Cinco dias de encontros musicais e culturais que celebram o diverso, o urgente e o plural
"O mundo não cabe num palco — mas tenta, nas Fontes."
Vimara Porto
Já há datas e nomes para o programa musical da edição 2025 do NASCENTES. Entre 2 e 6 de julho na aldeia das Fontes, em Leiria, brota uma programação artística e cultural que se faz do cruzamento de vontades, ritmos e culturas. Um lugar de encontro e escuta, onde as práticas artísticas e culturais são celebradas como força transformadora, como elo entre geografias, gerações e comunidades. Nesta edição, apresentamos um programa musical que atravessa e abraça o mundo — da tradição à vanguarda, do ritual à dança, do íntimo ao coletivo. É música de festa e de urgência – urgente no corpo, urgente na palavra, urgente no agora. O Nascentes tem o mundo dentro.
Teaser vídeo
A viagem sonora do NASCENTES atravessa diversos tempos e lugares e cria espaço para novas descobertas: das The Zawose Queens, guardiãs inovadoras da tradição musical Gogo oriunda da Tanzânia, aos britânicos HENGE, mensageiros intergalácticos do som cósmico e ficção científica sonora. Jibóia apresenta o seu mais recente disco Salar repleto de psicadelismo tropical e ritualístico, e os Freakin’ Disco chegam-nos da Hungria com uma dose de ritmos pulsantes e texturas densas. Espere-se igualmente performances bombásticas do baterista belga Landrose, que constrói com as baquetas um mapa próprio de paisagens rítmicas e hipnóticas, e os dinamarqueses Smag På Dig Selv cuja performance explosiva, arrebatadora e festiva tem transformado palcos Europa fora em autênticos jogos de desafio das possibilidades do saxofone, da bateria e do throat singing.
De Espanha, chegam os Los Sara Fontan, duo com uma abordagem livre e visceral que transforma violino e bateria em pura matéria emocional; os Candeleros, que emanam cumbias plenas de ritmos tropicais dançantes; e as Ölivias, um projeto musical onde o feminino se afirma em camadas sonoras etéreas.
As sonoridades africanas têm lugar de destaque nos palcos do festival na aldeia da Nascente do Lis: primeiro, o projeto emergente Fidju Kitxora que parte da diáspora cabo-verdiana e move-se entre a afirmação, a memória e a reinvenção cultural em constante movimento para criar verdadeiros rituais de dança; da Guiné-Bissau, Djonsaba Kanuté traz uma voz poderosa enraizada na espiritualidade e na identidade africana; já Jorge Rosa & Kambanda serve semba quente com Angola no coração; e os São-Tomenses Mindelo lançam puxas e rumbas para dançar ao sol.
Em lugar de absoluto destaque, pela celebração da arte e da cultura como linguagens universais, o NASCENTES apresenta os Ligados às Máquinas, que trazem às Fontes o seu novíssimo álbum Amor Dimensional que junta múltiplos universos e retalhos musicais, para criar um muito inovador e transformador projeto musical.
Na corrente de criar mais espaços de encontro e construir novas pontes de diálogo, nascem as residências artísticas de criação sonora com o apoio da Fundação Millennium bcp, em que juntamos os mentores do movimento ZABRA: Carincur, artista sonora e performativa, e João Pedro Fonseca, artista visual e transdisciplinar, ao Coro das Fontes — coletivo vocal intergeracional e comunitário — para habitar o espaço entre a matéria e o invisível, entre o rito e o gesto contemporâneo; e nas margens do som e da paisagem, entre o pulso da terra e o eco da serra, juntamos os bateristas João Maneta e Pedro Marques, que propõem uma escuta rítmica do território — onde a percussão transforma-se em linguagem, cartografia e diálogo com o lugar.
No NASCENTES, a arte é um lugar essencial de encontro, reflexão e transformação. Parte da escuta atenta, da vontade de compreender o outro, de atravessar fronteiras — sejam elas geográficas, culturais ou emocionais — para afirmar a nossa humanidade comum.
O NASCENTES é uma iniciativa da CCER MAIS, CRL / Omnichord desenvolvida em estreita parceria com os habitantes das Fontes e a Associação Cultural e Recreativa Nascentes do Lis. Conta com o cofinanciamento do Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e o apoio do Município de Leiria.
Cinco dias de encontros musicais e culturais que celebram o diverso, o urgente e o plural
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