Rafael Garcez: do circo ao sucesso sertanejo

 

No Dia do Riso, o cantor recorda como o palhaço o ensinou a transformar desafios em força e leveza 

Da lona do circo às luzes do sertanejo, o humor virou o seu maior trunfo 

O Dia do Riso, celebrado a 6 de novembro, tem um significado especial na vida de Rafael Garcez. O cantor e compositor, hoje um dos nomes em ascensão no sertanejo brasileiro, nasceu e cresceu sob a lona de um circo — e aprendeu ali que o riso pode ser a mais poderosa forma de resistência.

“Eu via o palhaço sorrir mesmo quando o dia tinha sido difícil. Era um jeito de continuar em cena, de não desistir. Esse aprendizado ficou comigo”, recorda. Essa filosofia, herdada dos bastidores do picadeiro, moldou o artista que hoje conquista palcos e multidões com a mesma entrega que via nos artistas circenses.

Rafael confessa que a vida no circo nunca foi simples. “Muita gente romantiza, mas é um mundo de improviso, de deslocações constantes e desafios financeiros. A leveza que mostramos é fruto de muito esforço.” Foi justamente essa leveza — aprendida à força — que se tornou a base da sua trajetória musical. “O palco do circo e o palco do sertanejo exigem a mesma entrega e o mesmo brilho nos olhos”, diz.

A transição do humor para a música teve um empurrão inesperado: o humorista Tirulipa foi um dos primeiros a acreditar no seu talento. “Ele viu autenticidade e carisma no ‘menino do circo’ antes de muita gente”, revela Rafael. Essa ponte entre o riso e o sertanejo abriu-lhe portas e definiu o tom da sua carreira — autêntica, emocional e leve.

Hoje, o cantor acumula colaborações com grandes nomes da música, como Luan Pereira (“Falava Mal da Roça”), Guilherme & Benuto (“Metade, Metade”) e Ícaro & Gilmar (“Melhor Terminar”), além de ter participado em eventos de grande destaque, como o cruzeiro de Ana Castela.

Mas, no meio da fama, Rafael não esquece o essencial: “O riso lembra-me sempre de onde vim. Ele está antes da música e depois do show.” Para ele, rir é mais do que um gesto — é um símbolo de superação. “Não importa o desafio, a gente pode encarar a vida com mais leveza.”

Num mundo artístico competitivo, onde a imagem muitas vezes se sobrepõe à essência, Rafael Garcez mantém-se fiel às suas origens. “A cultura do circo é fazer o impossível parecer fácil. A música também é isso — mas nunca se deve esquecer o esforço por trás do sorriso.”

Neste Dia do Riso, a mensagem é clara: a luz do palco pode apagar, mas o brilho da gratidão e da alegria de viver permanece.

Nota do Editor – Portal Splish Splash

A trajetória de Rafael Garcez é um lembrete de que a autenticidade continua a ser o maior espetáculo da vida. Entre o riso e a canção, há sempre um coração que aprendeu a sorrir — mesmo quando o pano cai.