Sambado & Argel no CCB: Duas Vozes, Um Signo, Um Concerto - 31/5

Intitulado Sol em Gémeos, o concerto é uma celebração da multiplicidade e da poesia que permeiam a música dos dois geminianos.
Foto artística de Sambado & Argel.

Um espetáculo inédito onde a música de dois geminianos se funde num só palco


"Quando dois gémeos se encontram, a arte deixa de ser singular."
Vimara Porto

Sol em Gémeos
FILIPE SAMBADO E LUCA ARGEL
CCB . 31 de maio . sábado . 19h00 . Grande Auditório


No dia 31 de maio, Filipe Sambado e Luca Argel sobem ao Grande Auditório do CCB para um espetáculo inédito. Intitulado ‘Sol em Gémeos’, o concerto celebra a inquietude, a multiplicidade e a poesia que atravessam a música destes dois artistas e ressoam neste encontro singular


Multiplicidade, inquietude e habilidade com as palavras. Qualidades atribuídas ao signo de gêmeos que parecem se confirmar diante de Filipe Sambado & Luca Argel. A dupla dividiu o palco pela primeira vez em 2024, onde conversaram e cantaram sobre aquilo que mais lhes comove e incomoda neste mundo. Apropriaram-se das músicas de uma e de outro, e repartiram-nas com o público num pacto de cumplicidade. Sem querer, descobriram que fazem aniversário quase no mesmo dia. E no aniversário deste encontro, repetem a ampliam aquele concerto em outro, maior.

Em palco, trazem uma parte de cada banda. À Vera Vera-Cruz, no baixo, e Joana Komorebi, na bateria, habituais companheiras de Sambado em seus concertos, junta-se Pri Azevedo, pianista que há anos acompanha Argel na estrada. Desta combinação nasce a banda de ‘Sol em Gémeos’, que assumiu o desafio de criar uma nova personalidade sonora, capaz de combinar em um mínimo denominador comum as músicas dos dois geminianos.

Esteticamente, Argel e Sambado podem parecer bastante diferentes, cada qual profundamente ligado às heranças musicais de seus países de origem. Mas a despeito das aparências, há muita coisa que os une enquanto artistas. A começar pelo entendimento da arte como um gesto de intervenção, indissociável da experiência social e das questões do nosso tempo. Ambos observam, indagam e criticam o mundo a partir dos seus lugares de cidadania. Constroem as suas obras como um convite à reflexão e à coragem para travar diálogos nem sempre fáceis, e muito menos consensuais. Partilham a ideia de que a arte deve servir tanto para acolher, quanto para incomodar.

Desta mesma inspiração, como um feixe de luz que atravessa um prisma, nascerá um espetáculo único e multicolorido, elétrico e acústico, sussurrado e gritado, claro e escuro. Não como forças opostas, mas sim complementares. Onde as versões das obras destes artistas se encontram, descobrem-se semelhanças e deixa a sensação de que estes artistas podiam ser uma banda. 
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