Porque os relacionamentos acabam cedo demais

Relacionamentos modernos: intensidade, desgaste e o erro mais comum de todos

"Relacionar-se é regar, não só plantar."

Vimara Porto

Por: Samantha di Khali*

É muito complicado manter um relacionamento hoje em dia. É... e não é.

Como assim?

Na realidade, os relacionamentos afetivos sempre foram complicados. Mas, há muitos anos, o casamento era sagrado — ficavam juntos, com ou sem amor, com ou sem traição. Principalmente as mulheres: por mais traídas que fossem, permaneciam ao lado do parceiro.

Isso quer dizer que, na verdade, os relacionamentos também não eram bons. Mas, para manter uma postura diante da sociedade, continuavam juntos mesmo estando infelizes.

Por esse motivo, tendemos a achar que, antigamente, os relacionamentos eram mais fortes, verdadeiros e eternos.

É uma falsa ideia — e acaba refletindo dentro de cada um de nós.

Ainda bem que, com o tempo, isso foi mudando. Hoje, as relações se tornaram “eternas enquanto durem”. Mesmo assim, volta e meia nos pegamos com aquelas perguntas:

— Por que não dá certo?

— Por que não conseguimos manter a relação?

— Será que o problema sou eu?

São tantos os questionamentos... que acabamos esquecendo do mais importante: o que realmente está nos afastando do alvo da felicidade duradoura.

Mas será que existe a tal felicidade eterna?

Tendo ou não, precisamos acreditar que sim. Precisamos buscar alguém que nos faça bem, alguém com quem possamos atravessar a vida — lado a lado.

O grande problema é que, na correria do dia a dia, esquecemos de colocar o mesmo esforço para manter o amor que colocamos para conquistá-lo. E aí vamos perdendo o fôlego no meio do caminho.

Esse, com certeza, é o nosso maior erro.

Tente investir mais — não só para conquistar, mas para manter esse amor. Se jogue de verdade. Às vezes nos preocupamos achando que é cedo demais para isso ou para aquilo.

Mas... o que é cedo demais?

A vida é curta. Nunca saberemos a hora de descer do trem da existência. Enquanto não decidirmos viver tudo intensamente e cultivar os nossos afetos, jamais encontraremos um amor para a vida inteira.

Pense nisso. Comece por pequenas mudanças — porque elas, com certeza, serão as maiores transformações da sua vida.

*Samantha di Khali, Psicóloga, radialista e empresária, é gaúcha, mas reside em São Paulo. Mais de 18 anos de experiência em grandes rádios e TV brasileiras. Leia mais sobre a autora...