca ao dormir pode agravar distúrbios
Outra técnica que conquistou espaço nas redes é o chamado mouth taping, que consiste em tampar a boca para dormir, supostamente para reduzir o ronco e melhorar o sono. O otorrinolaringologista Dr. Lucas Vaz Padial alerta que a prática pode ser perigosa.
“A respiração bucal muitas vezes é um mecanismo compensatório para problemas como desvio de septo ou apneia do sono. Forçar a boca a permanecer fechada pode agravar esses quadros”, explica.
Segundo o médico, hábitos sem comprovação científica jamais substituem o diagnóstico profissional. “Sono e respiração exigem avaliação individualizada. Soluções genéricas divulgadas online podem causar mais danos do que benefícios”, reforça.
Cautela com soluções fáceis
Os especialistas lembram que a internet, embora útil para disseminar conhecimento, também propaga ideias sem respaldo científico. “Quando se trata de audição, respiração e sono, procurar um médico sempre será a forma mais segura de garantir bem-estar e evitar complicações”, concluem os profissionais.
Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia
Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia celebra cinco décadas de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta. Ao longo dos anos, o hospital expandiu sua atuação para áreas como Fonoaudiologia, Alergia Respiratória, Imunologia, Distúrbios do Sono e Cirurgia Cérvico-Facial. Reconhecido nacionalmente por sua excelência e alta resolutividade, o Hospital conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica e atendimento 24 horas, oferecendo suporte especializado de ponta.
Nota do Editor – Portal Splish Splash: O fenómeno dos “modismos de saúde” revela um paradoxo moderno: quanto mais acesso à informação se tem, maiores os riscos de interpretações e usos incorretos. A democratização do conhecimento é positiva, mas a responsabilidade no consumo de conteúdo digital é indispensável. A saúde não admite improvisos — confie sempre em orientação profissional
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