“Qui som?” no CCB: arte viva em tempos de colapso - 4 e 5/7

Espetáculo “Qui som?” da Baro d’evel estreia no CCB a 4 e 5 de julho, com poesia, cerâmica e urgência criativa. Parte do Festival de Almada 2025.
Silhueta humana preta num fundo ardente em tons de vermelho, laranja e amarelo, com a frase “Quando tudo arde, criar é resistir” escrita em letras negras.

Uma viagem poética e urgente da companhia Baro d’evel em estreia no Festival de Almada 


Uma guerra mundial está à porta e somos testemunhas do horror da guerra contra as populações civis, da violência das desigualdades nas nossas sociedades, do racismo entre os povos. O medo, que fala tão alto, que esmaga o pensamento e paralisa toda a humanidade perante a constatação inegável do colapso da vida. A terrível crise que temos diante de nós levanta questões profundas sobre o significado que damos às nossas vidas, as escolhas que nos estão disponíveis e o que significa fazer a nossa parte. Como salvaguardar a nossa capacidade de criar, de abrir novos horizontes?

O mundo está a arder, há incêndios para apagar por todo o lado, e como loucos, estamos ocupados a criar? Mas que mais poderíamos tentar senão explorar o gesto poético, iniciar o encontro rumo à criação de uma obra? Criar é tentar apagar fogos, é a procura da unidade, é a teimosia em relação ao impossível, esta ânsia de des­pertar o melhor que há em nós.
CAMILLE DECOURTYE
Maio 2022

Qui som?
Baro d’evel
Apresentado com o Festival de Almada

CCB . 4 e 5 julho . sexta às 20h00 . sábado às 19h00 . Grande Auditório

FICHA ARTÍSTICA
Autores Camille Decourtye e Blaï Mateu Trias
Com Lucia Bocanegra, Noëmie Bouissou, Camille Decourtye, Miguel Fiol, Dimitri Jourde, Chen-Wei Lee, Blaï Mateu Trias or Claudio Stellato, Yolanda Sey, Julian Sicard, Marti Soler, Maria Carolina Vieira, Guillermo Weickert.
Assistência na encenação Maria Muñoz e Pep Ramis / Mal Pelo
Assistência na dramaturgia Barbara Métais-Chastanier
Cenário e figurinos Lluc Castells
Desenho de luz María de la Cámara e Gabriel Paré / Cube.bz
Colaboração musical e criação sonora Fanny Thollot
Colaboração musical e composição Pierre-François Dufour
Investigação de material/cor Bonnefrite
Engenheiro de percussão cerâmica Thomas Pachoud

Direção técnica do espetáculo Romuald Simonneau
Ceramista Sébastien De Groot
Direção de cena ceramista Benjamin Porcedda
Direção de cena Mathieu Miorin
Luz Enzo Giordana
Som Cholé Levoy
Provador Alba Viader
Cozinheiro Ricardo Gaiser

Delegado de gestão e promoção Laurent Ballay
Administradora de produção Caroline Mazeaud
Encarregado de produção Pierre Compayré
Assistente de administração Élie Astier

Produção Baro d’evel
Coprodução Centro Cultural de Belém, Festival d’Avignon, ThéâtredelaCité - CDN Toulouse Occitanie, Festival GREC de Barcelona, Festival les Nuits de Fourvière, Festival Romaeuropa, MC93 - Maison de la Culture de Seine Saint Denis, Le Grand T, Théâtre de Loire-Atlantique, Scène Nationale d’Albi-Tarn, Théâtre Dijon Bourgogne, Comédie de Genève, Les théâtre Aix-Marseille / Grand Théâtre de Provence, Le Parvis scène nationale Tarbes-Pyrénées, Les Halles de Schaerbeek - Bruxelles, Festival la Strada Graz, Théâtre de Liège, CDN de Normandie-Rouen, Les Célestins théâtre de Lyon, Scène nationale du Sud Aquitain, Équinoxe scène nationale de Châteauroux, Tandem scène nationale de Douai-Arras, Scène nationale de l’Essone, Théâtre Sénart-Scène nationale, Le Volcan - scène nationale du Havre, Théâtre d’Orléans / Scène nationale, Le Grand R, La Roche sur Yon, Théâtre Châtillon Clamart, Malakoff scène nationale, Théâtre Les Gémeaux Scène nationale – Sceaux, Cirque Théâtre Elbeuf PNC Normandie, SQY scène nationale de Saint-Quentin en Yvelines.
Com a ajuda de L’animal a l’esquena à Celrà, CIRCa, PNC Auch Gers Occitanie, La Grainerie, le théâtre Garonne scène européenne e La nouvelle Digue, Toulouse
Com o apoio do DGCA, Ministry of Culture and Communication, the Haute-Garonne County Council e ARTCENA – Écrire pour le cirque.
A companhia é apoiada pelo Ministério da Cultura e Comunicação – Direção Regional de Assuntos Culturais da Occitânica / Pirenéus – Mediterrâneo e Região Occitânica / Pirenéus Mediterrâneo. Recebe financiamento operacional da cidade de Toulouse.
Apoio Institut Français du Portugal

A primeira parte de um tríptico em que a cerâmica é ao mesmo tempo a matéria e o gesto de uma investigação sobre os nossos mundos em construção, uma viagem pelas nossas formas de acreditar e de fazer juntos, Qui som? é uma aposta: que sonhar é uma potência exploratória e transformadora, uma força imaginária que transborda cada um de nós para nos ligar a outras presenças, uma forma de nos orientarmos em viagens obscuras, em terras secretas. É uma luta. Está vivo. Em cor. Em barro. Em plástico. Em restos e na eternidade. 

«Os nossos mundos interiores, os nossos territórios íntimos, são o terreno fértil para as paisagens sociais que estão por vir. Então, se o que está por vir já está aqui, dentro dos nossos corpos, se já está a ser feito dentro de nós, estamos a tentar destacar o que mantém a alegria, o desejo, o que resiste, o que canta e dança dentro de nós para sempre, dar-nos coragem para nos vermos e não esquecermos o pior.» Barbara Métais Chastanier e Camille Decourtye / Baro d'evel 
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