SOBRE OS SENTIMENTOS > ciclo de conferências de António de Castro Caeiro - CCB 3/10 a 26/6

Um sentimento dá-nos a compreender como é connosco. Nenhum sentimento como nenhum amor é cego. Faz ver. Admite as mais variadas interpretações, tanto
 Representação IA: Homem meditando à janela.
 
 
ciclo de conferências

Sobre os Sentimentos
António de Castro Caeiro


Programa
3 out O que é um sentimento?
31 out Espanto / 28 nov Desejo
19 dez Ira / 30 jan Nostalgia
27 fev Melancolia
27 mar Sublime
24 abr Liberdade
29 mai Amor
26 jun Esperança


CCB . 3 de out 2024 a 26 de jun 2025 . quinta-feira . 19h00
Sala Sophia de Mello Breyner Andresen *
* Exceto as sessões de 3 de outubro, que se realizará na Sala Amália Rodrigues, 
e de 31 de outubro, que se realizará na Sala Almada Negreiros


Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
Camões

Um sentimento nasce, cresce e morre. Qual é o sentido do sentimento? Um sentimento faz-se sentir. Afeta-nos a partir do que quer que seja. É por uma pessoa, por uma circunstância no mundo. É pela situação em que cada um de nós se encontra. Alegramo-nos. Entristecemo-nos. Um sentimento, porém, não se faz apenas sentir. Não causa apenas impressões que nos deixa em tais estados. Um sentimento dá-nos a compreender como é connosco. Nenhum sentimento como nenhum amor é cego. Faz ver. Admite as mais variadas interpretações, tanto por intérpretes consagrados, como pelos protagonistas das nossas vidas: nós próprios.

Propomos, assim, reconstituir o que nos acontece quando sentimos. Começamos pelo espanto inaugural que nos faz sair do habitual normal. Passamos às experiências que desde sempre e a toda a hora fazemos, do desejo e da ira. A seguir, perguntamos de onde nos chegam as saudades do passado vivido e do que nunca vivemos, e por que motivo pode haver tanta melancolia. Mas queríamos, também, tentar aproximar-nos do sublime, da ânsia de liberdade, da possibilidade de sermos suscetíveis de amor e da esperança como o «possibilitante», sobretudo em tempos de descontentamento.

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